"É por estas, e por outras (citações, que não ouso reproduzir), que fico contente, expectante. Que Obama ganhe!
Aimé Césaire (L'étudiant noir, n.º 3), "inventor" do conceito de "negritude" não pensou, seguramente, nesta possibilidade; não creio que Léopold Senghor ou Léon Damas, tão pouco o tivessem imaginado.
Ângela Davis, e os seus Black Panthers, não teriam ido tão longe, se acreditassem que isto era possível. Teriam acreditado que a solução não seria a Revolução.
E no entanto, aqui está: Barack Obama, prestes a ser eleito, caso as eleições sejam "livres e justas", Presidente dos E.U.A.
Será isto a concretização da ideia de "negação da negação do homem negro", com que Jean Paul Sartre definia a ideia de negritude?
Será isto a ideia de que assimilados, são iguais, se …? Veja-se a propósito:
«Convidem-se pelo mais doce modo os indígenas errantes a fazerem connosco sua habitação; ensine-se-lhes a agricultar as terras, a ligarem-se por casamentos, e enfim policiem-se, mas sem os incomodar nem na pertinência dos seus costumes, nem na de sua religião, seja ela qual for: o tempo, o exemplo, a doçura e o benefício é que os há-de conduzir a seguir os nossos hábitos» (António d'Oliva de Sousa Sequeira, «Projecto para o estabelecimento político do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves», em Projecto de Regimento para o Governo Interior das Cortes Geraes e Extraordinárias Constituintes, 2.ª ed., Imprensa Nacional, Lisboa, 1821).
Ou será isto a ideia de que o mundo está mais civilizado? Acima de tudo, a ideia de que o ser humano se parece, cada vez mais, consigo próprio?
Eu tenho uma filha preta, que amo.
Sei que vocês não sabem; mas eu sei que (tal como o Sr. Obama) ela pode vir a ser aquilo que ela quiser ser.
Por isso, não estou tão "deslumbrado" com a provável, e desejável, vitória de Obama: é só um americano, entre muitos!"
Aimé Césaire (L'étudiant noir, n.º 3), "inventor" do conceito de "negritude" não pensou, seguramente, nesta possibilidade; não creio que Léopold Senghor ou Léon Damas, tão pouco o tivessem imaginado.
Ângela Davis, e os seus Black Panthers, não teriam ido tão longe, se acreditassem que isto era possível. Teriam acreditado que a solução não seria a Revolução.
E no entanto, aqui está: Barack Obama, prestes a ser eleito, caso as eleições sejam "livres e justas", Presidente dos E.U.A.
Será isto a concretização da ideia de "negação da negação do homem negro", com que Jean Paul Sartre definia a ideia de negritude?
Será isto a ideia de que assimilados, são iguais, se …? Veja-se a propósito:
«Convidem-se pelo mais doce modo os indígenas errantes a fazerem connosco sua habitação; ensine-se-lhes a agricultar as terras, a ligarem-se por casamentos, e enfim policiem-se, mas sem os incomodar nem na pertinência dos seus costumes, nem na de sua religião, seja ela qual for: o tempo, o exemplo, a doçura e o benefício é que os há-de conduzir a seguir os nossos hábitos» (António d'Oliva de Sousa Sequeira, «Projecto para o estabelecimento político do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves», em Projecto de Regimento para o Governo Interior das Cortes Geraes e Extraordinárias Constituintes, 2.ª ed., Imprensa Nacional, Lisboa, 1821).
Ou será isto a ideia de que o mundo está mais civilizado? Acima de tudo, a ideia de que o ser humano se parece, cada vez mais, consigo próprio?
Eu tenho uma filha preta, que amo.
Sei que vocês não sabem; mas eu sei que (tal como o Sr. Obama) ela pode vir a ser aquilo que ela quiser ser.
Por isso, não estou tão "deslumbrado" com a provável, e desejável, vitória de Obama: é só um americano, entre muitos!"
4 comentários:
Obama não é negro: é mulato.
mulato as vezes igual a negro.
Muito importante, mesmo.
Mas amarelo seria melhor.
CHINA.
Um China não poderá ser um African-American president.
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