Dados biográficos
Nome: Edson da Luz
Naturalidade: Namaacha, às 5:30h do sexto dia do quinto mês do ano de 1984.
Filiação: pai cabo verdeano, mãe moçambicana.
Infância: passada em Namaacha até aos 10 anos, onde fiz uma parte do ensino primário, continuando em Maputo.
Adolescência e juventude: concluo o ensino geral e o pré-universitário e ingresso na UEM. Neste período inicio-me na música fazendo parte do grupo Dinastia Bantu, integro-me no Movimento Humanista por algum tempo e, mais recentemente, entro para Label Cotonete Records, donde fazem parte rappers como Izlo, Ivete, Rage e Terry. Tenho agora o meu álbum à porta, dia 10, mais um marco na minha biografia.
Nome: Edson da Luz
Naturalidade: Namaacha, às 5:30h do sexto dia do quinto mês do ano de 1984.
Filiação: pai cabo verdeano, mãe moçambicana.
Infância: passada em Namaacha até aos 10 anos, onde fiz uma parte do ensino primário, continuando em Maputo.
Adolescência e juventude: concluo o ensino geral e o pré-universitário e ingresso na UEM. Neste período inicio-me na música fazendo parte do grupo Dinastia Bantu, integro-me no Movimento Humanista por algum tempo e, mais recentemente, entro para Label Cotonete Records, donde fazem parte rappers como Izlo, Ivete, Rage e Terry. Tenho agora o meu álbum à porta, dia 10, mais um marco na minha biografia.
Entrevista
Carlos Serra: Vai sair um álbum seu, o primeiro, dia 10. Qual o conteúdo dos trabalhos?
Edson da Luz: Fundamentalmente, intervenção social e até certo ponto política também, pois no meu ver a realidade social da sociedade moçambicana é em grande parte condicionada pela actividade política deste país, portanto entro quase sempre em choque com a política quando falo da sociedade. Neste cd, não falo muito das belezas deste país porque para mim o feio salta-me mais à vista e as belezas viram naturalmente como consequência de concertarmos o feio. Faço também abordagem da SIDA, mas tentando mostrar às pessoas como este vírus circula no nosso meio pela ponte dos relacionamentos, por exemplo: poderão perceber no tema “Labirintos” como um pai infecta a sua própria filha sem se envolver sexualmente com ela, mas simplesmente pelos labirintos dos nossos relacionamentos. Falo da banalização do sexo, alguns novos hábitos da nossa sociedade e exponho as minhas ideias para se solucionar alguns problemas da nossa moçambicanidade, o que poderá aplicar-se também a nós como africanos.
Carlos Serra: O Edson é um crítico social. Por quê?
Edson da Luz: Às vezes faço-me essa pergunta e pergunto-me também por quê não sou um artista igual a tantos que cantam sempre a alegria, o amor e a beleza da vida, a resposta não é facil, talvez recuar um pouco na minha história, nasci na vila da Namaacha filho de pai cabo verdeano e mãe moçambicana, dizem que sou mulato e por isso quando criança sofria discriminação, diziam que eu não tinha bandeira, logo aos 10 anos vi os meus pais separarem-se e venho morar em Maputo, tenho um contacto brusco com a realidade da selva que é a cidade, vivendo apenas com a minha mãe e meus irmaõs, assisto à batalha constante que a minha mãe travava para nos sustentar, a minha mãe sempre dizia para eu estudar para vencer na vida, enquanto isso ia assistindo pessoas sem estudo ou qualquer cultura académica a singrarem na vida à custa de “esquemas”, uma série de contrastes, meu pai ajudou no gosto pela leitura e descobri mensagens de revolta, esperança e alternativa nos poemas de José Craveirinha, descobri assim uma maneira de estar na sociedade, contribuir com a crítica para melhorar o meu meio, escrevi poemas e depois entrei na música de modo mais interventivo.
Carlos Serra: Bem, talvez já tenha dado a resposta...é estudante de geologia, estuda a estrutura da terra. Como se efectuou a transição para o estudo da sociedade?
Edson da Luz: O estudo da sociedade já fazia mesmo antes de entrar na faculdade e continuei a desenvolver as duas actividades em paralelo, mas às vezes as duas cruzam-se e às vezes sou também crítico dentro da sala de aulas e uso meus conhecimentos académicos para auxiliarem-me nas minhas análises, na escola tive noção do país, dos recursos, de como usá-los e também pude perceber como são mal aproveitados.
Carlos Serra: Como surge o nome artístico "azagaia"?
Edson da Luz: Surge na tentativa de adequar a nossa cultura africana à música hip hop, ou talvez o contrário, portanto este nome é produto do cruzamento entre o hip hop e a cultura africana, sendo a azagaia um instrumento de combate nos povos bantu, eu achei interessante adoptá-lo como alcunha, visto que a minha postura sempre foi combativa, vou directo aos meus alvos.
Carlos Serra: Como vê a evolução de Moçambique?
Edson da Luz: Talvez escrevendo um livro sobre este tema eu explicaria, mas em palavras mais resumidas eu acho que nós andamos e paramos constantemente e sinceramente não sei o que fazemos com maior frequência e duração, mas arriscaria em dizer que paramos mais, falarei de Moçambique desde a independência, marco zero, perdoem-me os tribalistas, assistia-se à construção duma nação segundo os livros e testemunhos orais, muitos erros e acertos, alguém me disse que o país era um quartel naquela altura, mas havia fortes princípios morais, uma forte liderança, quando é assassinado o presidente explode um clima de instabilidade intenso, 16 anos de guerra civil, muita dor e mágoa, desenvolvimento económico e social parado, quando finalmente a guerra acaba as pessoas estão chocadas e desnorteadas, grande crise de valores, ensina-se a cultura da paz, mas pouco se ensina sobre a cultura de ser cidadão, observa-se muito oportunismo, não que não existisse antes, a importação da cultura ocidental faz confusão na cabeça dos jovens, muitos já nem sabem o que é ser moçambicano, perda de identidade, o capitalismo selvagem não deixa espaço nem tempo para se abordar estes assuntos, estão os pais preocupados em ganhar cada vez mais dinheiro, estão os filhos a tentar ser americanos ou europeus, a educação é tão eficaz que produz alunos que concluem o ensino primário sem saberem ler e escrever correctamente devido a um sistema de passagem obrigatória, importado de certeza de um país doador, não temos noção da dimensão do nosso país, pensamos que ele é a nossa cidade, não há perspectivas de saída do lugar por parte dos nossos irmãos dos distritos e localidades no Centro e Norte do país, a tentativa de desenvolver o país continua, recuperar o tempo perdido, então vendemos o país, privatizámo-lo em troca de investimentos, democracia experimental, que confunde-se com um regime ditatorial disfarçado, uns enriquecem muito, outros empobrecem na mesma proporção, aumenta o crime porque parece que diminuem oportunidades, corrupção, nepotismo, os nossos governantes guerreiam constantemente, resultado: o povo já não confia neles (já agora muitos jovens não têm vontade de recensearem-se). Temos fábricas paradas há muito tempo e supermercados a abrirem constantemente, os nacionais não conseguem ser mais que empregados e muitas vezes de estrangeiros, é um cada um por si e Deus por todos, e até a religião é negócio, a doença é negócio, enfim... talvez encontrem pessimismo na minha análise, mas é como eu vejo e acredito que muitos assim o vêm também. A evolução é um processo contínuo, na minha opinião vivemos em prédios de caniço disfarçados de cimento e betão, a julgarmos que somos melhores que outros nossos irmãos que perdem-se no horizonte da ignorância comum.
Edson da Luz: Fundamentalmente, intervenção social e até certo ponto política também, pois no meu ver a realidade social da sociedade moçambicana é em grande parte condicionada pela actividade política deste país, portanto entro quase sempre em choque com a política quando falo da sociedade. Neste cd, não falo muito das belezas deste país porque para mim o feio salta-me mais à vista e as belezas viram naturalmente como consequência de concertarmos o feio. Faço também abordagem da SIDA, mas tentando mostrar às pessoas como este vírus circula no nosso meio pela ponte dos relacionamentos, por exemplo: poderão perceber no tema “Labirintos” como um pai infecta a sua própria filha sem se envolver sexualmente com ela, mas simplesmente pelos labirintos dos nossos relacionamentos. Falo da banalização do sexo, alguns novos hábitos da nossa sociedade e exponho as minhas ideias para se solucionar alguns problemas da nossa moçambicanidade, o que poderá aplicar-se também a nós como africanos.
Carlos Serra: O Edson é um crítico social. Por quê?
Edson da Luz: Às vezes faço-me essa pergunta e pergunto-me também por quê não sou um artista igual a tantos que cantam sempre a alegria, o amor e a beleza da vida, a resposta não é facil, talvez recuar um pouco na minha história, nasci na vila da Namaacha filho de pai cabo verdeano e mãe moçambicana, dizem que sou mulato e por isso quando criança sofria discriminação, diziam que eu não tinha bandeira, logo aos 10 anos vi os meus pais separarem-se e venho morar em Maputo, tenho um contacto brusco com a realidade da selva que é a cidade, vivendo apenas com a minha mãe e meus irmaõs, assisto à batalha constante que a minha mãe travava para nos sustentar, a minha mãe sempre dizia para eu estudar para vencer na vida, enquanto isso ia assistindo pessoas sem estudo ou qualquer cultura académica a singrarem na vida à custa de “esquemas”, uma série de contrastes, meu pai ajudou no gosto pela leitura e descobri mensagens de revolta, esperança e alternativa nos poemas de José Craveirinha, descobri assim uma maneira de estar na sociedade, contribuir com a crítica para melhorar o meu meio, escrevi poemas e depois entrei na música de modo mais interventivo.
Carlos Serra: Bem, talvez já tenha dado a resposta...é estudante de geologia, estuda a estrutura da terra. Como se efectuou a transição para o estudo da sociedade?
Edson da Luz: O estudo da sociedade já fazia mesmo antes de entrar na faculdade e continuei a desenvolver as duas actividades em paralelo, mas às vezes as duas cruzam-se e às vezes sou também crítico dentro da sala de aulas e uso meus conhecimentos académicos para auxiliarem-me nas minhas análises, na escola tive noção do país, dos recursos, de como usá-los e também pude perceber como são mal aproveitados.
Carlos Serra: Como surge o nome artístico "azagaia"?
Edson da Luz: Surge na tentativa de adequar a nossa cultura africana à música hip hop, ou talvez o contrário, portanto este nome é produto do cruzamento entre o hip hop e a cultura africana, sendo a azagaia um instrumento de combate nos povos bantu, eu achei interessante adoptá-lo como alcunha, visto que a minha postura sempre foi combativa, vou directo aos meus alvos.
Carlos Serra: Como vê a evolução de Moçambique?
Edson da Luz: Talvez escrevendo um livro sobre este tema eu explicaria, mas em palavras mais resumidas eu acho que nós andamos e paramos constantemente e sinceramente não sei o que fazemos com maior frequência e duração, mas arriscaria em dizer que paramos mais, falarei de Moçambique desde a independência, marco zero, perdoem-me os tribalistas, assistia-se à construção duma nação segundo os livros e testemunhos orais, muitos erros e acertos, alguém me disse que o país era um quartel naquela altura, mas havia fortes princípios morais, uma forte liderança, quando é assassinado o presidente explode um clima de instabilidade intenso, 16 anos de guerra civil, muita dor e mágoa, desenvolvimento económico e social parado, quando finalmente a guerra acaba as pessoas estão chocadas e desnorteadas, grande crise de valores, ensina-se a cultura da paz, mas pouco se ensina sobre a cultura de ser cidadão, observa-se muito oportunismo, não que não existisse antes, a importação da cultura ocidental faz confusão na cabeça dos jovens, muitos já nem sabem o que é ser moçambicano, perda de identidade, o capitalismo selvagem não deixa espaço nem tempo para se abordar estes assuntos, estão os pais preocupados em ganhar cada vez mais dinheiro, estão os filhos a tentar ser americanos ou europeus, a educação é tão eficaz que produz alunos que concluem o ensino primário sem saberem ler e escrever correctamente devido a um sistema de passagem obrigatória, importado de certeza de um país doador, não temos noção da dimensão do nosso país, pensamos que ele é a nossa cidade, não há perspectivas de saída do lugar por parte dos nossos irmãos dos distritos e localidades no Centro e Norte do país, a tentativa de desenvolver o país continua, recuperar o tempo perdido, então vendemos o país, privatizámo-lo em troca de investimentos, democracia experimental, que confunde-se com um regime ditatorial disfarçado, uns enriquecem muito, outros empobrecem na mesma proporção, aumenta o crime porque parece que diminuem oportunidades, corrupção, nepotismo, os nossos governantes guerreiam constantemente, resultado: o povo já não confia neles (já agora muitos jovens não têm vontade de recensearem-se). Temos fábricas paradas há muito tempo e supermercados a abrirem constantemente, os nacionais não conseguem ser mais que empregados e muitas vezes de estrangeiros, é um cada um por si e Deus por todos, e até a religião é negócio, a doença é negócio, enfim... talvez encontrem pessimismo na minha análise, mas é como eu vejo e acredito que muitos assim o vêm também. A evolução é um processo contínuo, na minha opinião vivemos em prédios de caniço disfarçados de cimento e betão, a julgarmos que somos melhores que outros nossos irmãos que perdem-se no horizonte da ignorância comum.
16 comentários:
Não tenho palavras adequadas para dirigir ao Azagaia. Ele revelou-se um jovem Homem, dono de si e que não teme por si, mas pretende abrir novos horizontes para aqueles que acham que passividade é o remédio. Há que se reconhecer todo o mérito do jovem. Sinceramente digo que desde que ouvi as MENTIRAS DA VERDADE, que disse para mim mesma este jovem sabe o quer quer. Eu gostei bastante de ouvi-lo, hoje, na rádio e a firmeza com que Azagaia expressa-se não é comum, infelizmente. Não podemos ter vergonha de pensar, muito menos de criticar. Uma Sociedade Civil mais interventiva faz falta em Moçambique. Que hajam mais Azagaias. Acredito que Azagaia terá escolta secreta, porque o Poder teria que responder e pagar bem caro e algo de mal acontecesse com Azagaia. E ele diz bem na letra da sua música...FANTÁSTICO é ver que as pessoas começam a despertar. Chega de lavagem cerebral. Gostava de ver o clip em todas televisões e não só na RTP África, onde professores catedráticos comentaram sobre Azagaia. Quero ouvir a tua música Edson em todas as rádios. Eu prometo que pelo menos lá na rádio onde trabalho ela irá passar, CONCERTEZA.
Azagaia tirou as palavras da boca de todos os moçambicanos.
AMEIIII VOCÊ É NOTA 10. PARABÉNS PELA CORAGEM, OU MELHOR, PARABÉNS PELO À VONTADE. ISTO SIM!"vou directo aos meus alvos."-DISSE AZAGAIA.
O "infelizmente" aplica-se ao facto de poucos ousarem criticar a má governação a que estamos sujeitos faz mais de trinta anos.
Mais do qua à musica atentem às palavras. Serão elas a levar-nos à verdadeira e adiada revolução?
Governem para o povo e não para a família. Haja mais AZAGAIAS e picar as consciências
O Azagaia é um crítico social. É assim que ele se define. Bem haja Azagaia. Espero que a sociedade que ainda não está habituada a críticos como tu não te faça ACREDITAR que és um ANTI FRELIMO ou ANTI GOVERNO DO DIA.
Prefiro ver te como um indivíduo que não se acomoda perante o que está mal seja qual for a origem. Espero que amanhã tenhas a capacidade de ver e criticar não só a HIPOCRISIA ASSASSINA da FMI e da ONU mas também a de muitos pseudo-moçambicanos que querem nos fazer crer que não temos capacidade de nos auto governar nem de ir para frente.
We are around. Ninguém terá interesse em MATAR-TE os que criticas tem interesse em ouvir o que dizes.
A sua música "A Marcha" foi tema de debate na nossa célula. Fizemos o exercício para apontarmos ao topo onde se tem estado a errar em termos de políticas que faça com que o regime seja criticado desta forma. ACredito que seremos ouvidos e o Azagaia amanhã cantará o progresso e sentirá o orgulho de com a sua voz e sabedoria ter ajudado a mudar as coisas.
Espero que motive outros.
Martin de Sousa
Caro Prof. Excelente entrevista e soberbas respostas, mano Azagaia!
Conheço este Jovem a tempos,e sempre acompanhei a carreira, desde a Dinastia Bantu.
Concordo ctg, cara Ivane Soares, mas deixa-me dizer-te que, atendendo ao que tenho visto, de certeza aparecerão mais Azagaias muito em breve!
Neste momento, com medo de represálias, muitos se refugiam no anonimato que a internet e os Blogues proporcionam (como é o meu caso).
Mas uma coisa tenho certeza, o Azagaia não está só...
Os governantes que se cuidem!
Pensem Nisso
LV
ESTE JOVEM EKI O VERDADEIRO LIDER DA OPOSICAO!!
“Nenhuma sociedade progrediu sem fazer a sua própria crítica, sem que os seus criadores e pensadores se metessem contra a corrente dos bem-pensantes (…) África tem necessidade de imprecadores.” (Henri Lopes, escritor zairota)
________
Veja Lopès, Henri, Mes trois identités, in Kandé, Sylvie (dir), Discours sur le métissage, Identités métisses, En quête d´Ariel". Paris: L´Harmattan, 1999, pp. 141-142.
"To sin by silence when they should protest makes cowards of men." (Abraham Lincoln)
Parabéns azagaia. Que se levante a voz do povo.
AC
Bela sentença, a de Lincoln.
Meus parabéns Azagaia, assim é que é!!! As suas respostas e as suas letras sao inicio duma nova revolução, neste pais, que já precisava há muito tempo. Parabéns pra si, tbm, prof. por publicar esta matéria de grande valor e coragem.
As MENTIRAS DA VERDADE é um poema que sabiamente não só critica o regime mas desperta a idéia do patriotismo. Este jovem(Azagaia) tem o apoio do povo e dos intelectuais e até dos "políticos" que analisam a realidade moçambicana despidos de qualquer veste política. Quando ouvi pela primeira vez os versos daquela música, eu disse para os meus botões-"isto é o começo o povo já se cansou das mentiras da verdade dos governantes... Tu és um Sociólogo com curiosidades em Geologia. Força ai... Por agora venho com o psiodónimo de THERERE.
Parabens AZAGAIA, ja estavamos precisando alguem com esta frontalidade da realidade.Ninguem esta contra a FRELIMO.So estamos fartos das suas politicas sem conteudo.O TAL FUTURO MELHOR EH SO PARA ELES.ja vao quase 12 anos de paz e o povo parece aque ainda esta em guerra.nem agua vai nem agua vem.SO ELES NOS 4*4 curtindo o povo.Exemplo acham justo um jovem de 23 ou 35 anos investir milhoes de dolares?onde aranjou esse mola toda?Ahhhhh...eh filho do fulano.Assim nao da manos.Dividam com o povo.Mas nao disse.AZAGAIA CONTINUE FIRME.
Azagaia e uma das eras deste pais
colonialismo, libertacao nacional pela frelimo, PRE, multipartidarismo e azagaismo sao fases que identifico como marcantes desta patria.
Azagaia representa o orgulho de muitos jovens que gostariam de dizer a verdade a quem dirige sem diraccao este pais.
AZAGAIA=POVO=A MIM=A TI= A NOS MOÇAMBICANOS. Adoro as musicas do Azagaia, esse rapaz é firme, seguro, verdadeiro. Ele realmente faz parte do povo. Eu me identifico com Azagaia: "atacando pra defender o meu povo." Obrigada prof por passar-nos essa entrevista do jovem inteligente, respostas essas q satisfazem alguma curiosidade que nao tivemos oportunidade de satisfaze-las pessoalmente. Meus parabens
mano azagaia sou um cabo verdianode 21 anos integrado no curso de serviço social da universidade lusofuna de cabo verde «mindelo».eu estou a gravar o meu 1º album de hiphop. azagais! Ês um exemplo pra todos os jovens da lusofunia, fizes um retrato da politica e da sociadade moçambicana da maneira mais crua na vertente mais pesado do rap (underground). força bro...espero um dia te conhecer .....
Pudesse eu ter a tragicidade deste jovem. Pena que isso tudo que ele tem faz parte do seu instinto. Ninguem pode ousar em imita-lo porque maior sera o risco de se tropecar. Agora tive acesso ao liricismo do vandalo: Gostei da parodia que ele faz ao Guebuza!
Abraxoz para si Serra. Escrevamos...
Enviar um comentário