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Efectivamente, nesse quadro existem artigos de poder como a viatura de luxo, o condutor, o guarda-costas, as duas empregadas, etc.
Por outro lado, nesse quadro existem manifestações instintivas de respeito para com o poder do Sr. João Latsua: a motricidade rápida e respeitadora das personagens que o rodeiam, a indicação clara de cada actor que rodeia o sr. João Latsua poder segregar indefenidamente essa motricidade em múltiplos exercícios de respeito, de acatamento de ordens.
Mas vamos lá colocar um problema: existe de facto algo como o poder, visível, tocável, mensurável, armazenável, distribuível? O Sr. João Latsua tem de facto algo como o poder?
A minha resposta nestas breves notas é que não há poder em si: apenas há poder de uns sobre os outros. O poder é da ordem das relações, não das coisas em si.
Prosseguirei.
2 comentários:
Michel Foucault!
Guerra Junqueiro faz uma crítica do poder deveras profunda e numa linguagem que cativa as pessoas, simples, popular, provocante.
Estou a usá-lo para denunciar o luso-poder corrupto.
Penso que as observações que faz sobre o poder e, sobretudo, o abuso do poder (marginal do Maputo, moradias, carros, etc.) podem ser traduzidas na linguagem simples mas precisa de Guerra Junqueiro.
Abraço
Crozier primeiro, Foucault depois e mais sistematicamente. Falarei mais tarde sobre o sempre delicado problema do "consentimento". Lerei o que o Saraiva escrever a partir de Guerra Junqueiro, que nunca li. Abraço índico.
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