A insatisfação popular prossegue na África do Sul, com milhares de trabalhadores municipais em greve, exigindo melhores condições de vida. Há indicação de que os trabalhadores da indústria mineira e do sector petroquímico poderão juntar-se-lhes nos próximos dias. O presidente Zuma afirmou que serão criados 500 mil empregos sazonais até ao fim do ano, mas analistas consideram que será pouco provável que isso venha a acontecer dada a recessão económica que a África do Sul vive. Há o risco de os estrangeiros (aí compreendidos milhares de Moçambicanos) virem a ser considerados, uma vez mais, bodes expiatórios da situação (despacho de João de Sousa, Rádio Moçambique, noticiário das 6 horas).
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
os governantes Africanos devm parar de dirigir os seus pais de forma impirica , sem politica concreta .as vezes temos que perder algum tempo a fazer com que os rspectivos povos saibam das verdadeiras limitacoes para um desenvolvimento rapido e nao usar falsas promessas com fins eleitorais .infelizmente é isso que Zuma fez e esta pagando .prometeu 500 mil empregos sazonais ainda para este ano .para natureza da economia sul africana que em grande medida tem como pulmao financeiro o sector privado isto é impossivel ,pois sabe-se que as empresas foram abaladas pela crise mundial e antes do crescimento estao neste momento preucupados em alcancar alguma estabilidade de existencia.
Continuo a acreditar que o maior problema da África do Sul é a desigualdade social entre os sectores, como em África toda, aliás! Não nos devemos esquecer que por lá o Apartheid só acabou no papel, formalmente, mas que na prática continuam a registar-se casos de protagonismos e selectividade das pessoas, havendo para o efeitos, como em Moçambique, sul-africanos de primeira, de segunda e de terceira, estes últimos tidos como cavalo de tróia. O governo sul-africano pouco ou nada fez nos últimos tempos para acautelar e melhorar a vida da "terceira casta" senão com promessas atrás de promessas. Num país onde uma parte arrota bifes e outros alimentos que dão o gosto ao paladar outros, porém, fazem planos sobre o que "manjar" no dia seguinte, chegando inclusivamente a fazer um pacto com o seu estômago como se tal fosse possível, mas é!!!
Enquanto o desenvolvimento for desigual e não levar em conta o real sofrimento da maioria haverá sempre um caos. Zuma tem este grande desafio que lhe vai custrar caro, muito caro. Aliás temos assistido e título de exemplo de Portugal, onde José Sócrates prometeu criar durante o seu mandato 150 mil empregos, mas de vido a recessão (?) e não só, inércia e burocracia do sector português que é um cancro impediu que Sócrates (homem de quem admiro) lograsse louros.
Um abraço
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