19 junho 2008

Pergunta aos leitores

Creio que as nossas universidades públicas irão transformar-se rapidamente em função do “processo de Bolonha”. Os cursos deverão tornar-se mais breves, rápidos, técnicos, virados para o mercado de trabalho. Quer o leitor que eu desenvolva um pouco esse tema? Coloque a sua opinião no inquérito do “blogpoll” situado no lado direito deste blogue, acabado de colocar. Muito obrigado.
Adenda: entretanto, saiba que o Brasil vai abrir uma universidade para países de língua portuguesa. Confira aqui. Obrigado, Juraci, pela envio da referência.

11 comentários:

Anónimo disse...

Professor boa noite!

O assunto é universidade,mas no Brasil. Por gentileza acesse o endereço a seguir.

http://www.sesuweb.mec.gov.br/noticias.php?codmateria=1890

Um abraço. Juraci

Carlos Serra disse...

Obrigado, Juraci, abrirei uma adenda a esta postagem.

Anónimo disse...

Bom dia Professor.
Acho bom uma opinião do professor sobre o assunto. Tive uma experiência sobre cursos direccionados e virados para mercado de trabalho. Há que optar por uma metodologia de ensino que permita que isso aconteça. Tive experiência com o método PBL (Problem Based Learning)na UCM. É um metodo que tem bons principios de aprendizagem, centrado no estudante e que os torna pesquisadores permanentes. A ideia desse método baseia-se no facto de haver muita informação disponível, devendo esta ser compartilhada por todos e reconhecendo que não é possivel aprender-se tudo numa faculdade ou num curso de 3, 4 ou 5 anos.
Acho que vale a pena. Aliás, muitos países adoptaram esta via. cursos mais breves e profissionalizantes e com bons resultados.

Um abraço

Unknown disse...

Bom dia Professor!

Até já se tornou hábito ouvir qualquer coisa vindo do Dr. C. Serra quando se trata de assuntos que de certa maneira mexem com o comum dos Moçambicanos.

Quer dizer eu pelomenos questionaria se o Professor ficasse indiferente! não gostaria de adiantar nada em relação ao assunto prefiro ouvir os outros primeiro.

Abraço

umBhalane disse...

Parabéns ao Brasil por esta louvavel iniciativa.

E também à D. Juraci, sempre tão atenta a estas questões, e gosto em partilhar.

E, claro está, ao Prof pelo carinho e bom acolhimento a estas iniciativas, e sua divulgação.

O Brasil revela visão futurista.

É bom saber/ver alguém acordado, enquanto os outros dormem.

Anónimo disse...

Alguem escreveu um email questionando porque abrir uma UNICPLP e nao oferecer bolsas nas melhores Universidades Brasileiras para esses estudantes? A comparacao ia mais longe com a Universidade Patrice Lumumba que diz-se oferecia diplomas a Africanos na Ex URSS, sem qualidade alguma. Sera que o Ministerio de Educacao Brasileiro ira transferir os melhores docentes e recursos (bibliotecas, revistas) para a UNICPLP? Ou sera uma Universidadezeca para combater pobreza no distrito e assegurar que os Brasileiros sao melhor formados em suas Universidades e tem assim acesso ao mercado Africano quando os UNICPLP nao terao a mesma qualidade para irem ao mercado Brasileiro?

Anónimo disse...

Esta opção por cursos UNIVERSITÁRIOS direccionados para o mercado de trabalho é a etapa final do há muito orquestrado processo de sabotagem da qualidade de ensino.
E até vão criar "Universidades" só para nós... isso não soa um pouco a "Apharteid"?
Ensino pós-secundário virado para o mercado de trabalho é Ensino Técnico-Profisissonal e as instituições que os realizam são há muito conhecidas: Institutos Superiores Politécnicos!
Não são Universidades, que são instituições "de ensino e pesquisa (...) destinadas a promover a formação profissional e científica de pessoal de nível superior, e a realizar pesquisa teórica e prática nas principais áreas do saber humanístico, tecnológico e artístico e a divulgação de seus resultados à comunidade científica mais ampla".
Se não promove a capacidade de pesquisa, não é Universidade. Tem por objectivo preparar técnicos para aplicar tecnologia pesquisada e desenvolvida lá fora, sob a batuta de gente formada em cursos não virasdos para o mercado de trabalho... talvez formadas para o mercado da "cooperação".
LSK

Anónimo disse...

Eu espero que doravante diminua o número de alunos mediócres que as nossas universidades lançam para o mercado todos os anos. é Doutor para aqui, Doutor para lá, Mas em termos de mais valia para o país, Nickles! Tantos economistas, advogados, engenheiros, etc, etc, em que ,infelizmente, o único objectivo é a obtenção de um DIPLOMA para ser exibido- nunca exibir conhecimento. Chega de sermos mediocres, sem uma educação adequada o futuro do pais está deveras comprometido. O Governo é o grande culpado, só se preocupa com o numero de alunos matriculados e formados, nunca com a qualidade. A Coreia do Sul emergiu do subdesenvolvimento para um dos paises mais avançados do planteta em apenas 35 anos porque apostou forte na educação de qualidade.Assim, seremos os eternos dependentes e pobres.

Anónimo disse...

PROFESSOR eu acho que o nosso curriculo não tem cultura da globalização. Precisamos rever para evitar mandar estudante ao exterior, existem alguns cursos que não se compreende bem o grau de formaçaõ. por exemplo:
Economia e Gestão, o profissinal é ecomista ou gestor? na minha opinião o gestor seria curso de Administração para formar ADMINISTRADORES e economia Ciencias da Economia para formar ECONOMISTAS.
Outro curso comunicação social fica mais coerente JORNALISMO.
Gestão da Educação não faz sentido quem faz esse trabalho são os ADMINISTRADRES.
Outra coisa que fica confusa é licenciados é mas para lecionar enquanto que bachareis é mas para atuar na área.
Outra confusão é a materias dadas no mínimo poderiam ser 40 livros e quatro anos tempo médio de formação porque nós estamo perante um bloco econômico SADC temos de ter um diferencial para competir. Os nossos universitários não têm condições propícios em acesso na INTERNET 24 horas então deveria ser compensado pelo tempo do curso.
Por exemplo: aqui no Brasil o curso superior o tempo médio é de quatro anos para bachareis, o de direito cinco anos e medicina 8 anos mas com todas condições de pesquisas a tempo. Eu não vejo bem a formação de professor 10ª classe + um ano isso não ajuda em nada no Brasil o magistério primário são quatro anos.
Então minha gente temos que fazer diferença na região porque nós moçambicanos não temos muita riqueza mas, podemos vender talentos no comercio livre, essa é a minha opinião.

Anónimo disse...

Inteiramente de acordo.

Se o Sr. Lula quer mesmo ajudar a CPLP e os PALOP, que financie as
universidades já existentes (e que começam a ter boa reputação como a
Eduardo Mondelane) e ajude a criar outras. Uma sugestão. Que financie a conclusão da instalação da Univ do Estado em Cabo-Verde. Ou outra Eduardo Mondelane na Beira.
Tem pano para mangas.
Tito Livio
--- Em mocambiqueonline@ yahoogrupos. com.br, guilherme mussane
Esta estória da UniCPLP é muito complicada. Nos tempos áureos da antiga União das Repúblicas Socialista Soviéticas; (URSS),
o Secretário Geral do Partido Comunista da União Sovética
(PCUS), Leonid Ilitch; Brejnev propôs ao Comité Central do PCUS a
criação de uma instituição superior; para ajuda e solidariedade para com os povos da comunidade socilaista e do chamado Terceiro Mundo. Foi na esteira desta ideia que sugiu a tristemente célebre Universidade Patrice Lumumba, sediada em Moscovo, uma instituição caraterizada por um "faz de conta universitário" , com maus; professores, programas de ensino sem nenhum nexo e por aí fora. Espero que a "brilhante"ideia lulista de criar uma UNICPLP não ande nos mesmo carrís da UniPatrice Lumumba. Na minha opinião, se é que há vontade política de ajudar os países da CPLP porque não criar ou abrir vagas financiadas pelo Estado
brasileiro em centros universitários excelentes como a USP e a UFRJ,por exemplo? Quem me garante que a tal UniCPLP terá alguma qualidade científica respeitavel? Há muita universidade por aí, feita no mundo (França, Inglaterra, USA, Brasil; e outros países); para o chamado Terceiro Mundo sem qualidade técnica e cietífica nenhuma. O filósofo moçambica Severino Elias Nguenha dizia-nos nos tempos da UFICS: "Não basta dizer que estudei numa universidade do Ociedente, é necessário saber que tipo de universidade é essa". Infelizmente o "negócio sujo"está em todo lado. Há muita "elite" africana a formar-se em escolas superiores
que são autênticos "dumba-nengues" do ensino superior. Não;será;desta maneira qua; África e o chamado Terceiro Mundo vão se libertar da depedência técnica e científica. Não;será desta maneira que África e o chamado Terceiro Mundo sairão do
subdesenvolvimento. Se esta maneira de olhar para;a solução dos problemas da África
e do chamado Terceiro Mundo;não é politiquice, que será então
politiquice?

Guilherme Afonso Mussane

Anónimo disse...

Acerca de "Bolonha":

Pelo que entendi da implementação do processo de Bolonha (em Portugal) pelo menos na área de Engenharia este não tem como objectivo principal colocar os formados com 3 anos de curso no mercado de trabalho. Estes podem começar a trabalhar, não como engenheiros mas como licenciados em ciencias de engenharia não como engenheiros.
Para ter grau de engenheiro são necessários cinco anos lectivos.


Penso que o segundo ciclo surge para que o aluno tenha a possibilidade de poder ir para outra área que não esteja directamente ligada ao seu curso. ou seja para promover a mobilidade entre cursos, apesar de não serem permitida qualquer combinação, mas passa a ser possivel um aluno de 1º ciclo em engenharia quimica fazer o segundo ciclo em engenharia do ambiente por exemplo.

mais:
1) este processo supõe que se passe menos tempo nas aulas e mais a fazer trabalho extra-aula, mas para tal é preciso haver condições: bibliotecas, acesso a internet entre outros;

2) Os cursos de medicina e arquitetura são excepções penso eu.do que sei têm formação contínua de 6 anos mais ou menos.