17 fevereiro 2009

Nunes e Uthui cautelosos no tocante à bolonhanização das universidades

De acordo com "O País": "(...) Nunes (André Nunes, presidente do Conselho dos Reitores das instituições de ensino superior no país, CS) solidariza-se com a opinião da Ordem dos Engenheiros em não aceitar quadros a serem formados nos moldes do novo curriculum, tal como pretende avançar a Universidade Eduardo Mondlane. No mesmo diapasão alinhou o reitor da Universidade Pedagógica, Rogério Uthui, considerando que a sua instituição só vai avançar com a reforma em 2010 caso as emendas da Lei do Ensino Superior passem na Assembleia da República. De referir que duas faculdades da Universidade Eduardo Mondlane vão implentar, ainda este ano, o novo currículo, nomeadamente, a faculdade de Medicina e dois cursos das Engenharias."
Sugestão: leia ou recorde este trabalho aqui.

23 comentários:

Joaqum Macanguisse disse...

Dr Utui conhece bem casa .ja foi professor da Uem por bons anos .pelas suas qualidades sinto orgulho de ter passando pelas suas maos , acho que deve se levar em conta a sua opiniao

Anónimo disse...

Sinceramente nao vejo qual o problema em aceitar estas reformas que a Univerdidade Eduardo Mondlane, pretende implementar, nao vejo razao para um aluno levar 5 anos ou a te mais a fazer um curso superior quando na Europa e alguns paises africanos o mesmo tempo corresponde ao mestrado.

Nos os mocambicanos temos amania de nos a garramos ao passado e nao aceitar reformas porque as ideias vem ca de dentro m quando as mesmas vem de fora ai sim todos nos aceitamos sem contrapor.

Num passado muito recente milhares de moc, foram formados nos paises do leste sendo que na sua maioria freguentaram cursos de 5 anos tendo obtido o grau de mestres m o lhes aconteceu quando chegaram a moc? os seus graus academicos lhes foram recusados tendo alguns obtido o grau de licenciado e outros viram os seus cursos e graus recusados pK? Para alguns volvidos alguns anos o seu nivel foi reconhecido gracas ao MCT para outros a batalha continua.

Sei que os defensores do Nao usam argumentos com o fraco nivel do ensino no pais etc etc. Mas este nao pode ser argumento suficiente pois que nem sempre o facto de levar-se seculos na universidade segnifica qualidade.Quantos alunos sao formados em 5 ou mas anos no ISUP,UP tem realmente conhecimento a altura?

Vamos deixar de falsos argumentos e aceitar que a mudanca é necessaria SIM.

Anónimo disse...

A questao da reforma é muito complexa. Não se trata de aceitar ou negar mas endender a essencia da mesma. No meu ponto de vista há falta muita de comunicacao. entao há espaco para muita especulacao. A parte promotora o MEC e as Universidades pouco deixam claro sobre o processo e o mesmo é feito dentro de "esconde - esconde" so visto. E isto tem prejudicado mito e deixado muita gente em dúvida e logo com o uma imagem negativa da nova abordagem.

Há um artigo no savana “Há pessoas que não entendem a reforma” pode ser lido aqui http://www.savana.co.mz/index.php?option=com_content&task=view&id=561&Itemid=101. Menciona algumas aspectos que acho foram debatidos antes ao menos postos a conhecer aos demais interessados. Um dos pontos lá diz que quem será considerado médico, advogado ou engenheiro será o mestrado. Este exclarecimento é muito importante principalmente para a questao de licenciamento dos graduados nas ordens profissionais.

Agora muitas outras questões existem. Os bachareis o que seräo? Qua tipo de actividades podem realizar? Que enquadramento ou equivalências serao dadas aos actuais licenciados? ...

Eu acho que este assunto é de ambito nacional e vai afectar bastante o país, entao seria aproporiado organizar-se uma conferência nacional onde participariam os académicos, as ordens profissionais, as associacoes empresarias, os políticos e parlamentares, jornalistas e por ai para debater mais este assunto e ver como avancar. Se possível trazer experiencias de outros países que passaram por este processo. Notem, conferência para trazer propostas para avancar e nao estagnar o processo. Porque esta é uma questao inevitável, temos que avancar e nos enquadrar ao cenário regional e global.

Esta conferencia serveria para debater, trazer propostas para a respectiva implementacao e acima de tudo educar sobre este novo cenário. Tenho visto muitos artidos nos jornais da praca com muita confusao os nossos jornalistas fazem muita confusao sobre bacharel, licenciado e entre licenciado e mestrado entao isto servia também para educa-los.

Avante à reforma, mas sem essa de "esconde-esconde", vamos criar foruns oficias de debate e esclarecimento, para o bem deste processo.

Anónimo disse...

Caro Prof Serra,
Simplesmente para dizer que é uma pena que alguns continuem a recusar os ventos da mudança! Teimam em segurar o vento com as mãos! O conselho de ministros a UEM será que estão todos equivocados???
Será que uns tantos intelectuais vão inverter o cenário actual de fragilidade do ensino com a manutenção do actual status quo? Aceitem meus caros concidadãos a dinâmica que a mundialização impõe. Não sejais como um pai que dizia que os filhos tinham de tomar banho com água fria porque ele passara por esse sofrimento quando pequeno, ou seja, não obriguem os actuais estudantes a ficar anos a fio na faculdade só por que alguns de nós ficamos eternidades nas universidades!
Eu fiquei 8 anos para receber diploma na UP!!!! Eu não desejo isso para os estudantes. 3 anos são suficientes!!!
Aceitem este projecto de Lei que acredito a Assembleia da República mui sabiamente vai aprovar!
Saudações!

Reflectindo disse...

O anónimo que nos indicou o post onde estao as palavras de Firmino Mucavele ajuda-nos bastante para um bom inicío a debate série. Porém a serem aquelas palavras sobre quem pode criticar uma reforma académica, há que lamentar. Se só e só os PhD são os que devem criticar a reforma, tenho a certeza que lá no Conselho de Ministros foram pouquíssimos os que puderam abrir a boca. E para que levar à Assembleia da República para o debate?

Mas de todas as formas há no texto pontos que nos permitem iniciar o debate. Uma vez apresentados os ciclos e créditos, não parece que ser algo que precise de uma guerra, mas uma explicacão e depois um debate. Grau de bacharel em 3 anos e licenciado 4 anos, não acho mau. O segundo cíclo entre 1,5 e 2 anos e o terceiro entre 3 e 4 anos também não está mau. A base de discussão pode começar aqui...

Volto...

Anónimo disse...

QUEM ACREDITA QUE EM MOÇAMBIQUE SE PODE FORMAR UM ENGENHEIRO OU UM MÉDICO EM 3 ANOS, NÃO CONHECE A REALIDADE DOS NOSSOS ALUNOS VINDOS DO ENSINO SECUNDÁRIO E MUITO MENOS A QUALIDADE E QUANTIDADE DOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS...SE É PARA DIZER QUE ATINGIMOS X Nº DE MÉDICOS EM 4 OU 5 ANOS ...TUDO BEM...MAS SE DAQUI A 10-15 ANOS AS TAXAS DE MORTALIDADE CONTINUAREM A CRESCER OU DOIS OU TRÊS PRÉDIOS CAIREM, ESPERO QUE OS MENTORES DESTA REFORMA POLÍTICA (É POLÍTICA PORQUE NÃO FOI FEITO NENHUM ESTUDO DE VIABILIDADE E NEM FOI APROVADO POR NENHUM CONSELHO CIÊNTIFICO)SEJAM RESPONSABILIZADOS...SALIENTO QUE ATÉ RECENTEMENTE, A NOSSA UEM ESTAVA ENTRE AS MELHORES UNIVERSIDADES AFRICANAS (http://www.webometrics.info/top100_continent.asp?cont=africa )!
POUPAR TEMPO ALGUMAS VEZES É PERDER TEMPO...UM MÉDICO NÃO É UM TECNICO DE MEDICINA (3 ANOS DE FORMAÇÃO)...UM ENGENHEIRO NÃO É UM MESTRE DE OBRAS!

Anónimo disse...

Carissimas/os,

Depois do fracassado sucesso do Prof. Dr. PhD Firmino na NEPAD, um bom estagio dum academico na politica do "sempre dizer boas coisas", agora ei-lo na bolonhalite da UEM. Sempre a nos recordar que no ambito da SADC estamos no processo de integracao.

Esses Drs. PhDs politicos estragam muita coisa nesse nosso pais. Deviam escrever mais livros para nos ajudar a perceber suas ideias que serem caixas de ressonancias. Penso Prof. Dr. PhD Firmino precisa de reforma academica ja que o NEPAD ja o reformou.

Lamentavel que a soma de "coutadas" + "firminadas"=bolonhacizacao da UEM

Reflectindo disse...

Ao amigo que ficou 8 na UP, queria lembrar que lá nunca houve curso dessa duracão. Portanto, se nao discutir bem o problema, mesmo que se escreva que a duracão será de 3 anos, o estudante poderá permanecer na universidade em 6 ou 7 anos. E, assim o que se resolveu?

Precisamos de saber se a longa permanência é da culpa dos alunos, professores, as instituicões do ensino superior, o governo, o meio ambiente, etc.

Anónimo disse...

E continuam os doutos definidores das políticas de ensino em Moçambique a dizer que é em prol da melhoria da qualidade do ensino que se fazem estas reformas no ensino superior. Quem acredita nisso? Querem deitar poeira para os olhos de quem?

Anónimo disse...

Deviam provar o que dizem, e não ficar apenas num blá blá vazio, apenas enganador dos nossos muitos "cegos" irmãos moçambicanos, que assim são apenas porque não os querem permitir ver a ciência, o progresso, o desenvolvimento

Anónimo disse...

Caros...

Penso que está claro que a maioria das pessoas apoia a reforma, então não vale a pena estar a discutir o sim e o nao ...

Pessoalmente não acho que a duração seja o maior problema, mas sim a QUALIDADE !! Porque hoje em dia ficamos 5/6 anos na faculdade a aprender algo que se faria em 3...

A reforma dos métodos, do contéudo, dos objectivos, penso que está todo mundo de acordo.

Agora fazer da reforma uma agenda politica, é um CRIME... Acelerar a reforma a níveis ridiculos é nojento. A europa assinou o dito acordo de Bologna há 10 anos!!! E só agora entra em acção, mas nós Moçambicanos, génios que somos, vamos fazer isso em 2 ou menos anos. Não debatemos entre nós todos, vamos contra os professores, contra as ordens profissionais, contra tudo e todos, o que interessa é que seja feita para os politicos ficarem satisfeitos...

Os politicos são uma classe que mete nojo, gente que não tem habilidade para nada e só escangalha o sistema...Os nossos politicos actuais digo...

Enfim, uma reforma dessa magnitude , na grande universidade de moçambique, mexe com muita gente, mexe com o país...nao poderia ser feita por meia duzia de politicos e seus escovinhas infiltrados na docência...

Pensem Nisso
Tsin Tsi Va

Anónimo disse...

Achas mesmos Tsin Tsi Va que todo o mundo está a favor da reforma. Quem é esse todo o mundo para ti? O Governo? Achas que mesmo aí há unanimidade? Os porta-vozes pau-mandados? O meros executores, muitas vezes obrigados a aceitarem-no?

Anónimo disse...

O que as ordens estão a fazer, Frank Parkin definiu por fechamento social por exclusão...E acho que é normal, pois nenhum grupo gosta de perder a hegemonia...quanto menor formos, maior será a procura pelos nossos serviço.
Os médicos, engenheiros e advogados sabem que em menos de 4 anos terão mais 5.000 concorrentes...ai terão que baixar o preço e melhorar a qualidade dos seus serviços.

Quando fui a Portugal era obrigatório voltar a fazer a 12 e na altura tirávamos notas espectaculares, resultado: o moçambicano hoje tem acesso directo as universidades Portuguesas. Será que era necessário tal teste aos indígenas?
Hoje vemos em Portugal muitos médicos, engenheiros, advogado, enfermeiros, etc., vindos do leste europeu, que tanta falta fazem a sociedade portuguesa, a trabalharem nas obras...isso porque as ordens locais não aceitam a integração de profissionais estrangeiros.
Os médicos moçambicanos são obrigados a fazer exames na ordem dos médicos de Portugal, enquanto que, em Moçambique, os médicos estrangeiros nem apresentam os diplomas.

Se o tratado de bolonha esta sendo implementado com sucesso noutros paise, não sei qual é o problema em adoptar?
Os que defendem a não implementação das linhas mestres de bolonha, são os mesmos que defendem a democracia segundo o modelo ocidental, a liberdade de imprensa segundo a adoptada pelos ocidentais...OS MODELOS OCIDENTAIS SÓ SÃO BONS QUANDO VOS INTERESSAM?

Moçambique não esta numa Ilha..........................................................................
Avante Padre Couto, sei que haverão muitos detractores e defensores do colono, mas o senhor já provou que não verga perante pressões baratas...a qualidade e a expansão que a UCM tem hoje é graças a sua determinação.
Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

Anónimo disse...

Caro Anónimo...

Só alguém que se formou fora do país, ou antes dos anos 90 pode achar que o nosso ensino não precisa de reforma...

"fechamento social por exclusão" ...
A universidade tem de ser elitista...elitizar os + dotados, os + aplicados, os que atingem certos níveis de conhecimento e de saber, independentemente de onde vem, apenas tendo como "separador" os que sabem e tem capacidades de saber e os que não.

Depois acontece o que está a acontecer agora...somos todos mestres, licensiados, doutores, mas não temos nenhum técnico de jeito..batalha-se para encontrar um bom mecânico, um bom carpinteiro...O país precisa de muito mais técnicos de qualidade e e não de ter + doutorados que técnicos...

Sim, avante Padre Couto, fazendo reformas em que 5 professores se reunem à porta fechada e definem os novos curriculos...

Pensem Nisso

Anónimo disse...

Sabe, Nuno Amorim?

A minha experiência é exactamente oposta à sua. Em 1988/1989 estava eu a estudar em Coimbra quando se realizou um Congressos dos Estudantes Africanos em Portugal com a presença de Durão Barroso, na altura Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. Fui do grupo de estudantes (1 de cada país de língua oficial portuguesa) que participou na redacção do comunicado final, que ainda hoje devo ter. Na altura, pouquíssimos eram os nossos estudantes que ficavam aprovados no primeiro ano. Pedimos, entre outras coisas, que fosse introduzido nas universidades o ano zero para tentar minorar esse problema. Não víamos essas notas espectaculares de que fala, e não se tratou, portanto, de um "teste aos indígenas", mas de uma necessidade que os próprios estudantes africanos sentiam na altura. (Uma outra conclusão desse congresso, e que representou considerável melhoria na vida dos estudantes, foi a indexação das bolsas da cooperação portuguesa ao salário mínimo nacional.) Hoje, talvez estejam a ir estudantes melhor preparados, saídos do Colégio Kitabu e outras escolas particulares, do Colégio Verney, da Escola Portuguesa... Das escolas estatais, creio não estar enganada se disser que a maioria dos estudantes vai muito pior preparada do que naquela altura.

Fátima Ribeiro

Anónimo disse...

--> O fundamental é que as regras de Bolonha sejam efectivamente cumpridas, ou seja: os cursos de 3 anos têm determinados conteúdos (créditos) que devem ser feitos, com aproveitamento, durante esses 3 anos (intensivo + exigente);
--> Quem não tem pedalada para fazer o curso em 3 anos, não pode prolongar a estadia por mais 1, 2 ou 3. É-lhe dada a oportunidade de outras saídas profissionais (técnico-profissionais). Não conseguiu ser engº em 3 anos, tem hipótese de ser um bom técnico de laboratório, por exemplo.
--> Sendo assim, estou convencido que até poderá reduzir o nº de licenciados anualmente.
--> Uma das boas intenções do Padre Couto é que haja maior rotatividade de lugares na Universidade, que mais gente tenha acesso ao ensino superior em consequencia de menos anos a ocupar "bancos da escola".
--> Estou plenamente de acordo com o Tsin Tsi Va, o importante é a QUALIDADE. ... porém, qualidade com docentes a tempo parcial, sem laboratórios e acesso a bibiografia adequada, é um desafio gigantesco... que vamos ter de superar.

AM

Anónimo disse...

Eu concordo com a reforma do Ensino superior. Mas acho que o Sr. Nuno Amorim, orgulhosamente moçambicano tem muito ódio nas suas palavras. Mistura a democracia com a reforma, e faz o pior que a salada russa. Aqui é para discutirmos ideias e isso é que é bom em democracia que ele parece não gostar, pelo menos pelo seu discurso. Aqui não se trata de defender o "colono" como o Sr Nuno diz. Trata-se sim de obter o melhor que todos podemos dar, e sem custos: as nossas ideias. Essa coisa de que só alguns é que têm a verdade absoluta esta errado Sr. Nuno... E o Sr que parece ser tão bem formado!?
Deixe as pessoas opinarem livremente sem agredir ninguem. Volto a dizer que eu concordo com a reforma e acho bem que aqueles que nao concordem ponham os seus argumentos.

E mais, SR Nuno, o Sr não é o único que tem orgulho de ser moçambicano. Não pense que isso tem exclusividade e que dar uma opinião contrária é obrigatóriamente ser contra a Nação. Pode ser até exatamente o contrário...

Viva a liberdade de expressão.

Reflectindo disse...

Que bom ler muitos comentários não menos o da Fátima Ribeiro descrevendo a sua própria experiência e contribuicão.

Amigos, somos todos mocambicanos e estamos a discutir o bem para o país com diferentes pontos de vista, claro, mas nem por isso nos faz de traidores da pátria.

Eu condeno o próprio Firmino Mucavele que foi enganar o PR, a Primeira-Ministra, o Ministro de Educacão, etc, dizendo-lhes que não podiam criticar as reformas porque não eram doutores, entenda-se, PhD.

Isto aqui diz respeito a todos e eles lá deviam ter nos permitido a discussão. Não se está contra reformas, mas como elas se devem fazer para não comprometerem a qualidade.

Anónimo disse...

Caros...

O grande , senao quase o unico problema é exactamente este... A FALTA DE DEBATE !!! Está a mexer-se com muitas sensibilidades, o país inteiro digamos... E faz-se à porta fechada, às 3 pancadas e com meia duzia de gente.

Teria-se aberto o debate , e nao haveria esta confusao toda...

É preciso ser idiota...

Pensem Nisso

Anónimo disse...

Esqueci-me que em alguns espaços é proibido opinar contra.

Cara Fátima Ribeiro,
Recebo com agrado o seu ponto de vista, pelo menos argumentaste com base na tua experiência...percebi que não és a favor da bolonhizaçao da reforma da UEM.
No entanto, acho que conhece muita gente que não passou pelo Kitabu, Verney ou escola portuguesa, mas que fizeram os seus cursos com distinção.
Será que Rogério Uthui, Elísio Macamo, Eduardo Munhequete e outros brilhantes quadros Moçambicano estudaram no Kitabu?
Conheço um cem numero de quadros da UEM e da nação moçambicana, que tendo feito a licenciatura em Moçambique, foram alunos brilhantes nas especializações no estrangeiro...Realce-se que em Moçambique eles não tiveram ano zero.
Mais acrescento, no meu grupo só havia um bolseiro do Maputo e nessa altura haviam poucas escolas privados...provavelmente só a escola portuguesa...no entanto, todos voltamos com os certificados em tempo real.
Pessoalmente acho que as escolas estatais são mais exigentes que as privadas.
Por isso, acho que o estudante Moçambicano esta em condições de aprender o essencial em 3 ano...o Moçambicano não se difere assim tanto dos ocidentais.

Caro Anónimo,
Sinceramente não percebi a sua contribuição, provavelmente empenhaste-te em me atacar porque mostrei um ponto de vista diferente do teu.
Ja agora, VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
O paralelismo com a democracia ocidental foi feito no sentido de mostrar que o moçambicano foi suficientemente inteligente para em pouco tempo adoptar um sistema que os outros ate hoje não o conseguiram.
Se adoptamos coisas mais complicadas, porque não podemos adoptar o bolonha?

Caro Reflectindo,
Se o cerne da tua questão é a limitação do debate aos PHDs, ai eu concordo contigo em género, numero e grau. Realmente é uma autentica aberração...ate os iletrados tem conhecimentos valiosíssimos, em função das suas experiências de vida.

Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

Joaqum Macanguisse disse...

1-aconselho ao orgulhosamente moçambicano Nuno Amorim a conversar com pessoas que verdadeiramente já foram estudantes da engenharia na UEM ,especialmente os que tiveram oportunidade de estudar Buscep que infelizmente foi abolido para saber da importância que tal sistema na altura gerido por professores russos tinha especialmente na preparação básica em cadeiras de química ,física e matemática a serem usados nas disciplinas das especialidades .

2-Hje praticamente nenhum estudante sai do ensino médio com capacidade de resolver derivadas e integrais ferramentas fundamentais para desenvolver as matérias especificas de todos os cursos das engenharias ,digo isso com alguma experiência de ter dado explicação a tantos finalistas do ensino médio.

3-para informação de muitos é preciso dizer aqui que os primeiros 2 anos e meios das engenharias são mais dedicados a disciplina de tronco comum e muitas vezes resolvem as deficiências trazidas do nível médio .
4-vejo O Sr. Amorim muito preocupado com números ,não são números que dão retorno ao pais ,mas são investimentos de uma real formação tal como fez Singapura ,que podem trazer o rápido desenvolvimento ao pais ..

4- O aumento das saídas nas engenharia da UEM em nenhum momento vai depender da redução do tempo de curso por uma razão simples .ex. na civil existe uma cadeira penso ser betão ou mecânica de solos é nesta cadeira aonde muitos perdem 3 anos contra 6meses previsto para a cadeira , e em electrotecnia existe electrotecnia teórica I e II que também se perde 3 a 5 anos contra um ano da respectiva cadeira , Química também a uma cadeira que em algumas vezes levasse 4 anos a fazer só uma cadeira .essas todas cadeiras são fundamentais que não podem ser abolidas .então mudando o currículo vai mudar alguma coisa .acho que meu amigo Nuno Amorim deve começar a se informar melhor para não distribuir a informações aqui como se estivesse a distribuir os 7 biliões para os pólos de desenvolvimento . Repiso na faculdade de engenharia da universidade Eduardo Mondlane Na Av. de Moçambique km 1,5 nenhum novo currículo vai mudar o tempo pois as cadeiras que acima referi que são responsável pela perca de 8,9,10 anos nas estão exactamente no segundo e terceiro ano e estrategicamente incontornáveis ,mesmo entrando no sistema Bolonha . Caros governantes procurem coordenar a posição de Estudantes e docentes sobre este mal ,ai nem vão precisar de Bolonha para melhorar o rendimento e se quiserem mão de obra mais pratica e rápida criem institutos politécnicos que são mesmo mais profissionalizantes do que para investigações .para mim ate que apoiaria que a Ispu continuasse instituto e não universidade pois em Moçambique há mais espaço para praticar do que para investigar.

N.B não sou a favor das grandes reprovações nas universidades mas sou a favor de que os estudantes tenham pelo menos a oportunidade de receber as informações das cadeiras que hoje se pretende eliminar ,mesmo que seja por intermédio de fotocopia ,apresentação em powerpoint,etc.

Anónimo disse...

O senhor Amorim sabe bem que entre os nomes que indica há quem tenha tido as bases fundamentais (o primário e o secundário) no tempo colonial. Naquele tempo, que olhando para o estado da nossa educação estatal já parece de outra era terrestre, quem desse quatro erros no ditado e/ou não soubesse fazer divisões com 4 números no divisor reprovava na quarta classe do ensino primário (aos 9-10 anos, em geral). Hoje as máquinas fazem muito, é verdade, mas ainda é preciso termos alguns alicerces que a ESMAGADORÍIIIISIMAAAAA maioria dos alunos moçambicanos de escolas estatais (aquela que de facto faz a regra)simplesmente não tem.
É preciso que se reconheça isso, se não nunca mais se resolverá problema algum da educação.

Anónimo disse...

SENHORES,
HÁ ALGUMA BASE CIÊNTIFICA OU ALGUM CONSENSO ACADÉMICO MOÇAMBICANO QUE ATESTE QUE ESTA REFORMA É EXEQUIVEL? ESTA PERGUNTA É FUNDAMENTAL...PODEMOS TER OPINIÕES DIFERENTES, MAS DEVIAMOS ESTAR DE ACORDO QUE UMA REFORMA ESTRUTURANTE DA MAIOR UNIVERSIDADE DE MOÇAMBIQUE DEVIA SER FEITA COM BASES SÓLIDAS...NÃO ESTAMOS A FALAR DO ISCTEM OU DA UNIVERSIDADE CATÓLICA...HAJA MUITA PONDERAÇÃO E AVALIAÇÃ...