O recenseamento começou. Começou com dificuldades. Falta material um pouco por todo o lado. Segundo o "Notícias" de hoje, a Comissão Nacional de Eleições, num exercício com o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, "estima em mais de 34 milhões de dólares o custo desta operação, contra os cerca de 45 milhões inicialmente propostos." O governo disponibilizou até agora 13 milhões. E acrescenta o "Notícias": "Decorrem, entretanto, neste momento, negociações bilaterais e multilaterais com a comunidade internacional,
para a cobertura do remanescente." Continuamos sem saber quer como se baixou o custo do recenseamento (11 milhões é obra, é muito), quer como se começou o processo sem que tudo esteja disponibilizado.
Enquanto isso, a Rádio Moçambique tem o recenseamento como sua manchete. Na cobertura estão visivelmente enxertadas as visitas das brigadas da Frelimo às províncias para incentivar as pessoas a votar (no partido, claro) e as intervenções oficiais e populares sobre o dia das Forças Armadas, que foi o dia do início da luta armada de libertação nacional e que amanhã se assinala. Um festival do partido no poder e um silêncio sepulcral do único real partido da oposição no país, a Renamo.
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Imagem reproduzida
daqui.
7 comentários:
Falta de material nas regioes Centro e Norte do pais, le-se no CANAL MOÇAMBIQUE de hoje.
Esta e uma autentica discriminaçao ou seja regionalismo que o presidente Guebuza quer implamentar. Quando ele concorria as eleiçoes passadas dizia que era de Nampula depois de ganhar ja nao e mais natural de Nampula.
Enquanto a Frelimo estiver no poder sempre o chigondo estara em desvantagem
A mentira tem pernas curtas, um dia chegara a verdade.
Já em postagem anterior eu citara o CM.
Xi mano gente nunca vai saber destino dos 11 milhões não entrados. Vida tem rio que só termina, nunca começa.
E estarão os poucos meios por enquanto existentes equitativamente distribuídos por todo o país?
Não sei...A RM no noticiário das 19.30 de hoje dedicou muito tempo a referir avarias no material informático, chegada tardia do material ou, pura e simplesmente, não chegada ainda do material.
VER O MOCAMBIQUE..O PAIS REAL. Bento Neves deve tar reportando esses casos que espelham a habitual desorganizacao das nossas instituicoes.
Fraude prepara-se, disse Brazão Mazula no balanco das eleicões 2004, precisamente para falar da desorganizacão do recenseamento. O mesmo erro, os mesmos problemas, nos meus locais!
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