31 julho 2009

Olívia Machel na propriedade imobiliária

Segundo o Africa Intelligence, Olívia Moisés Machel, uma das filhas do falecido presidente Samora Moisés Machel, planeia construir um bloco de apartamentos não muito longe do luxuoso Hotel Polana da cidade de Maputo. Confira aqui. Agradeço ao Marcelo Mosse o envio da referência.

10 comentários:

Anónimo disse...

27 apartamentos de Luxo, com piscinas e vistas sobre o mar, no entroncamento da Julius Nyerere com a Mao Tse Tung, como se pode ler, em placa bem visível.

Já em tempos aqui comentei este facto, a propósito dos "votos de pobreza" dos libertadores!

> Trata-se de um terreno cobiçadíssimo ao longo dos anos.

Seria interessante saber quais os critérios seguidos para a sua atribuição e a engenharia financeira montada para a construção, venda e arrecadação da mais valia.

> Sem entrar com um US$ (apenas entrou com o estatuto de filha de ex-presidente), e no pressuposto péssimista de que vai buscar líquidos 30 mil Us$ por cada apartamento, arrecada a módica quantia de (30Mil x 27 = US$ 810 mil).

Que contrapartida terá recebido o CMCM por esta benemérita acção?
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PS: Há relativamente pouco tempo (logo após a tomada de posse do novo Edil) foi referido neste blog que, Valentina Guebuza, filha do Presidente em exercício, através do Grupo Focus (?)_21(empresa imobiliária da Família) recebeu nada mais nada menos que o talhão que faz esquima entre a 25 de Setembro e a Filipe Samuel Magaia, por contrapartida de se propor COMPARTICIPAR (sem referir o montante) na reabilitação do Jardim de Tunduru.

Viriato Dias disse...

Pois é, há pouco li algures no Jornal O País que o Sr. T. Correia é o novo PCA do Corredor de Desenvolvimento Norte, que chegou a ser dirigido por, nada menos e nada mais, que o General Chipande, cujos feitos militare reconheço mas, intelectualmente, é uma afronta não só a língua de Camões como aos seus professores da escola primária. Simplesmente lamentável, mas a ele coube a chefia de um grande empreendimento nacional. Amanhã, para o espanto de todos, será Reitor ou o seu nome atribuido à uma universidade no país.

Quanto ao exposto na postagem deste blogue sou a favor de qualquer tipo de empreendimento desde que o mesmo respeite as balizas da lei e que seja feito, em suma, de forma imparcial. No mínimo exige-se que as coisas sejam tratadas assim: Sra. Olívia Machel e não a filha de Samora Machel, Olívia Machel, pois o seu pai, Samora Machel, se fosse vivo e dirigente da nação moçambicana, jamais aceitaria que o seu povo sofresse à fomes por força de enriquecimento de fosse quem fosse.

Um abraço

Anónimo disse...

Gosto da tese que defende que, sendo o povo pobre, deveríamos ser todos pobres por solidariedade. Mesmo os latentosos, aqueles que têm dotes excepcionais para o negócio, deveriam se abster de exercer as suas potencialidades de modo a permanecerem pobres. Porque enriquecer se o povo é pobre? Aliás, Samora não havia de gostar! Argumento imbatível este.

Anónimo disse...

É bom ficarmos a saber coisas. Pois claro pois claro os talentosos, os talentosos.

Reflectindo disse...

Caro anónimo com a ironia, é lamentável que não tenhas comentado a postagem com a visão de Moetsi Mbeki quanto ao capitalismo africano. Mas releia-a aqui. Mbeki considera os nossos capitalistas, os capitalistas africanos de parasitas. Não sei se concordas com ele. De qualquer forma, podias nos ajudar a entender se a Olívia Machel tem dotes excepcionais para negócios. Não estou a recusar que ela tenha, apenas quero saber. Quero saber porque razão os ligados ao poder em Mocambique e só eles têm dotes excepcionais para negócios???

Abraco de um compatriota

Linette Olofsson disse...

MOCAMBICANOS FORAM MORTOS PELO REGIME DE SAMORA MACHEL POR CAUSA DO CAPITALISMO, HOJE É A FILHA QUE ADQUIRE SABE LA DEUS COMO ESSA TODA RIQUEZA.

DEUS É INJUSTO PARA POVO MOÇAMBICANO!
ONDE O NABI E OUTROS QUE FORAM FUZILADOS POR TEREM UM POUCO MAIS DE COMIDA EM CASA?

Anónimo disse...

Linete, o seu Partido nao lutou contra o comunismo? Se eh assim, porque ficar espantada quando os mocambicanos, incluindo a Olivia, enveredam pelas regras do livre empreendimento? Sabe a Linete que quase todas as familias mocambicanas teem um morto por cobrar a alguem nestes ultimos 45 anos? A minha familia tem varios mortos a cobrar. O que ganhariamos se cada um cobrasse os seus Gulam Nabi? Deixem a Olivia em paz.

Reflectindo disse...

O último anónimo deve ser a quem dirigi o meu comentário. Então não responde? Onde está o diálogo, compatriota?

Não estou a dizer que os frelimistas se mantenham comunistas e näo sejam capitalistas, apenas quero que discutamos em volta do que Moeletsi Mbeki afirma e a razão dos dotes excepcionais para negócios só e só serem entre pessoas ligadas ao partidão.

Viriato Dias disse...

Caro anónimo,

Quando me referi que Samora Machel não ia gostar, quis dizer em linhas gerais, o enriquecimento ilicito, facto que Samora não admitia. Samora, visto por David Aloni (no seu eterno sonho) no seu livro CENTELHAS, pág. 130, que conta com o prefácio do professor Serra, remata o seguinte "Samora podia ter e teve, naturalmente, muitos defeitos e muitas limitações mas nunca se deixou corromper pelo brilho do ouro ou diamante. Esforçou-se por ser diferente de todos e mesmo dos seus camaradas, motivo porque lhe custou a vida o facto de querer fazer a diferença."

Nos tempos actuais, é verdade que a realidade é outra. De restop Samora jamais impediu que as pessoas fossem ricas, o que não queria é, aliás, o que todos nós gostaríamos que fosse assim o mundo: onde todos tivessem o que comer, dormir, estudar...

Um abraço ao empreededorismo nacional.

Anónimo disse...

Caro Reflectindo, porque é que os temas de debate devem ser impostos? Cada um debate o que quer. Se por exemplo eu notar que Reflectindo quer debater pessoas (neste caso Olívia), eu posso decidir não entrar nesse debate.

Deixem os moçambicanos tentarem ser empresários! Deixem a Olívia em paz! Quem quiser que abra a sua empresa. É o que estão a fazer milhares de negociantes e micro-empresários ao longo de todo o nosso país. O sucesso de alguns desses manifestar-se-á no seu crescimento em volume de negócios.

Enquanto milhares de moçambicanos fundam empresas, embora a maior parte deles ainda no informal, uma meia dezena fica a discutir um talhão na Polana! Caros compatriotas, estão a ficar atrás! o país está a mudar.