29 agosto 2007

Não-brancos

Numa escola frequentada por alunos de raça negra na África do Sul, a única estudante de raça branca foi impedida de frequentar uma olimpíada de contabilidade. Responsáveis argumentaram que se tratava de inverter a situação entre os contabilistas encartados sul-africanos, maioritariamente de raça branca. A estudante é filha de um membro do ANC, partido no poder na África do Sul.

3 comentários:

Reflectindo disse...

Isto aqui é uma atitude não reflectida. Por um lado, uma única pessoa não podia incomodar a todos negros. Por outro, o equilíbrio é um processo, e uma mistura é o único símbolo do fim de apartheid e não inversão, penso eu.

Salvador Langa disse...

Cor da pele, cor do regulo.

Anónimo disse...

Sugerindo outra maneira de ver o fenômeno: sob a ótica de uma ação afirmativa, pode-se ver a "única menina branca" não como um individuo pontualmente excluído de um processo, mas como a representante concreta de um processo violento que excluíu por décadas os estudantes negros da profissão de contador na África do Sul. O dispositivo de exceção não foi criado contra ela, mas a favor dos estudantes "black and coloured" que sem ele continuarão sendo a minoria nessa área profissional. O pai da menina branca pode responder pra filha, que ela vai ficar de fora dessa olimpíada, pra contribuir com o restabelecimento do equilíbrio de oportunidades...
Às vezes, pra dar voz ao outro, eu não preciso falar nada para ele, eu só preciso me calar.