Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
12 agosto 2007
O fantástico partido do fantástico Homo Ripuensis
O Partido Democrático de Moçambique (PADEMO) existe mas não existe - afirmou o presidente do partido Democrático de Moçambique, Wehia Ripua, em revelações certamente saídas de um romance de Garcia Márquez. Com efeito, se o partido existe, não existe, porém, secretário-geral - o que existia bebia demasiado thonthontho -, como não tem outras pessoas pois apenas querem ganhar dinheiro. E dinheiro ele, Ripua, não tem, ele que andou muito doente, pobre dele. Por isso todos se afastaram. Mas o partido existe, vejam lá, acompanha os noticiários, acompanha o "movimento político", há até quem emita declarações em nome do PADEMO. O meio de contacto é pelo telefone. A sede do partido que existe e não existe é em casa do Sr. Ripua. Quantos membros tem o partido? O Homo Ripuensis disse não saber. Mas então como é o presidente Ripua contactado por membros que existem e não existem? Pelo telefone, perguntam-lhe o que se passa e ele, Ripua, pede para se acalmarem, melhores tempos virão, é preciso reorganização não para as próximas eleições provinciais, mas para as outras, as que vierem a seguir - eis um resumo de um entrevista dada pelo mediático Wehia Ripua ao semanário "O País" (edição de 10/08/07, p. 4). Durante algunms anos entre 1994 e a segunda metade de 2006, o Homo Ripuensis encheu o "Notícias" e a TVM com a graça do seu dizer fácil e circence, primeiro atacando o partido no poder, a Frelimo, depois fazendo-lhe sistemáticas carícias.
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