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Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
22 setembro 2007
Combatentes abandonados
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5 comentários:
A propósito, recordo Amilcar Cabral: “A via única e eficaz para a realização definitiva das aspirações dos povos, isto é, para obtenção da liberdade nacional, é a luta armada"
No quadro desta luta, os heróis, os verdadeiros heróis, são os combatentes da liberdade:
com armas ou sem elas, permito-me acrescentar.
Fazer dos combatentes exemplos vivos da mentalidade nova, transformadores activos da sociedade foi uma palavra de ordem que traduzia o reconhecimento e a importância do contributo dos libertadores para o alicerçar de uma nova mentalidade.
Condenar os combatentes ao ostracismo social é uma atitude monstruosa.
Sem passado não há presente, não há história
Fez bem em recordar Amílcar Cabral, um dos mais possantes pensadores africanos de sempre, infelizmente pouco falado entre nós.
O comportamento dos quadros e dirigentes da FRELIMO, os tais que “nunca tiveram nem terão problemas de pensões” mostra que:
(i) os antigos combatentes, carne para canhão, pé descalço, foram contratados meramente para uma operação de “GANHO GANHO” com direito a arma, munições e ração;
(ii) concluída a tarefa, ou seja,criadas condições para os quadros e dirigentes da FRELIMO prosperarem, acabou o vínculo contratual, o “ganho ganho" deixaram de ser imprescindíveis.
Lamentável, vergonhoso o que se passa.
Florêncio
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PS Peçam uma mãozinha à nossa Vitória para a inventariação dos antigos combatentes.
Tenho para mim que a auscultação prosseguirá. E nas alturas das eleições (e de outros nacionais períodos), em banjas auscultatórias e patrióticas, os que não têm problemas com pensões, os que recebem múltiplos prémios, salários e pensões, os que vivem principescamente, os que são accionistas de múltiplas empresas de todos os tipos possíveis e imaginários, invocarão, com voz áulica, a servidão colonial, a luta armada, a necessidade da unidade nacional, a auto-estima, o cerrar fileiras contra o inimigo HIV/Sida, etc.
Eu disse num dos meus comentários que a situacão dos verdadeiros antigos combatentes é deplorável. Mas o mais triste é como ele se usam para protegerem os novos exploradores-
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