Após ter deixado o BCI-Fomento vendendo as suas acções ao Grupo Insitec, o antigo ministro das Finanças, Abdul Magid Osman, está numa nova aventura empresarial. Assim, no início de Julho participou na criação de uma nova empresa, a Epsilon Investimentos SA, cuja missão consiste em adquirir quotas em outras companhias para depois revendê-las com lucro. O antigo ministro será o presidente da nova companhia, que criou com o sul-africano Faheem Tayob e o moçambicano nascido da Guiné-Bissau, Arnaldo Joaquim Lopes Pereira, engenheiro civil e membro do board da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), encabeçada por Graça Simbine Machel. Duas companhais nacionalizadas figuram na administração: Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e Aeroportos de Moçambique (ADM). Além de Faheem Tayob, figuram ainda Victória Dias Diogo, presidente da Autoridade da Função Pública e irmã da Primeira-Ministra, Luisa Diogo; Ângelo António Macuácua, vice-reitor da Universidade Eduardo Mondlane; Moisés Rafael Massinga, empresário de pescas e accionista da Ripple Fish Mozambique Lda (ex-Unagi Mozambique); e Mavimbi Lda, em cuja companhia está o Presidente da República, Armando Guebuza. No board, presidido pelo pintor Malangatana Valente Ngwenya, está Américo Magaia, da FACIM. O presidente do board de supervisão é Abdul Carimo Mohamed Issa, jurista, ex-membro da Assembleia da República pela bancada da Frelimo e actualmente membro do board da FDC (e com intervenção em várias outras companhias).
Por outro lado, um grupo de oficiais moçambicanos na reserva criou em Abril uma companhia cujo objectivo é o teste técnico e a inspecção de automóveis, a Moçambique Laser Inspecção. Trata-se de uma joint venture com quatro accionistas, incluindo oficiais e civis trabalhando para o Ministério da Defesa. Há, assim, o tenente-coronel na reserva João Francisco Bias, presidente do Comité de Amizade Moçambique-Cuba; Sérgio Manuel Fernando, Justino Ernesto Tonela (conselheiro jurídico do Ministério da Defesa) e Joaquim Zacarias Mataruca, coronel na reserva e porta-voz do Ministério da Defesa.
Por outro lado, um grupo de oficiais moçambicanos na reserva criou em Abril uma companhia cujo objectivo é o teste técnico e a inspecção de automóveis, a Moçambique Laser Inspecção. Trata-se de uma joint venture com quatro accionistas, incluindo oficiais e civis trabalhando para o Ministério da Defesa. Há, assim, o tenente-coronel na reserva João Francisco Bias, presidente do Comité de Amizade Moçambique-Cuba; Sérgio Manuel Fernando, Justino Ernesto Tonela (conselheiro jurídico do Ministério da Defesa) e Joaquim Zacarias Mataruca, coronel na reserva e porta-voz do Ministério da Defesa.
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Síntese e tradução da minha lavra. O meu obrigado ao FM por me ter enviado o conteúdo da revista do dia 25 de Julho.
5 comentários:
Xamuali xamulai vc...Dinheiro e ter esperto e cada coisa de cada qual. Em cima vc diz: estamos unidos.Em baixo vc diz: cada corda que cada puxa e destino individual. Ehhhhhh.
"Nossa pátria será túmulo do capitalismo e exploração."
Mais do mesmo:
o POLVO Frelimo /Estado;
o CINISMO do "façam o que dizemos e não o que fazemos"; o ÉTICO Issa e companhia está em todas, desde que cheire a “mola”;
os INTERESSES encobertos em participações cruzadas e/ou "de favor" de gente afecta ao poder;
a BANCA ao serviço do poder e seus sequazes. Segundo notícias vindas a público, o BCI-Fomento teria financiado a Insitec em 40 milhões de dólares para esta comprar a participação da SPI no próprio BCI... "engenhocas" financeiras merecedoras de uma olhada atenta do BM, supervisão bancária. Foi, seguramente, uma operação atípica, com vincados contornos políticos.
INSS, os descontos dos trabalhadores ao serviço duma "mafia". A troco de quê, passa o INSS a ter assento nos orgãos sociais da Épsilon? De mordomias para os seus representantes e eternização duma pensão social de 70Mt (setenta) aos idosos? Tanta podridão humana e desprezo pelos mais desfavorecidos.
Um abraço.
Florêncio.
PS: A questão não está no objecto da sociedade, nem na capacidade de gestão empresarial do Dr. Magid para levar o projecto, que tem mérito, a bom termo. Está na plêiade de figuras que congrega, ACINTOSAMENTE, com a finalidade de “abrir caminho” ao tráfico de influências, em síntese: CORRUPÇÃO AO MAIS ALTO NÍVEL.
Seria interessante ver: (i) a percentagem da participação individual de cada “figurão e figurona” ou dos seus “testas de ferro” no capital da nova sociedade; (ii) a FORMA de realização da mesma - será capital INTANGÍVEL: (a) já realizado com favores prestados em todo o processo de criação da empresa, ou; (b) a realizar com favores futuros?
É caso para perguntar às manas DIOGO:
1. Se o exemplo vem de cima, como querem que ande o sector empresarial do Estado e o próprio aparelho de Estado? Para quê preocuparem-se com os “amendoins” da troca de favores da “pequenada” (funcionários em geral)?
2. São mesmo tão CÂNDIDAS que não se apercebem haver conflito de interesses quando os governantes têm que decidir; mandar decidir ou fechar os olhos sobre questões estratégicas de instituições económicas nas quais têm interesses financeiros pessoais, ou nas empresas concorrentes?
A Senhora 1ª Ministra bem sabe que o grosso das empresas onde, certamente, a Épsilon espera obter chorudas mais valias, são o que resta do sector empresarial do Estado, ou as empresas que o Tesouro e APIE alienaram a crédito, entretanto não reembolsado.
> Obviamente, a Senhora 1ª Ministra vai interferir. O Estado vai vender a preços de saldo: (i) o que resta das suas participações financeiras nos sectores económicos (eventualmente também de algumas áreas sociais); (ii) os créditos vencidos e vincendos que mantém sobre as empresas alienadas no processo de privatização.
> Dirá a Senhora 1ª Ministra, ARROGANTEMENTE, que será um bom negócio para os cofres do Estado, que este não tem vocação para a gestão empresarial, etc., etc., (com o que, no geral, estamos de acordo). Não dirá, mas certamente pensará: (i) é utópico tentar impedir o cabrito de “comer onde está amarrado”; (ii) oportunidade não agarrada é oportunidade perdida; (iii) sozinho ninguém endireita o mundo; (iv) se o caminho mais cómodo é a favor da maré, porque remar contra ela; (v) Ética é um conceito demasiado abstracto e elástico: contraído para uns (os outros), bem frouxo e distendido para outros (nós); eloquente, o caso da casa do filho.
Não nos apercemeos ainda, quase todos nós, de como tudo isto é vasto e proundo!
Pois, infelizmente em Moçambique estes assuntos ainda tem que ser comentados no anonimato...
Cala-te boca, pq realmente a merda q se vê é muita, e como somos um pais regido pela lei do mais forte, e o mais forte é aquele q tem poder, ou está no poder, (depende do ponto de vista), é melhor mesmo falar muito baixinho... tenho pena é do povinho, q continua na maior da penuria a ver "os governo" a engordar...
Na realidade se fosse para dar um titulo ao seu texto, seria:
"O triunfo dos porcos".
Cumprimentos saudosos ao nosso professor e, claro o nosso anónimo que tb falou muito bem!
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