Latino do Guruè

Enquanto aguardo ter alguns indicadores seguros para me pronunciar sobre as eleições de hoje no que concerne a uma eventual redução da taxa de abstenção, permitam-me servir-me, uma vez mais, do semanário "Magazine Independente", para dar conta de um homem que o António Zefanias, seu jornalista, escreveu arrastar multidões em Guruè, província da Zambézia. Chama-se Latino Barros, ex-padre católico, candidato da Renamo, considerado "o messias dos naturais e amigos do Guruè". O seu peso é tão forte que, escreveu Zefanias, a Frelimo mandou para lá a primeira-ministra, Sra. Luisa Diogo, sem, antes, substituir Sérgio Campos por José Aniceto, como seu candidato. Acresce que Latino escapou a um tiroteio em circunstâncias não contadas por Zefanias (p. 19).
Adenda 1: quando faltam poucos minutos para terminar o período de votação e de acordo com relatos dos jornalistas da Rádio Moçambique, há gente que ainda não conseguiu votar em várias mesas em alguns pontos do país, estando aqui e acolá agitada (por exemplo em pelo menos duas mesas do Dondo, província de Sofala, mas há outros casos em outros pontos do país), enquanto há mesas vazias há várias horas. Dentro de algum tempo já estará disponível um breve informe no Boletim sobre o processo político em Moçambique relativo à eleição esta tarde.

Adenda 2 às 18:32: em vários pontos e em várias mesas no país, ainda não foi encerrado o processo de votação (oficialmente marcado para as 18 horas). Há, ainda, muita gente a querer votar. Mas o director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral disse há momentos, em conferência de imprensa aqui em Maputo, que não haverá prolongamento do prazo (Rádio Moçambique).