Nasceram como partidos da oposição, são dezenas. Mas hoje, na maior parte dos casos, não têm posição nem são oposição. O seu programa é o louvor do partido no poder; a sua ânsia é um empregozinho numa autarquia ou, se atrelados a um dos dois partidos maioritários, um lugarzinho sonolento na bela Assembleia da República. Mas como nem Frelimo nem Renamo deles precisam – já basta a estes ter de assegurar empregos permanentes e bem remuneradores aos seus membros na Assembleia – só lhes resta viver da choradeira e, num ou noutro caso mais micro-aguerrido, irem ao “Notícias” assegurar que vão realizar um congresso que nunca se realiza para milhares de membros que se reduzem ao presidente do partido sem presidência. Um ou outro fez de D. Quixote, como o magnífico, turbantoso e bem-amado Sibindy, mas eram demasiados moinhos de vento a vencer na dramática luta contra a pobreza absoluta. Por isso sumiram, por isso somem. O seu estado de vida é a hibernação quinquenal. Mas, chegada a hora das eleições, saiem dos casulos, esfregam os olhos, tocam a súbita sineta e lá estão eles, piamente chorões, pedindo ao Estado dinheiro para irem às eleições.
Confira aqui o choro, uma vez mais.
Confira aqui o choro, uma vez mais.
2 comentários:
A situação politic de Moçambique em poucas palavras - bem escrito. Obrigado, Carlos.
Pois é! Mas ainda que qinquenalmente quem não chora....
Enviar um comentário