No "Notícias" de hoje: "Intervindo ontem em Maputo, numa conferência regional sobre o impacto da violência xenófoba na RAS, Graça Machel considerou duas características que, segundo ela, são “sintomáticas” da gravidade do problema, nomeadamente o facto de as referidas manifestações terem ocorrido nos centros urbanos, e a particularidade de o seu palco terem sido as zonas mais pobres das cidades, envolvendo, num lado e noutro, gente que vive em condições deploráveis. Segundo a oradora, tratou-se de violência de pobres contra pobres."
Permitam-me recordar que neste diário a minha posição não tem sido distinta. Confira aqui. Breve espero dar aqui conta de uma entrevista que dei a um jornal brasileiro a propósito da xenofobia na África do Sul.
3 comentários:
Caros Amigos,
Quem permitiu a entrada de quatro milhões de imigrantes “ilegais" foi o governo de Mbeki. Num mundo em que o número de migrantes chega a 200 milhões, é importante diferenciar migrantes, requerentes de asilo e refugiados. É evidente que um país como a Africa do Sul não pode ignorar o problema da migração ilegal. Mas também não deve tratar refugiados e requerentes de asilo como “ilegais”, potenciais terroristas e criminosos. O uso desta terminologia por Graça Machel é uma triste tentativa para desviar o interesse público das verdadeiras questões por detrás a xenofobia latente na Africa do sul (pobreza, miséria, despotismo de Mugabe e o silencio cúmplice dos “muito bons amigos”, causando 3 milhões de refugiados, só na Africa do Sul, e muitos políticos incompetentes).
Um abraço
Oxalá
Creio que esta a colocar um ponto fulcral: o da nossa responsabilidade perante muitas coisas, entre as quais a situacao no Zimbabwe.
A lider da Alianca Democratica ja havia criticado a 'politica de portas abertas da Africa do Sul'. Agora Graca Machel, esposa de Mandela, politico com certo peso na Africa do Sul, vem dizer que os estrangeiros estao a mais na Africa do Sul. Isso parece-me serio, sobretudo quando um grupo de politicos grita aoas quatro ventos integracao regional.
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