22 setembro 2007

Altamente

A vice-ministra da Educação e Cultura, Antónia Xavier, afirmou ao "Notícias"(edição de hoje, p.7), que o ensino técnico deve formar quadros "altamente qualificados". Longe de mim o herético pensamento de admitir que essa é uma exigência desnecessária. O meu problema é diferente: tem a ver com o fascínio que sempre sinto perante advérbios de modo do tipo "altamente".

2 comentários:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A linguagem ministerial é altamente alta: todos os ministros falam altamente, também aqui em Portugal é tudo altamente alto.
O Porto e o Douro são usados pelo actual poder central como «sala de visitas» de Portugal, nas reuniões europeias e, por isso, está tudo altamente policiado.
É uma cidade fálica por oposição à feminilidade de Lisboa: o Porto ergue-se, Lisboa espalha-se. Mal eles sabem que os nossos amigos galegos anseiam por um terceiro Estado Ibérico: Norte de Portugal mais Galiza e existem outras regiões espanholas interessadas nessa integração. Unamuno de Salamanca, juntamente com outros elementos da luso-elite da altura, defendiam essa união Portugal/Galiza... Mas não vou tão longe: basta-me a cooperação e nestes últimos meses estamos repletos, quase «invadidos», de cidadãos europeus e muitos africanos e brasileiros, sem falar dos chineses, que se integram facilmente na nossa sociedade, como portugueses.
A baixa do Porto está completamente modificada e, muitas zonas, em obras profundas. De lamentar é o miserável «espelho de água» de Siza Vieira na Avenida dos Aliados: parece um tanque! Estamos fartos da monotonia da sua arquitectura.

Carlos Serra disse...

Pois...fenómeno generalizado. Olhe, por aqui tb ONUzados com cidadãos chineses, nigerianos e dos Grandes Lagos.