Enquanto isso, o dia de hoje esteve latamente preenchido por copiosos discursos de dirigentes cantando os feitos da luta de libertação nacional e pedindo aos jovens que mantenham bem alto os ideais de 1964.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
26 setembro 2007
Pensionistas a sofrer, feitos cantados
"Cerca de uma centena de viúvas dos combatentes da luta armada de libertação nacional, residentes em Nampula, estão a viver em situação de indigência absoluta, em consequência do atraso que se regista na fixação, pelo Ministério das Finanças, das respectivas pensões de sobrevivência."
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
O facto de haver cem ou mesmo mil viuvas de antigos combatentes a aguardarem por pensões não invalida a grande relevancia da Luta de Libertação Nacional. É verdade que seria desejável que nenhuma viuva estivesse na indigência.
No entanto, sugerir que se deveria deixar de celebrar a gesta mais heroica que o nosso povo alguma vez encetou porque existem viuvas na indigência me parece um absurdo.
Este país mudo muito, e para melhor, graças à Luta de Libertação Nacional. É por isso que muitos moçambicanos, e não só os dirigentes, têm um grande orgulho por esse feito.
Não está em causa negar a celebração. Nem sequer pedi que ela deixasse de ser celebrada. O que está em causa é que essa celebração se faça sem que os sacrifícios de muitos na luta tenham a justa recompensa que merecem. E já faz 32 anos que a independência foi obtida. Pense em quanta gente não tem, hoje ainda, o problema das suas pensões resolvido.É aqui que está o absurdo e não no que escrevi.
"Este país mudo muito, e para melhor, graças à Luta de Libertação Nacional"
ó anónimo dê-me 2 áreas/sectores em k isso aconteceu k eu fiko contente!
sabe o k realmente aconteceu? saiu a elite dos brancos e veio a elite negra tomar o seu lugar poix o POVO no verdadeiro sentido da palvra continua na mesma ou até pior!
Se não pediu para se deixar de celebrar, pelo menos assim pareceu. Releia o que escreveu.
Quanto a Justiceiro, apenas uma pergunta: o senhor é moçambicano? Se é, devo assumir pelo que escreveu que preferia viver no período colonial?
Quanto às elites. Preferia que em Moçambique não as houvesse? Que mal tem as elites? O senhor, se é moçambicano, não pertence à elite? Crê que os que não são elite usam computador e participam em debates nos blogs?
Enviar um comentário