11 julho 2009

Dois textos do "Savana"

A propósito das eleições deste ano, sugiro-vos que leiam, do "Savana" desta semana, o editorial e a crónica do Machado da Graça, respectivamente aqui e aqui.
Adenda: os interessaos poderão ler, na íntegra, o texto sobre os "Negócios polémicos na Fundação Joaquim Chissano" (título do "Savana"), por mim colocado hoje aqui.

3 comentários:

JOSÉ disse...

Prof. Serra, obrigado pela divulgação dos textos do Savana, o site do Savana está desactivado e nem todos teem acesso à edição impressa.

Viriato Dias disse...

Este país tem dono, é o povo! Ou devia ser, mas não é!!! Não pode haver moçambicano de primeira, de segunda, de terceira, etc, somos todos moçambicanos. Independentemente da cor, etnia, religião, partido, etc. Mas o que se tem visto é o contrário, há uma "ala" a tirar vantagens dos recursos do Estado em benefícios pessoais. Compreende-se aqui claramente o espírito de recompensa, dizem eles, alguns, que lutaram por Moçambique, por isso devem ter as vantagens que tem. Bem, gostaria de viver mais tenho a ver um outro partido, outro presidente da república no poder. Tenho fé que virá à tona aquilo que recuso-me a pensar! Tu concordas comigo???

Um abraço

Anónimo disse...

 Entre nós, a maior parte das Fundações não passam de instrumentos para a realização de operações económicas normais COM BENEFÍCIOS FISCAIS, com o pretexto de apoio a qualquer coisa.

 A fragilidade começa na definição do OBJECTO da Fundação, que, em regra é muito amplo, ou seja: dá para tudo e depois pouco ou nada se faz (que justifique estatuto de utilidade pública e inerentes isenções e regalias).

 O OBJECTO das Fundações deveria ser muito concreto, indicando programas e fontes de financiamento, no mínimo para os primeiros cinco anos de actividade:

Programa, A, B, C ou D para áreas ESPECÍFICAS, (i) da saúde, (ii) da educação; (iii) da ciência, etc., etc.

 As Fundações, porque visam a implementação de Programas específicos, deveriam ter quadros profissionais bem qualificados para os executar. Profissioanis seleccionados por concursos documentais sérios.

 Como parece estar a acontecer, a Fundação Chissano tende a ser, meramente, a MÁSCARA de negócios comerciais:
i) exploração de uma companhia aérea;
ii) investimentos em refinarias e áreas afins;
iii) investimentos nas pescas;
(iv) outros.

 O argumento para a participação destas instituições no capital social de empreendimentos económicos é o da necessidade de angariarem fundos para os PROGRAMAS que se propõem desenvolver.

> Juntam o útil ao agradável: para além dos dividendos, quando há lucros, conseguem colocar os seus membros nos órgãos sociais das empresas em que participam, com chorudos vencimentos e regalias.

> Temos Fundações com participações na Banca, nas Cervejeiras, nas telecomunicações, etc., etc., fazendo-se representar, por vezes com as mesmas pessoas, em cargos bem remunerados nos orgãos sociais das empresas participadas. (um el dorado)

 Os patronos das Fundações, em regra, deveriam estar na base das propostas e aprovação dos programas a desenvolver e no acompanhamento da execução dos mesmos. Porém, a execução deveria ser feita por profissionais e não por políticos.

 O Dr. Leonardo Simão, Director Executivo da Fundação Chissano, pode ser um excelente médico; um excelente diplomata. Porém, isso não lhe dá automaticamente, como aliás se está a ver, competências para a gestão económica da Fundação e, muito menos, autoridade para usar instalações e o bom nome da Fundação para negócios privados.
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