08 agosto 2009

Humor


8 comentários:

Jornadas Educacionais disse...

Haja humor professor. Característica dos tempos conturbados, marcados pela emergência de desempregados instruídos...

Ciprix

Nathalia disse...

Sensacional a charge.

Viriato Dias disse...

Também a mim fez-me rir esta postagem. Humor que pode ser uma realidade no país se a carruagem do ensino continuar nos moldes actuais: universidades sem salas de aulas, sem laboratórios, sem meios de ensino, estudantes paraquedistas, professores turbos e alguns deles sem qualificação nenhuma, cursos desfasado da realidade do país, enfim, reitores que se traduzem em políticos quando deviam dedicar-se só e exclusivamente à academia. HUMOR que sabe à verdade.

Um abraço

Kanyoza disse...

Uhmm...me parece que o humor sabe a ironia sobre os que estudam no estrangeiro; como estudam e o que trazem como mais valia a Mocambique....

Aceite-se ou nao; critique-se ou nao; goste-se ou nao, os nossos catedraticos mocambicanos obtiveram seus mestrados e PhDs no estrangeiro. Assim eles competem com os outros de mesmo grau (????!!!!) E ou nao e?

Acho eu que se deixe que os jovens mocambicanos, aqueles que tiverem a chance de bolsas de estudo irem para o estrangeiro obter mestrado ou PhDs. Precisamos de competir com os outros.

Imaginem so o programa de ensino a distancia da UEM via skype ou algo assim parecido...com sua internet que nem sempre funciona bem (Prof. Serra, tem manifestado incessantemente a disfuncionalidade de internet da UEM). Se isso acontece no Maputo, nem posso imaginar nas provincias. Qual e esse professor da UEM (a maioria, docentes turbos) tem tempo efectivamente para acompanhar estudantes via internet? E mais, muitos dos docentes so tem laptops mas nao tem internet em casa.

Jovens mocambicanos como eu, se tiverem a oportunidade de estudar fora do pais idem e nao nos agaremos num sistema que nao nos permite competir com os outros.

Jornadas Educacionais disse...

A charge pode ser interpretada de diversas formas. Cá comigo, ao usar o conceito "desempregado instruído", fi-lo com base em algumas reflexões que sinalizam o esgotamento da ideia, difundida pela teoria do capital humano, segundo a qual, o acesso à educação escolar teria alto retorno, dadas as possibilidades de empregabilidade.

Hoje, além da crise do trabalho, a posse do diploma de nível superior não é garantia de empregabilidade em algumas realidades, claro. Ademais, com as constantess crises do capitalismo, há dificuldades, em certos contextos, em se contratar profissionais com uma elevada qualificação. Um dos exemplos a que se pode recorrer foi a demissão, em 2007/8 dos professores doutores da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo e também da de Minas Gerais, ambas no Brasil.

Ciprix

Anónimo disse...

Aqui está. Não basta ter escola. É preciso criar empregos... A nossa lei de remunerações premeia muito o diploma e por isso esta correria para o diploma. Não é preciso saber. É preciso ter diploma. Só isso garante um salário de melhor sobrevivencia, sobretudo no Estado. Dai as enchentes nas Universidades.

Os novos formados não têm emprego, porque a formação tem pouca qualidade e por outro porque não se criam empregos em quantidade suficiente em Moçambique que demandem tanta mão de obra tão qualificada (exceptuando ser professor de qualquer coisa).

Se o cartaz é para nós, mostra que isso já começa a suceder em grande escala em Moçambique e que temos que mudar muita coisa na nossa educação. Talvez começar por desenvolver mais o ensino primário para que as pessoas saiam de lá sabendo ler, escrever, contar para que daí possam evoluir.

Viva a Educação de QUALIDADE!!!

Jornadas Educacionais disse...

Eu continuo tendo dúvidas se o que está em causa é a criação de mais empregos e apostar numa educação de qualidade, ou é a crise de empregabilidade, resultante da reestruturação produtiva.

Melhor o ensino primário faz parte da política do Banco Mundial para os países pobres. Ademais, na conferência de Jointem(1990), patrocinada pelo BM, os países membros da ONU assumiram o compromisso da universalização do ensino básico, visando a erradicação do analfabetismo. Até ali tudo bem.

No entanto, o trabalho hoje já não constitui a base da integração do trabalhador na sociedade pós-salarial, em que se assiste ao desmanche da condição de assalariado, com a criação de postos de trabalho precários. Não há empregos, mas sim trabalho.

No contexto dessa crise, a educação de qualidade, com certeza, é válida. Mas também não vamos criar ilusões que, possuindo uma educação de qualidade, teremos os melhores empregos (que já não existem). Apenas uma pequena parcela dos altamente instruídos, que conseguem se reciclar, podem se adaptar às condições de flexibilização do trabalho neste início do século.

Abraços

Ciprix

Anónimo disse...

Antes eram as clinicas,toda gente com algum capital abria uma clinica,clinica daquilo,clinica disto,agora sao as ditas universidades,algumas as aulas sao leccionadas aos fins de semana so e somente,no fim de um ano um aluno que tb frequentou um bacharelato de um ano ao fim de 2 anos e licenciado,o que esperar deste estudante???Em Pemba e o cumulo dos cumulos,universidades sem salas de aula,sem laboratorios,sem bibliotecas,sem professores qualificados(alguns acabadinhos de sair da faculdade)e ja e docente universitario,o que esperar??Doutores analfabetos,e arrogantes.Mas este governo nao ouve ,nao quer ouvir,o que decide esta decidido e pronto,que falem nos vamos andando,dizem eles,e na campnha vao dizer formamos tantos analfaburros que desde 1975 ninguem tinha formado..SINCERAMENTE