Parte final da habitual crónica do jornalista Fernando Lima no "Savana" desta semana: "Se os guerreiros etéricos ainda estivessem na sua quarentena em Tete, gostaria de lhes perguntar sobre as boas e más vibrações que domesticam o Zambeze abaixo de Sena e Dona Ana. Agora que o carvão promete vir à superfície em Moatize e Benga, imaginam-se novas epopeias navegáveis de Tete ao Chinde. Mesmo com o descontentamento de burocratas e jagunços associados, os novos exploradores de caqui, vayo e gps já chegaram até à Morrumbala, eventualmente a Nsange, recriando os sonhos de acesso ao mar dos descendentes da Niassalândia. Livingstone, mesmo forçado a deixar Mary Moffat em Chupanga, deve estar a sorrir de contente. Com um sorriso trocista, encolhe os ombros quando lhe sugerem que a nova ponte podia ter o seu nome. Homenagem menor, certamente, para quem tem nome de cidade. Rio acima."
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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