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Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
31 julho 2009
Olívia Machel na propriedade imobiliária
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10 comentários:
27 apartamentos de Luxo, com piscinas e vistas sobre o mar, no entroncamento da Julius Nyerere com a Mao Tse Tung, como se pode ler, em placa bem visível.
Já em tempos aqui comentei este facto, a propósito dos "votos de pobreza" dos libertadores!
> Trata-se de um terreno cobiçadíssimo ao longo dos anos.
Seria interessante saber quais os critérios seguidos para a sua atribuição e a engenharia financeira montada para a construção, venda e arrecadação da mais valia.
> Sem entrar com um US$ (apenas entrou com o estatuto de filha de ex-presidente), e no pressuposto péssimista de que vai buscar líquidos 30 mil Us$ por cada apartamento, arrecada a módica quantia de (30Mil x 27 = US$ 810 mil).
Que contrapartida terá recebido o CMCM por esta benemérita acção?
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PS: Há relativamente pouco tempo (logo após a tomada de posse do novo Edil) foi referido neste blog que, Valentina Guebuza, filha do Presidente em exercício, através do Grupo Focus (?)_21(empresa imobiliária da Família) recebeu nada mais nada menos que o talhão que faz esquima entre a 25 de Setembro e a Filipe Samuel Magaia, por contrapartida de se propor COMPARTICIPAR (sem referir o montante) na reabilitação do Jardim de Tunduru.
Pois é, há pouco li algures no Jornal O País que o Sr. T. Correia é o novo PCA do Corredor de Desenvolvimento Norte, que chegou a ser dirigido por, nada menos e nada mais, que o General Chipande, cujos feitos militare reconheço mas, intelectualmente, é uma afronta não só a língua de Camões como aos seus professores da escola primária. Simplesmente lamentável, mas a ele coube a chefia de um grande empreendimento nacional. Amanhã, para o espanto de todos, será Reitor ou o seu nome atribuido à uma universidade no país.
Quanto ao exposto na postagem deste blogue sou a favor de qualquer tipo de empreendimento desde que o mesmo respeite as balizas da lei e que seja feito, em suma, de forma imparcial. No mínimo exige-se que as coisas sejam tratadas assim: Sra. Olívia Machel e não a filha de Samora Machel, Olívia Machel, pois o seu pai, Samora Machel, se fosse vivo e dirigente da nação moçambicana, jamais aceitaria que o seu povo sofresse à fomes por força de enriquecimento de fosse quem fosse.
Um abraço
Gosto da tese que defende que, sendo o povo pobre, deveríamos ser todos pobres por solidariedade. Mesmo os latentosos, aqueles que têm dotes excepcionais para o negócio, deveriam se abster de exercer as suas potencialidades de modo a permanecerem pobres. Porque enriquecer se o povo é pobre? Aliás, Samora não havia de gostar! Argumento imbatível este.
É bom ficarmos a saber coisas. Pois claro pois claro os talentosos, os talentosos.
Caro anónimo com a ironia, é lamentável que não tenhas comentado a postagem com a visão de Moetsi Mbeki quanto ao capitalismo africano. Mas releia-a aqui. Mbeki considera os nossos capitalistas, os capitalistas africanos de parasitas. Não sei se concordas com ele. De qualquer forma, podias nos ajudar a entender se a Olívia Machel tem dotes excepcionais para negócios. Não estou a recusar que ela tenha, apenas quero saber. Quero saber porque razão os ligados ao poder em Mocambique e só eles têm dotes excepcionais para negócios???
Abraco de um compatriota
MOCAMBICANOS FORAM MORTOS PELO REGIME DE SAMORA MACHEL POR CAUSA DO CAPITALISMO, HOJE É A FILHA QUE ADQUIRE SABE LA DEUS COMO ESSA TODA RIQUEZA.
DEUS É INJUSTO PARA POVO MOÇAMBICANO!
ONDE O NABI E OUTROS QUE FORAM FUZILADOS POR TEREM UM POUCO MAIS DE COMIDA EM CASA?
Linete, o seu Partido nao lutou contra o comunismo? Se eh assim, porque ficar espantada quando os mocambicanos, incluindo a Olivia, enveredam pelas regras do livre empreendimento? Sabe a Linete que quase todas as familias mocambicanas teem um morto por cobrar a alguem nestes ultimos 45 anos? A minha familia tem varios mortos a cobrar. O que ganhariamos se cada um cobrasse os seus Gulam Nabi? Deixem a Olivia em paz.
O último anónimo deve ser a quem dirigi o meu comentário. Então não responde? Onde está o diálogo, compatriota?
Não estou a dizer que os frelimistas se mantenham comunistas e näo sejam capitalistas, apenas quero que discutamos em volta do que Moeletsi Mbeki afirma e a razão dos dotes excepcionais para negócios só e só serem entre pessoas ligadas ao partidão.
Caro anónimo,
Quando me referi que Samora Machel não ia gostar, quis dizer em linhas gerais, o enriquecimento ilicito, facto que Samora não admitia. Samora, visto por David Aloni (no seu eterno sonho) no seu livro CENTELHAS, pág. 130, que conta com o prefácio do professor Serra, remata o seguinte "Samora podia ter e teve, naturalmente, muitos defeitos e muitas limitações mas nunca se deixou corromper pelo brilho do ouro ou diamante. Esforçou-se por ser diferente de todos e mesmo dos seus camaradas, motivo porque lhe custou a vida o facto de querer fazer a diferença."
Nos tempos actuais, é verdade que a realidade é outra. De restop Samora jamais impediu que as pessoas fossem ricas, o que não queria é, aliás, o que todos nós gostaríamos que fosse assim o mundo: onde todos tivessem o que comer, dormir, estudar...
Um abraço ao empreededorismo nacional.
Caro Reflectindo, porque é que os temas de debate devem ser impostos? Cada um debate o que quer. Se por exemplo eu notar que Reflectindo quer debater pessoas (neste caso Olívia), eu posso decidir não entrar nesse debate.
Deixem os moçambicanos tentarem ser empresários! Deixem a Olívia em paz! Quem quiser que abra a sua empresa. É o que estão a fazer milhares de negociantes e micro-empresários ao longo de todo o nosso país. O sucesso de alguns desses manifestar-se-á no seu crescimento em volume de negócios.
Enquanto milhares de moçambicanos fundam empresas, embora a maior parte deles ainda no informal, uma meia dezena fica a discutir um talhão na Polana! Caros compatriotas, estão a ficar atrás! o país está a mudar.
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