Segundo o diário, o documento afirma que "a paragem das manifestações resulta do entendimento obtido do encontro havido, na capital do país, entre a Ministra do Trabalho, Helena Taípo, os grevistas e a entidade patronal com vista a se buscar uma solução para o problema. A ineficiente intervenção sindical, o desconhecimento da legislação laboral e a actuação tardia da Direcção Provincial do Trabalho são apontados como as principais razões para a eclosão da greve naquela companhia."
Aqui está uma doce, açucarada, nefelibata maneira de ver a vida. No topo está a razão; em baixo, nos trabalhadores, a desrazão.
Aqui está uma doce, açucarada, nefelibata maneira de ver a vida. No topo está a razão; em baixo, nos trabalhadores, a desrazão.
Ficamos então a saber que a greve teve todas as causas possíveis e imaginárias menos a que tem a ver com as condições sociais da produção, com os salários pagos, com o futuro laboral, com a dignidade humana. Condições que há tempos levaram os trabalhadores da Açucareira de Mafambisse também à greve.
Se estivermos atentos, veremos que cada vez é mais clara a postura dos mandarins do está-bem, procurando retirar a quem pensa de forma diferente ou a quem protesta o direito a ter razão.
5 comentários:
Deixa la xamuali carlos ao menos gente aqui pode como mano diz fungula maso, abrir sempre olho. Olho aberto barriga contente.
Gente preguiçosa deve ser repreendida.Tenho dito.
Ó Tivane, o senhor é completamente intragável, sabe?
Professor,
A nova moda:
Começa a estar na moda, com mais destaque no Trabalho e na Saúde anunciar que este ou aquele problema se resolveu mercê do empenhamento pessoal do respectivo dirigente: Ministra ou Ministro.
Por este andar, em vez de se preocuparem em pôr em funcionamento as estruturas orgânicas dos seus ministérios, fiscalizar, responsabilizar, acabarão regredindo ao tempo em que, em certos sábados, os dirigentes se envolviam em campanhas de limpeza.
Indo ao assunto:
Mais grave é a problemática da chamada “economia de plantação” na qual se enquadram as açucareiras. Não há país desenvolvido que mantenha na sua estrutura produtiva “a economia de plantação” com mão de obra intensiva. Porquê? Simples: com salários próximos do salário mínimo nacional, os trabalhadores não vivem, sobrevivem, e mal.
Com a estrutura salarial das plantações, o trabalhador está completamente impossibilitado de acumular e melhorar os índices de qualidade de vida: logo, a tensão tende a ser permanente, ao sabor deste ou daquele menos conformado, vulgo: “agitador”.
Florêncio
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PS - Espero que o Caro Tivane seja apenas um jovem irreverente, com um saudável espírito de contradição, ou seja: devemos interpretar sempre o oposto do que escreve.
Um abraço.
Excelente maneira de recordar a economia de plantação. Voltarei a este tema se possível ainda hoje.
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