13 agosto 2007

E continua o saque desenfreado da nossa madeira

O saque da nossa madeira prossegue: há dias foi o "Diário de Moçambique" a reportá-lo a propósito de Cabo Delgado, agora é o "Notícias" - em manchete bem destacada na primeira página, a sete colunas - a propósito de Nampula: "A exportação de madeira em toros, através do Porto de Nacala, em Nampula, legalmente proibida, está a preocupar diversos operadores e as autoridades mostram-se impotentes para travar os desmandos que estão a acontecer um pouco por toda a parte. Com um total de 50 fiscais florestais que se debatem com diversas dificuldades em termos de meios de trabalho, como viaturas de patrulha, os abates desenfreados de madeira que, na sua maioria, são praticados por ilegais, multiplicam-se na província.
Dados em nosso poder indicam que existem neste momentoquantidades enormes de madeira em toros embalada em contentores à espera de ser exportada através daquele porto para diversos países, com destaque para a Ásia, concretamente para a China, numa verdadeira afronta às autoridades. As mesmas fontes asseguram estar a desenvolver-se no recinto do porto um negócio ilícito de venda de madeira em toros, com envolvimento de algumas pessoas ligadas às instituições que lidam com a matéria naquele ponto de saída."
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Mas, como sabeis, há muitas almas caridosas que acham que tudo está bem, que nada de mal acontece, salvo nas pessoas mal-intencionadas, ao serviço de interesses externos obscuros. Por exemplo, um dos mosqueteiros do tudo-vai-bem é o jornalista Lázaro Mabunda, do jornal "O País", que há tempos escreveu isto: "(...) a aludida desmatação das florestas no país não passa de um falso alarme, senão um barulho financiado por interessados em negócios de madeira, mas que não encontram a “rede” para navegar. É bom que se diga isto: este é um conflito União Europeia vs China, ambos interessados nas nossas florestas. Nós apenas servimos, isso sim, de caixa de ressonância para desencadearmos um barulho sobre o que não existe. Somos usados pelos que têm dinheiro. Ou seja, vendemos a nossa pátria em troca de migalhas de dólares ou de euros." Estarão os colegas do Mabunda - "Diário de Moçambique", "Notícias" - a vender a pátria? A receber dólares ou euros?

1 comentário:

C Valente disse...

è tudo a roubar vilanagem, os poderosos, exploram não só a riqueza humana , como a riqueza do país, o importante é os seus bolsos
Um país que podeia ser tão rico, e como está?
Saudações amigas , volte sempre, eu volto