O semanário "Magazine Independente" insere hoje, em editorial, uma severa crítica feita pelo seu director, Salomão Moyana, à governação do presidente Guebuza. Em lugar de melhorarem, as coisas pioraram. O deixa-andar chissaniano ampliou-se. Eis a última frase de Moyana: "Não se pode continuar com este vazio de autoridade nacional".
Enquanto isso, na 21ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros verificou-se que a economia do país cresceu oito por cento. Optimista, o porta-voz do Governo, Luís Covane afirmou que "se Moçambique continuar a registar os mesmos níveis de crescimento poderá ver a pobreza reduzida para 45 porcento em 2009".
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
Ao que parece, os índices de redução da pobreza absoluta propalados pelo Governo têm sido demasiado optimistas. Afinal, havia uns milhões de moçambicanos esquecidos… o que piora as estatísticas: o mesmo produto, a dividir por mais, dá menos a cada um.
Mas, alegremo-nos, a salvação está próxima. Segundo o porta-voz do Governo: “Ao fazermos esta avaliação constatamos com muita satisfação, que os níveis de pobreza estão a reduzir. Se em 1997 tinhamos 70% da população a viver abaixo da linha de pobreza (com menos de um dólar dia), em 2003 baixámos para 54% e com estes indicadores vamos reduzir a pobreza para 45% em 2009)”.
E mais adiante: “Relativamente aos mega-projectos, Covane disse que as projecções apontam que o peso será de 85%, tendo em conta a extracção do carvão mineral de Moatize”. “Antes era sempre Mozal, mas agora temos também o carvão de Moatize”.
São os milagres da DISTRIBUIÇÃO em MACROECONOMIA: divide-se o PIB pela população e obtemos o rendimento MÉDIO de cada um de nós – mesmo que todos saibamos que 85% do PIB (dos mega-projectos) tem um peso insignificante no bem-estar de cada um.
Florêncio
______
PS - CNE reduz custos do processo eleitoral (“Notícia”, 15/08/07, 3ª pág.)
Afinal era possível reduzir o valor inicial em quase 25%. Para quem estariam destinados os 11 milhões de dólares agora dispensáveis para a realização da eleições “… SEM PÔR EM CAUSA A SUA QUALIDADE”, segundo o presidente da CNE, Leopoldo da Costa.
Justiça seja feita: não somos parcos a pedir, estendemos as duas mãos bem abertas. Incrível a leviandade com que se fazem os orçamentos.
25% de “gordurinhas” é obra!
Como verifica, dei maior destaque ao seu comentário.
Enviar um comentário