A propósito das eleições deste ano, sugiro-vos que leiam, do "Savana" desta semana, o editorial e a crónica do Machado da Graça, respectivamente aqui e aqui.
Adenda: os interessaos poderão ler, na íntegra, o texto sobre os "Negócios polémicos na Fundação Joaquim Chissano" (título do "Savana"), por mim colocado hoje aqui.
3 comentários:
Prof. Serra, obrigado pela divulgação dos textos do Savana, o site do Savana está desactivado e nem todos teem acesso à edição impressa.
Este país tem dono, é o povo! Ou devia ser, mas não é!!! Não pode haver moçambicano de primeira, de segunda, de terceira, etc, somos todos moçambicanos. Independentemente da cor, etnia, religião, partido, etc. Mas o que se tem visto é o contrário, há uma "ala" a tirar vantagens dos recursos do Estado em benefícios pessoais. Compreende-se aqui claramente o espírito de recompensa, dizem eles, alguns, que lutaram por Moçambique, por isso devem ter as vantagens que tem. Bem, gostaria de viver mais tenho a ver um outro partido, outro presidente da república no poder. Tenho fé que virá à tona aquilo que recuso-me a pensar! Tu concordas comigo???
Um abraço
Entre nós, a maior parte das Fundações não passam de instrumentos para a realização de operações económicas normais COM BENEFÍCIOS FISCAIS, com o pretexto de apoio a qualquer coisa.
A fragilidade começa na definição do OBJECTO da Fundação, que, em regra é muito amplo, ou seja: dá para tudo e depois pouco ou nada se faz (que justifique estatuto de utilidade pública e inerentes isenções e regalias).
O OBJECTO das Fundações deveria ser muito concreto, indicando programas e fontes de financiamento, no mínimo para os primeiros cinco anos de actividade:
Programa, A, B, C ou D para áreas ESPECÍFICAS, (i) da saúde, (ii) da educação; (iii) da ciência, etc., etc.
As Fundações, porque visam a implementação de Programas específicos, deveriam ter quadros profissionais bem qualificados para os executar. Profissioanis seleccionados por concursos documentais sérios.
Como parece estar a acontecer, a Fundação Chissano tende a ser, meramente, a MÁSCARA de negócios comerciais:
i) exploração de uma companhia aérea;
ii) investimentos em refinarias e áreas afins;
iii) investimentos nas pescas;
(iv) outros.
O argumento para a participação destas instituições no capital social de empreendimentos económicos é o da necessidade de angariarem fundos para os PROGRAMAS que se propõem desenvolver.
> Juntam o útil ao agradável: para além dos dividendos, quando há lucros, conseguem colocar os seus membros nos órgãos sociais das empresas em que participam, com chorudos vencimentos e regalias.
> Temos Fundações com participações na Banca, nas Cervejeiras, nas telecomunicações, etc., etc., fazendo-se representar, por vezes com as mesmas pessoas, em cargos bem remunerados nos orgãos sociais das empresas participadas. (um el dorado)
Os patronos das Fundações, em regra, deveriam estar na base das propostas e aprovação dos programas a desenvolver e no acompanhamento da execução dos mesmos. Porém, a execução deveria ser feita por profissionais e não por políticos.
O Dr. Leonardo Simão, Director Executivo da Fundação Chissano, pode ser um excelente médico; um excelente diplomata. Porém, isso não lhe dá automaticamente, como aliás se está a ver, competências para a gestão económica da Fundação e, muito menos, autoridade para usar instalações e o bom nome da Fundação para negócios privados.
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