03 agosto 2009

Pobreza, megaprojectos e problemas

A pobreza deixou de reduzir em Moçambique. A nossa economia "continua a ser suportada pelas actividades de exportação, dominadas por mega-projectos de capital intensivo, enquanto o sector privado permanece estagnado", situação em que "os investidores nacionais são confrontados com uma série de regulamentação asfixiante, corrupção e ainda, o disfuncionamento dos monopólios públicos que determinam o aumento dos custos." Confira aqui.

2 comentários:

Viriato Dias disse...

A economia e a sociedade moçambicana estão com dificuldades de adaptação estrutural ao novo contexto que é caracterizado por um acréscimo da concorrência global e pela integração regional que prematura. Infelizmente não tivemos, ainda, respostas estratégicas coerentes, quer da política empresarial, quer das políticas públicas, de modo a inverter a situação actual, limitando-se apenas a ir à reboque da RAS. Não precisa ser economista nem aprender de economia para ver que neste sector alguma coisa vai mal. Quantas fábricas fechadas o país tem? A taxa de natalidade das empresas é menor em relação a taxa de mortalidade. Há que se debater esta questão seriamente. Gostava eu de questionar aos ministros da agricultura e da indústria e comércio as razões de falta de comida no país. E ainda ouvi no jornal da tarde da RM que, em Inhambane, há bolsas de fome. Que paradoxo!

Um abraço

Anónimo disse...

A NIVEL MICRO:

a concorrencia desleal, resultante de corrupcao e isencoes fiscais concedidas a "empresarios de sucesso" alimentam o mercado informal que nao contribui para aumento de receitas do estado.

diz-se que o mercado INFORMAL contribui para economia ao gerar auto-emprego, mas, esse mesmo auto-emprego, nao gera nenhuma mais-valia adicional 'a economia.sendo ate prejudicial por alimentar "imperios" pessoais que contribuem de forma determinante para sustentar e fortificar a mesma corrupcao, num ciclo vicioso.ainda, os mesmos "imperios" nunca recebem qualquer tipo de fiscalizacao ou auditoria, apesar de apresentarem investimentos enormes sem justificarem a proviniencia dos fundos para os mesmos.

as empresas nacionais privadas("sem imperadores"), tem obrigacoes e mais obrigacoes a cumprir e agora o GOVERNO pretende acarinhar o sector INFORMAL (inves do contrario), o que podera simplesmente resultar em fortificacao de canais de escoamento de produtos contrabandeados, lavagem de dinheiro e crescimento ainda mais brutal de "imperios" e corrupcao.

sem considerar que nao existe qualquer mecanismo nacional que diferencie empresa privada nacional ETICA, da NAO ETICA.

o FOCO as empresas privadas, como sempre, encontra-se nas recomendacoes e relatorios que servem para garantir "emprestimos e doacoes" ao GOVERNO.

Cumprimentos
Abdul Karim