06 fevereiro 2009

Reforma curricular na UEM: "Notícias" toma posição

O Editorial do "Notícias" de hoje é dedicado à reforma curricular na Universidade Eduardo Mondlane e à polémica que está a gerar. O jornal tomou posição: "Publicamente, muito pouco se sabe sobre o processo da reforma curricular. Não se sabe o suficiente para se formular um juízo de valor sobre o assunto. Sabe-se, mais ou menos, que a Universidade Eduardo Mondlane vai introduzir um novo currículo, que fica homogéneo com o da região da SADC e o Processo de Bolonha. Na base desse currículo, os estudantes são graduados em dois anos e tornam-se mestres dois anos depois. O reitor da UEM diz que isso é bom para o país e para os estudantes, mas em momento algum nos é dado a saber por que é que isso é bom para o país e para os estudantes. Não nos dizem se isso resulta, sobretudo, de uma conclusão estrutural sobre o modelo do Ensino Superior que, como país, queremos, ou é produto do seguidismo global, independente do contexto."
Adenda às 23:27: leia um trabalho alusivo no "Savana" desta semana, aqui.

13 comentários:

Anónimo disse...

Prof. Eu nao tenho muito conhecimento sobre a reforma que se quer no ensino superior, mas creio que como professor acho que o sistema como está não serve. Não serve porque é extremamente ineficiente. E, no fim dos cursos nós ainda dizemos que os graduados universitários são "incompetentes". Afinal ficar muito tempo na universidade por si só muda alguma coisa? Eu creio que é necessário mudar a maneira de fazer as coisas e não ficar sentado em sistemas velhos que não nos servem. O sistema produz poucos graduados muito desperdício. O sistema é muito ineficiente e assim simplesmente, não dá!
Não é possivel que hoje, apos mais de 30 anos de Independência ainda não tenhamos médicos, engenheiros de construção, etc porque a Universidade passou a vida a admitir estudantes que não concluem os cursos (porque reprovam e desistem). Por isso não é possivel ter graduados para o pais. E assim somos um dos paises com menos médicos por 100.000 habitantes do mundo, 3, segundo o relatório de desenvolvimento humano (2000-2004). Ficar 7 anos ou 8 a estudar, o mais provavel é que, se o aluno terminar o curso sem reprovar, no final do curso, ele já não se lembre do que aprendeu nos primeiros anos. Seria bom calcular em quanto tempo o estudante termina, em média um ano de estudo na Universidade. Não me admiraria que o fizesse em 1,5 ou mesmo 2 anos, devido às reprovações massivas.
Eu acho que muito do que aprendi, foi na pratica. E não apenas no curso. Por isso eu creio que os nossos estudantes devem aprender a aprender e nao a ficar na universidade toda a vida e nunca experimentar o que aprenderam. Mas, é como em tudo, uma questão de opção nacional!

Anónimo disse...

se o rico constroi a sua em casa em 6 meses, eu pobre que nao sou tambem tenho que fazer o mesmo? UMA VERGONHA. So faz mestrado quem tem licenciatura. Onde estou actualmente a fazer o meu MsC (A sul) faz-se licenciatura em 4 (dependendo do curso) e depois seleciona-se os que podem fazer mestrado. E a 3 melhor universidade da A. Sul e uma das 500 melhores do Mundo. Onde a uem foi levar exemplos desses?
FORA COM PADRE COUTO.

Anónimo disse...

Caro Prof.
Felicito a UEM pelas reformas que procura imprimir no ensino superior.
Chegou a hora de se implementar as verdadeiras mudanças! Comungo integralmente com a opinião apresentada. Não é por ficar 7 anos (+3 devido às recorrências) que o estudante será melhor médico. Veja o caso da UP que ministrou cursos de 5 anos (+1 de propedêutico) para graduar profissionais para ensinar "je m'appelle!!!" Invariavelmente levando 7 a 8 anos para obter diploma. Não havia bacharelato!! Muita má fé no meio. O ex-Mined a negar conferir título de bacharel mesmo depois de terminar os 8 (5+1+2)anos de cadeiras curriculares. A universidade deve ensinar o básico. Deve-se massificar as graduações. Lembro-me de uma faculdade que disse ter graduado 3 estudantes. O antigo 1° ministro questionou a competência dessa instituição. Vergonhoso não é?
Quer me parecer que o editorialista poderia entrar no sitio da UNESCO ou do BIE e comparar os diferentes currículos no mundo e a seguir interpretá-los. Não podemos continuar a negar mudanças e acreditarmos que somos um povo diferentes num mundo cada vez mais globalizado e entrelaçado!
Somos pela fórmula 3[licenciatura+2[mestrado]mais comum e que nos parece mais sustentável.
Saudações

Anónimo disse...

Professor,
apesar de nao entender muito da "estrutura da educacao" e nao ter tambem muito conhecimento relativo ao "metodo academico" para discutir um sistema de ensino dum pais, no entanto queria colaborar com alguns in-puts que poderiam ser interessantes:

1- Problemas visiveis da educacao em mocambique.
- falta de qualidade do ensino primario, secundario e pre-universitario e universitario.
aqui acredito que nao tem directamente haver com a UEM, mas sim com o ministerio de educacao tambem.embora acredito que caiba a UEM resolver ou ao menos propor solucoes pelo simples facto de ser a UEM o viveiro dos nossos academicos.
deveria-se em primeira instancia elevar a qualidade de ensino apartir da base, assim as primarias poderiam imprimir um sistema com melhor qualidade e assim se estancaria de inicio o aumento de alunos mal-formados, para posterior avancar-se para secundarias e pre-universitarias.
como resultado, teriamos, a uma determinada altura, a base com qualidade e ai possivelmente recuperar atravez de esperiencia de trabalho, os graduados que nao foram beneficiados com a mudanca de base.
apenas referir que este modelo foi aplicado com sucesso, na NOSSA EMPRESA e hoje os resultados nela sao visiveis.
na minha modesta opiniao, esta-se " a tentar segurar o touro pelo rabo", ao tentar-se, mais uma vez seguir modelos que em nada tem haver com a nossa realidade.
Que vantagens poderao advir dum sistema de educacao superior ajustado ao modelo copiado da SADC ou "whatever", se o nosso problema esta na base.
Para alem disso, a educacao dum individuo, no meu entender, 'e completa apartir duma formacao escolar e moldada pelo meio ambiente envolvente. assim deveria-se questionar o nosso meio ambiente envolvente tambem, o ministerio de educacao deveria dar algum exemplo contra "atitudes anti-eticas" atravez de pronuncios do ministro. por exemplo: professores que violam alunas deveriam ser espulsos, musicos "artistas pornograficos" deveriam ser punidos, para nao dizer que no minimo o ministerio de educacao deveria ao menos condenar publicamente esses actos. a nossa comunicacao social deveria nao dar espaco de divulgacao para "imoralidades dessas".
para finalizar apenas dizer que o sistema de ensino nao esta a falhar apartir do ensino superior, mas sim, apartir da base ganhando espaco no meio ambiente envolvente. e criando assim um ciclo visioso.

Obrigado, tentei apenas ser prestativo.

Cumprimentos
Abdul Karim

Anónimo disse...

O problema é o populismo transversal a praticamente todo o nosso sistema político e da maior parte das políticas do país. Os políticos e as chefias não resistem à tentação dos números. Por dentro esses números representam vazios, quase totais.

Os alunos vêm cada vez com piores bases em português, em matemática,em todas as disciplinas. Estão cada vez mais débeis nas capacidades relativas às operações mentais assimiladoras e organizadoras do conhecimento e de expressão desse mesmo conhecimento. Os professores, a partir de uma escolarização de base em degradação uniformemente acelerada, são formados cada vez menos em tempo; as instituições de ensino, progressivamente pressionadas pelos números, oferecem condições cada vez piores, e quem tem poder de decisão, mesmo assim, decide que quem vai determinar a nossa saúde, quem vai garantir a segurança dos nossos prédios, quem vai ensinar os nossos filhos, quem vai escrever as nossas leis, etc, seja formado cada vez em menos tempo! Só quem não quer (ou tem interesse nesse estado de coisas) não vê que tudo isso vai dar numa situação cada vez pior e de mais dependência tecnológica, económica, linguística, etc, etc. (Onde vão os nossos sonhos de independência total e completa!)

Uma última consideração:
Só quem não conhece o nível de inglês e de conhecimentos gerais de um aluno médio da Namíbia, da África do Sul ou do Zimbabwe no final do ensino secundário pode achar que um aluno moçambicano (com um português normalmente deficiente e com tremendas insuficiências em tudo o resto) fica ao nível daquele estando sujeito ao mesmo número de anos de ensino no ensino superior!

Melhorar os currículos e os planos de estudo, sim, mas não como têm estado a fazer. Proponho, por exemplo que vejam o último curriculo elaborado para a formação de professores de 10ª+1. Como é que, com apenas um ano para se formarem professores, dedicam tanto tempo a questões verdadeiramente supérfluas nas nossas condições?
No ensino primário, de que serve o estudo de teoria da música, com livros e tudo, recentemente introduzido, só para dar um exemplo das novas reformas que têm sido feitas no ensino?

No nosso MEC falta, sem dúvida, quem pense no sistema como um todo. É imperioso que se altere essa situação.

Anónimo disse...

Avante Dr. Couto. Sempre haverá resistências a mudanças, mas no que o país precisa tem que se tomar uma decisão corajosa. Caros comentadores, essas ordens é que empatam o ensino superior. Temos poucos médicos, engineheiros e advogados. Quem ganha com isso? Realmente que é a tríade de associados...

Qual é a posição da ONP e SNJ? e os outros cursos por ondem andam?

Anónimo disse...

Longe de estar contra as reformas eu sou a favor delas, porem, a favor se as reformas forem para trazer uma melhoria ou uma substancia a actual situacao.
1. O que leva a UEM a empreender estas mudancas? O que tera falhado ou nao esta a correr bem?
2. Que ganhos substancias traz o novo curriculo, qual a sua mais valia?
3. Que estudo foi feito para se chegar a conclusao de que este e o melhor para a actual conjentura?

Eu sou estudante na UEM e o que vemos nesta universidade é a cada dia a perca de prestigio: professores mal preparados, os poucos bons são turbos, deputados, directores... ou seja, gente sem tempo. Desculpa havia me esquecido que o ensino esta centrado no estudante, as salas de aulas muitas delas nao estao em condicoes de ser dignas do nome que ostentam. Enfim, esta e um pouco mais é a UEM, que quer juntar-se aos esforços do governo de fazer chegar alunos a quinta classe sem saber ler.

Anónimo disse...

Bem se querem imitar o modelo Europeu ao menos copiem-no na sua integra e toca a abolir as teses que tal?

Anónimo disse...

Parece-me que esse assunto mexe com todos. Prof, preocupa- me bastante quando a ordem dos médicos, dos Engenheiros e agora dos advogados dizem que não vão reconhecer estudantes graduados na UEM.
Prof, as mudanças são boas mas para a nossa realidade cá em moçambique onde o estudante ingressa no ensino superior sem mesmo redigir uma carta, usar computador, como ler, bolonha não serve.
Eu acho que podem reduzir o curso para 3 anos desde que cumpram com a carga horária total das cadeiras do curso.
Tenho vindo de um tempo pra cá a observar sempre no diário com maior circulação os anúncios de vaga e quase nenhum pediam o nível de Bacharelato mas sim a licenciatura, o que se espera dos futuros graduados? A UEM no seu relatório poderá afirmar que graduou um número X de estudantes mas quantos poderão entrar no mercado de emprego?

Anónimo disse...

Carissimas/as,

Reformas nos nossos ensinos superiores sao necessarias, importantes e urgentes. Creio que precisamos de pedir a publicacao na integra do pacote da tal reforma aos Magnifico Reitores da UEM, UP, ISRI e as recem-criadas, respeitando o quadro institucional das universidades privadas. Isso nos permitira apresentar as nossas contribuicoes as reformas. O mal nisso tudo, presumo ser o secretismo do conteudo da reforma.

Devo dizer que os estudantes Mocambicanos, apesar de ter pessimas bases como soi dizer, nalgumas situacoes encontram-se em melhores condicoes que alguns estudantes da Africa do sul e da regiao da SADC. Sou pelos 3 anos + 2. Ha nas universidades do Reino Unido estudantes vindo da SADC que parecem nunca terem estado nas universidades. As alegadas fracas bases de Mocambicanos tambem se verificam em todos os paises da SADC. Nao tenhamos ilusoes. Estamos a viver isso no Reino Unido. Deve haver reformas e nao podemos continuar a penalizar os estudantes aturando docentes turbos que nem andam e nem deixam andar.

Para mim o cerne da questao nao esta na reforma em si, esta no cuidado dessa reforma em relacao aos nossos docentes. Nossos docentes devem ser bem pagos, consultorias sim, mas no quadro da instituicao. Docente deve ser isso e nao empresario, deputado, gente muito ocupada com outros afazeres. E altura dos nossos doutores falarem e exigir que as condicoes de trabalho sejam melhorados. Se os estudantes mocambicanos nao podem se comparar com os da regiao da SADC, entao com quem comparamos os seus docentes (fabricadores de licenciados mocambicanos? Docentes/doutores que nao investigam, nao escrevem, nao publicam depois de mais de 8 anos de leccionar. Qual e o problema?

Docente que nao investiga e nao publica depois de 5 anos de lecionar devia ser expulso das universidades. Nao serve para academia e deve ir fazer outra coisa com qualidade

O Mag. Reitor da UEM devia comecar a reforma com a docencia, penso eu.

Reflectindo disse...

Caros amigos e compatriotas,estou imaginando que não estamos a discutir o problema da reforma curricular universitária, isso que deveria ser para todas as nossas universidades em moçambique e não só na UEM.

Quem garante que o facto de declarar-se 3 anos na UEM, acabarão as reprovações? Será logo passagem automática?

Acho nisto duas coisas distintas: reforma curricular e o problema das reprovações. Porém tanto um como outro passa aqui em/por conversas. Parece-me que a reforma curricular resulta duma decisão do reitor sem basear-se dum estudo nem consultas nem que políticas fossem. Já me parece que uma vez Couto fora da reitoria, logo virá um novo currículo. Aliás, é isso mesmo que aconteceu com a UCM (Universidade Católica de Moçambique). Lembram-se?

O mesmo faz-se com a questão das reprovações. Num país com muitas reprovações e mesmo no ensino superior, onde normalmente vão indivíduos supostamente com dedicação aos estudos, isto é, os melhores dos melhores no ensino pré-universitário. As reprovações no Ensino Superior deviam merecer um estudo particular.

Sem dúvidas, reformas curriculares precisam-se e muito, mas para tal, deve-se fazer primeiro um estudo sério. Mesmo ao que Couto quer copiar, mereceu estudos e está sempre em testagem e avaliação. Concordo por exemplo que muitos cursos tenham o bacharelato, mas há os que assim não devem ser feitos pela sua complixidade. O curso da medicina, por exemplo, é tão complicado e de responsabidade que precisa duma rigorisidade minusiosa. Sejamos prudentes nisto.

Na Suécia, por exemplo, estudar a medicina corresponde a sete anos na cadeira de estudantes sem reprovações. Ainda a Suécia, um país muitíssimo desenvolvido, correspondendo a um meio (1/2), tanto em tamanho superficial como em populacional de Moçambique tem pelo que me vem na cabeça apenas três universidades. A universidade de Örebro por exemplo, uma instituição do ensino superior desde 1968, é universidade apenas desde 1998, está há mais de quatro anos lutando pelo mais ambicionado curso de medicina. Entretanto, os avaliadores que são cientistas e apolíticos acham que a universidade de Örebro não está ainda em condições para formar médicos. Um curso da medicina é muito caro.

Afinal qual é a base da formação de médicos? A primeira e fundamental, está na capacidade do hospital aí existente. O hospital regional tem que ter condições em termos materiais e pessoal, (médicos pós-graduados e com investigação reconhecida) isto é, professores em medicina. Portanto, diferente aos títulos que se atribuem a todos que sejam médicos ou tenhamqualquer doutoramento em Moçambique. Na Suécia, é primeiro o hospital local que ganha o títuto de universidade (por ex: Hospital Universitário da Carolina, de Umeå, de Gutemburgo ou Örebro) e depois é que a instituição do ensino superior com muita experiência de formar pessoal da saúde ou medicina.

Seja ou não a nossa ambição de formar doutores, a ponto de, em Moçambique, chamarmos curandeiros ou feiticeiros a doutores (sem conhecimentos em anatomia), a formação de médicos é complicada e requer muitos anos. Daí me interrogo se UniLúrio é mesmo uma universidade. Será que o Hospital Central de Nampula tem Professores (médicos pós-graduados ) e quantos são com tempo para os pacientes e estudantes da medicina? A pesar de Nampula ser a minha província, não nada tenho a jubilar pela UniLúrio por não ter visto as condições que lha permitisse ser uma universidade. Julgo ser uma decisão política que científica essa de uma universidade de raiz. Mas entendo que muitos políticos querem ser “doutores honores” uma atribuição que recebem de “Professores honores”

Em termos de engenharia, há muitos cursos que julgo puderem ser feitos com bacharelamento, mas que a transição ao mestrado deve depender do mérito prático ou teórico do indivíduo.

Sou da opinião que um enfermeiro, se chama assim, qualquer indivíduo que tenha preferido estar apenas em três anos na cadeira da universidade em ciências da saude, devia passar pela licenciatura como uma das possivibilidade para a sua progressão profissional.


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Paula Araujo disse...

A reforma do ensino superior deve enquadrar-se em várias lógicas:
- acabou a licenciatura como última preparação para a vida profissional. Hoje, a formação é contínua, ao longo de toda a vida. Licenciaturas, pós graduações, mestrados, doutoramentos, especializações, é nunca mais parar. Por isso, a licenciatura deve ser uma porta de abertura para formações posteriores. Palmas para os 3 anos!
- é imperioso que os quadros formados em qualquer lado do mundo tenham reconhecimento das suas habilitações no estrangeiro. A equivalência ao Plano de Bolonha é uma boa estratégia num mundo globalizado.

Deixo o meu apoio às críticas sobre os turbo-profs, nos casos em que as suas múltiplas tarefas os impedem de exercer convenientemente a sua função de docentes. Há que exigir dos docentes.

Paula Araujo

Anónimo disse...

muitos estao a dar razao ao colono quando dizia que o indigene, ou seje, o mocambicano, somente podia fazer o ensino primario em 6 ou 7 anos. As justificacoes que se davam eram as mesmas: o mocambicano, coitadinho, nao ee igual aos outros povos.

Ha no entanto uma coisa que os k alegaam k o nosso nivel de educacao ee baixo:; porque ee k os estudantes mocambicanos que saem da Manhanga ou da UEM fazem os cursos com brilho quando vao estudar fora,ainda mais numa lingua completamente barbara como o russo, o chimes, o ingles ou o frances?