Vamos lá prosseguir um pouco mais esta série.
Considerei os seguintes seis factores que estão em jogo quando votamos em Moçambique:
1. Avaliação do governo
2. Perfil do candidato
3. Exequibilidade do programa proposto
4. Potencial persuatório da engenharia política
5. Extras identitários
6. Forças de persuasão e/ou de compulsão
Vamos, agora, passar ao ponto 3 dos factores.
Temos por norma, muitos de nós, de forma tenaz, a crença de que o povo precisa de ser guiado, ensinado, monitorado, de que ele é um quadro virgem onde devemos e podemos inscrever o nosso giz didáctico e iluminado. Por isso partimos do princípio de que um bom programa deverá, racionalmente, ser aceite. Por quê? Porque é um bom programa, um programa racional, um programa de futuro, um programa que leva em seu bojo as aspirações populares.
Mas a forma como os bons programas são aceites, premiados ou punidos pelo voto depende de múltiplos factores. E depende, essencialmente, da grande capacidade de avaliação do povo, capacidade que raramente é aceite pelos políticos.
Quando os programas são expostos em praça pública, no fervor da compita, esse povo avalia muita coisa. Avalia, por exemplo, a distância entre o futuro do programa e a realidade do dia-a-dia, entre a história local e a história criada pelo político, entre o paraíso e o inferno.
Considerei os seguintes seis factores que estão em jogo quando votamos em Moçambique:
1. Avaliação do governo
2. Perfil do candidato
3. Exequibilidade do programa proposto
4. Potencial persuatório da engenharia política
5. Extras identitários
6. Forças de persuasão e/ou de compulsão
Vamos, agora, passar ao ponto 3 dos factores.
Temos por norma, muitos de nós, de forma tenaz, a crença de que o povo precisa de ser guiado, ensinado, monitorado, de que ele é um quadro virgem onde devemos e podemos inscrever o nosso giz didáctico e iluminado. Por isso partimos do princípio de que um bom programa deverá, racionalmente, ser aceite. Por quê? Porque é um bom programa, um programa racional, um programa de futuro, um programa que leva em seu bojo as aspirações populares.
Mas a forma como os bons programas são aceites, premiados ou punidos pelo voto depende de múltiplos factores. E depende, essencialmente, da grande capacidade de avaliação do povo, capacidade que raramente é aceite pelos políticos.
Quando os programas são expostos em praça pública, no fervor da compita, esse povo avalia muita coisa. Avalia, por exemplo, a distância entre o futuro do programa e a realidade do dia-a-dia, entre a história local e a história criada pelo político, entre o paraíso e o inferno.
1 comentário:
Caríssimos!
Para começar triste discordo da ideia "...o povo avalia muita coisa." E para reforçar tal convicção divido o povo em duas facetas distintas: as do politicamente literados e o seu extremo oposto (não querendo usar palavras inapropriadas). Os que politicamente considero literados,são os que tem a mínima noção do que é um governo e as suas funções para com o povo, contudo são refens de uma ambição monstruosa em superiorizar-se na sociedade tal que fielmente se anexam a um programa do governo que em nada se identifica com a necessidade do povo mas somente nas necessidades dos governantes. Assim sendo, na procura desse "nirvana" social este grupo não considera nenhum dos seis factores supracitados, contudo deixando-me sobre dúvidas quanto ao último factor (Forças de persuasão) se tivermos em conta que a garantia de um status e posição social ajude (contudo requer muita discussão).
Quanto ao segundo grupo, falamos de um povo que não sabe distinguir Frelimo de um Governo, isto é, Frelimo heroi dos filmes, Frelimo o Bom na batalha entre o mal, Frelimo quem libertou-nos do colono. O facto é que este povo vive este filme até hoje, a Frelimo já passou a uma "cocaína" que virou vício, vejam o boicote feito a Renamo a dias. Que o fez eram crianças (não eleitores) sem ideia das suas acção mas embaladas pelo ópio de fazer o bem pelo lado do bem, sentimento transmitido pelos pais e pelos avós. Da mesma maneira que fica difícil em convencer um viciado que tá doente e precisa de tratamento (e muitas vezes agredi o médico porque não o quer) o mesmo acontece com este grupo, que não aceita primeiro que a Frelimo não é Um Governo e muito menos O Governo e por isso não aceita que alguém o apresente propostas de que seria Um Governo ou O Governo, pelo que assim sendo não julgo ser possível considerar os seis factores supracitados. Ensuma não acho ainda que o povo moçambicano ao fazer a votação considere tais factores, aliás o povo africano pois andam todos preso a uma história viciosa e quando dispertam e usam tais factores acontecem o que vimos em Kenya e Zimbabwe que é um prelúdio de um novo sistema político africano TiraDemocrático. Assim penso eu até hoje.
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