17 janeiro 2009

Quilalea: o paraíso por USD 400-600/noite/pessoa




Arquipélago das Quirimbas, província de Cabo Delgado, Ilha de Quilalea, uma das nove "island villas" privadas da área : área de protecção total desde 2001, o coral reapareceu, turismo de luxo a USD 400-600/noite/pessoa. As suas delícias estão descritas aqui, aqui e aqui. Já agora, recorde uma postagem minha aqui.

7 comentários:

Anónimo disse...

Caro Prof, estas imangens sao sem margem de duvidas reveladoras de lugares de sonho,dentro desta vasto e magnifico mocambique,Pena é, serem lugares so pra alguns bolsos pois k dorminadas a 400/600 Usds nao sao pra qualquer um.

Quanto aos beneficios deste turismo , julgo que ate este momento mocambique em quase nada se beneficia, senao vejamos ;

1)As reservas sao feitas no exterior ou para o exterior logo o dinheiro fica no exterior.

2)Os turistas que visitam estes lugares nao sao mocambicanos.

3)os impostos que sao pagos pelos investidores sao insiguificantes, tendo em conta o tipo de investimento e as receitas colhidas deste tipo de turismo.

Outro aspecto de grande importancia é que nos locais onde se desenvolve este tipo de turismo nao se verifica o deselvolvimento das infrastruturas e das respectivas comunidades.

ENTAO A QUEM Benefecia este tipo de Turismo?

Aderito Magumane disse...

O turismo no nosso país está mesmo reservado à gente que pode (gente que pode em Moçambique é pouca). Pode alguém sair de uma província do sul ou mesmo do norte para passar uma noite em Quilálea a USD 400/600?? Num país em que muito mais da metade da população vive com menos de um dolar ao dia...
O pior é que os operadores turísticos em Moçambique não tem custos de operação que justifique toda esta barbaridade nos preços (basta olhar de facto que ao longo da nossa costa só há "cabanas" e não hotéis). Há quem diga que trata-se de manter a originalidade das estruturas locais, mas para mim, é apenas para ganhar mais dinheiro (USD 600/pessoa), gastando pouco (na construção de "cabanas") e no fim do tempo de operação deixar as estacas e regressar à origem com muito dinheiro!!

Anónimo disse...

Olhando para a dinamica do turismo em Mocambique, incluindo preocupacoes sobre precos e acessos, talvez, perguntas como por exemplo: (i) porque os investidores vindos de paises desenvolvidos promovem um turismo de baracas ou cabanas em Mocambique enquanto nos paises deles isso nao seria aceitavel? (ii) porque o turismo de baracas ou cabanas e permitido em Mocambique? (iii) porque o turismo em Mocambique evidencia padroes de exclusao socio-economica (precos proibitivos), racial (no black, Inhambane (Ginjata Bay, Praia dos Cocos em em 2000/2001; Zavora em 1997? (iv) porque as escolhas de opcoes de turismo nao reflectem uma escolha dum turismo que ofereca futuro economico a Mocambique? Sao apenas questoes que podem nos ajudar a entender o fenomeno.

Lazer privilegiado e precos de quem pode pagar caracterizam turismo em toda a parte do mundo. Paga-se pela qualidade de lazer. Se essa qualidade nao estiver presente entao e legitimo questionar e investigar os factores que fazem com que essa situacao prevaleca.

Carlos Serra disse...

Teremos cada vez mais, creio, locais de prazer caro. Vamos a ver o quadro dentro de, digamos, dez anos.

Anónimo disse...

Professor, já agora, diga quem são os accionistas/gestores, pela parte moçambicana, dessas ilhas todas tornadas privadas... infelizmente, ninguém já se irá espantar...

Anónimo disse...

Accionistas/ gestores são generais da velha escola da luta de libertação pois eles é que são os concessionários de toda a extensão das ilhas

Quanto aos preços meu caro Prof. são uma autentica ROUBALHEIRA, nenhum desses estabelecimentos tem um serviço a altura, não tem boa cozinha, não tem conforto a única coisa boa que tem está na natureza, o único lugar que podemos afiirmar que vale pagar oss 600 USD é o pemba beach pq não é cabana, alí gastou-se dinheiro e é compreensível que se queira obter o devido retorno, agra nas cabanas meu caro prof, se os exploradores de tais estabelecimentos pudessem manter o pavimento em areia tal fariam e diriam que estão a aproximar os turistas da natureza


Já agora esses locais que cobram 600 US noite pagam contribuem quanto para o erário público?

Anónimo disse...

Ilhas são dos Generais da Luta

A mola das receitas não entra nos cofres do estado

Único estabelecimento que merece cobrar US600/Noite é o pemba beach hotel pq foi investido muito dinheiro na sua construção

Nas barracas o serviço é péssimo, única coisa boa a mãe natureza é que pôs lá


Ministério do Turismo anda a dormir as comissões e luvas cegam os reguladores das actividades turísticas