20 setembro 2007

Mwathu muno


Edição de hoje, última página. Mwathu muno = isto é nosso ou a terra é nossa, em língua cinyungwe, falada em Tete. O título está errado, pois os partidos não foram banidos.

8 comentários:

Anónimo disse...

E muito lamentavel ver e ouvir uma coisa dessa do lado do partido que se gaba ser experiente no terreno num estado de Direito como moçambique.

O chefe do posto ainda nao sabe a quem esta a servir e onde vem o seu salario.

Eu me enterrogo sera que e essa mudança que sempre o presidente Guebuza fala de força da mudança? Nos esperavamos uma mudança para melhor nao para pior, os partidos politicos sao legalmente constituidos, isso nao e favor do governo.

Anónimo disse...

O inimigo de Mocambique é a Frelimo. Ela quer que os seus opositores vão ao Maputo para fazerem guerra, afinal.

Carlos Serra disse...

Por vezes a vida é ainda mais complicada do que pensamos: um responsável de um bairro periférico da cidade da Beira não quis prestar informações a uma equipa minha munida de uma credencial oficial por mim assinada e de uma outra (que exigiu) de uma universidade local. O homem disse que só reconhece a Câmara Municipal local. Tenho por forte hipótese de que ele é da Renamo e terá pensado que a equipa era da Frelimo ou de Maputo...Pena não ter tempo para averiguar melhor isso.

Anónimo disse...

Professor Serra mas este senhor o chefe do posto administrativo esta agir fora da lei, eu penso que deve ser um antigo combatente ou mesmo um bebado, nao e normal o que ele acha ser puxa saco do chefao.

Imagine se o cara e de la em Tete vai maltratar seus irmaos por causa dos camaradas, sabendo que eles nao se maltratam entre MAPUTENSES, so para ter uma ideia que a Frelimo gosta de criar inimizade entre os moçambicanos sobretudo em outras provincias eles numa boa la no Maputo pessoas se mordendo la fora oh meu Deus do ceu.

Carlos Serra disse...

Acontece que o responsável deve ser da Renamo e só conhece o Município local de Deviz...

Reflectindo disse...

Prof Carlos Serra, este Mocambique está estragado a ponto de eu não saber de como é possível um estudo com resultados fiáveis. Penso que os senhores investigadores vivem isso. Como sairem desse dilema, eu não sei.

Em relacão isto aqui que está documentado, seria melhor que se provassem pelas entidades jurídicas. Mas duvido que o processo se havia de fazer andar porque nada ouvimos sobre o caso Chemba que se diz ter-se remetido à PGR em Sofala e ao governador Vaquina.

No fim será Mocambique uma confusão.

Anónimo disse...

Caro REFLETINDO,
 Isto de vivermos numa Democracia dominada por dois Movimentos Armados: a Frelimo, armadíssima pelo Governo; a Renamo, da forma que pode, é complexo. Não temos dois Partidos políticos: temos apenas dois Movimentos encobertos em programas políticos.
 Um amigo, saturado de nomes de movimentos, sonhador, dizia-me: a solução passaria por elaborar três ou quatro Programas de Governo: por exemplo, do Partido A (de esquerda); do B (mais ao centro); do C (centro direita); do D (direita, liberal) e submetê-los a referendo com sugestões de nomes sem qualquer conotação a movimentos armados para votação (nome mais votado e nº simpatizantes).
 Passariamos a ter o Partido A, B, C ou D com membros que hoje militam na Frelimo e Renamo empenhados na defesa de um Programa. Acomodaríamos, com dignidade, a Frente, o Partido Frelimo e a Renamo na prateleira da história. Há momentos da nossa vida em que temos que cortar com o passado, seu hostilidade.
 Recomendei ao meu amigo que pedisse a Paúnde a formula mágica - para se auto-convencer que sonhos são realidade.
Florêncio

Anónimo disse...

Caro Florêncio

Obrigado. Tenho um amigo que me falou quase da mesma coisa. O meu vive nos EUA. Entretanto, como você deve saber, as coisas são muito complicadas e que pensar em constituir partidos sem conotacão a movimentos armados em Mocambique é quase impossível. Pelo menos não é coisa para agora, pior que até os jovens que nasceram ou cresceram depois das guerras, se fazem de antigos combatentes desde que estejam aliados à lideranca desses movimentos. O próprio antigo combatente, se por qualquer razão desligar-se da lideranca do dia, já deixa de ser considerado antigo combatente. SÃO COISAS QUE TANTO ESTRANHO.

Mas o sinal de que é difícil livrarmo-nos de movimentos para constituicão de partidos baseados em ideologia, está da maneira como é difícil criar uma lei eleitoral imparcial. São eles que decidem em tudo, então, como largarão o que lhes beneficia?

Abraco

Reflectindo.