19 novembro 2008

O roubo do desenvolvimento

Segundo o "Notícias" de hoje, foram roubados cerca de 3200 metros de condutores eléctricos de transporte de energia para os bairros Triunfo e Costa do Sol, na cidade de Maputo. Por outro lado, foram roubados 18 candeeiros eléctricos que garantiam a iluminação pública em duas ruas do bairro 25 de Junho.
Observação: aqui está um problema complicado que parece ampliar-se. Uma pergunta: por que se rouba o desenvolvimento? É porque as pessoas são contra o desenvolvimento? Ou os ladrões fazem parte de uma concepção diferente de desenvolvimento? A propósito, leia ou recorde uma série minha com o título A racionalidade dos ladrões do desenvolvimento.

3 comentários:

umBhalane disse...

"por que se rouba o desenvolvimento?"

Porque dá dinheiro, e os ladrões precisam, em princípio, de dinheiro para sobreviver.

Penso serem os vulgarmente chamados cabos/fios eléctricos de cobre os tais 3.200 mts - no mercado paralelo dá bom dinheiro (em Portugal, há bem pouco tempo, foi moda esses tipo de roubos do desenvolvimento – as sucatas compram bem).

Quanto aos candeeiros já tenho alguma dificuldade em entender - no quintal não se deve poder utilizar - dá nas vistas.

Dentro de casa fica mal, e sujeito...

Mas que deve ter alguma utilidade para alguém, deve ter.

Talvez alguém que queira se desenvolver sozinho!!!

Anónimo disse...

Realmente o conceito de desenvolvimento do ponto de vista de cada pessoa pode variar muito. É só lembrar, há dias, 1a reportagem da TVM algures em Gurué em que os camionistas e comerciantes reclamavam da ponte destruida que 'desacelerava' o desenvolvimentono distrito. Mas para os carregadores de sacos que baldeavam a mercadoria entre os dois lados separados pela ponte, era uma boa chance para o 'desenvolvimento', razão pela qual pediam para que fossem interrompidos os trabalhos de reparação da mesma! Parece uma comédia...

Anónimo disse...

É impressionante o que a pobreza e principalmente o uso obsceno do conhecimento faz das nossas cabeças. Não direi muito senão recordá-los do caso de há alguns meses em que uma empresa de instalações eléctricas sediada em Maputo foi flagrada a consumir "pela sombra" a energia da EDM...