23 julho 2009

Alastra violência nos bairros pobres sul-africanos

Alastra a violência social em alguns dos mais pobres bairros populares sul-africanos, com residentes protestanto contra a falta de serviços básicos. Confira aqui e aqui e aqui.
Observação: esta é uma situação muito delicada, pois, entre outras consequências, pode dar origem a novas vagas xenófobas. Recorde aqui.
Já agora, veja aqui:

5 comentários:

Viriato Dias disse...

Já foi uma chamada de atenção ao governo sul-africano a onda de xenofobia. Caiu em letargia este aviso. E a situação, teimo eu, caso medidas sociais não sejam tomadas muita água vai correr por baixo da ponte, porque se for por cima dela será, como aliás está já acontecer, é o caos -, transbordar-se-á, originando cheias e outras calamidades.

Um abraço

Manhiquene disse...

Boa tarde Sr. Professor
Deixe me dizer que os indicios de xenofobia na RAS sao alarmantes ao se ter em conta que muitas vidas humanas estao perigadas.
Nao nos esquecamos dos acontecimentos do ano passado que saldaram-se no exodo de cerca de 40 mil mocambicanos. Se o Governo sul-africano nao levar a serio esta questao receio que tenhamos uma situacao de emergencia no Pais.

Anónimo disse...

No meio da contestação geral é óbvio que os canos se virarão contra os estrangeiros. Será muito díficil o controle da situação porque a revolta estende se a vários townships. Suponho que o mote seja o desemprego, elevado custo de vida, falta de condições básicas onde a habitação é o cunho atendendo ao inverno severo deste ano. Durante a campanha eleitoral o actual presidente , pronunciou discuros populistas e criou ansiedade nos mais pobres que o viram como o Messias.Para os sofridos o amanhã não conta- Promessa feita, Promessa cumprida -mas o maná tarda a chegar... Quem semeia ventos colhe Tempestades. Os Sul Africanos pobres não querem esperar e estão se nas tintas para a tal de Crise Financeira Internacional, a balança de pagamentos, as reservas internacionais, a distribuíção paulatina da riqueza nacional, etc. Querem habitação que os proteja do inverno, agua, electricidade para os aquecer( nos townships não há lenha disponivel como em Moçambique), alimentação básica a preços acessíveis, etc etc. ESPERO que os nossos politicos tenham mais cuidado com as promessas aos eleitorado!

Anónimo disse...

Se lermos com atenção a entrevista de M.Mbeki (postagem relativamente recente neste blog) entenderemos a razão da situação na àfrica do Sul.

A economia da RAS está pura e simplesmente a regredir. O país está a desindustrializar-se, a economia vai ter este ano crescimento negativo, etc., etc.

Nos países industrializados da Europa, onde a crise internacional se faz fortemente sentir, com reflexos também no desemprego, há a almofada da Segurança Social para minimizar a quebra do bem estar.

Na Africa do Sul, como entre nós, não existem sistemas de segurança capazes de aliviar o sofrimento de quem vê os rendimentos emagrecer dia após dia.

Nesce cenário, o estrangeiro é visto não como parceiro/ colaborador, mas como terrível concorrente.

O nosso Governo precisa urgentemente de olhar, "com olhos de ver" para esta situação, que vai agravar-se nos próximos anos, pois os problemas da Africa do Sul, são ESTRUTURAIS.
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umBhalane disse...

Em contrapartioda há países a enriquecerem com os conhecimentos de cidadãos Sul-Africanos (conhecimento/capacidade técnica, know-how,...)que todos os dias são obrigados a sair da RSA.

Canadá, USA, Austrália, Angola, Reino Unido,...

O problema de nivelar por baixo, o velho problema de usurpar em vez de criar, recriar, multiplicar,...juntar esforços.