04 setembro 2007

Só passando com sinal vermelho não há acidentes

Quem está na Comissão Nacional de Eleições (CNE), deve lá estar em regime de exclusividade segundo a lei. E se quem fez a lei estabeleceu isso é porque verificou que a CNE exige permanência e trabalho aprofundado. Porém, a maioria dos seus membros continua a trabalhar em outros sítios. Se se cumprisse a lei - afirmou o seu presidente -, a situação ficaria complicada.
Não se cumprindo, todos os inquilinos podem circular livremente na auto-estrada de duas faixas, transitando com o sinal vermelho e mudando de faixa a bel-prazer. Por que iríamos provocar acidentes parando com o sinal vermelho ou mantendo-nos parvamente numa só faixa?
O presidente da CNE, o médico João Leopoldo da Costa, tem uma filosofia simples, a saber: "Não posso, por exemplo, deixar de vender na minha loja porque estou na CNE, porque não há choque de interesses. E nem vou vender a minha loja por isso”. Claro, é simplesmente uma imagem, pois Leopoldo da Costa continua a ser reitor do Instituto Superior de Ciência e Tecnologias de Moçambique.

2 comentários:

Anónimo disse...

Isto infelizmente so mostra o quanto neste pais as leis sao cumpridas conforme a conveniencia.

Ora bem, o Sr. Joao Leopoldo ou nao conehcia a Lei, ou quem lhe colocou nesse lugar eh tao estupido que nao viu que o Sr. Leopoldo nao poderia cumprir com o preceituado na Lei. Logicamente, se ele nao pudesse cumprir, certamente que ha quem pudesse. Logo, o sr. Leopoldo e a sua escumalha que esta na CNE para se servir e nao servir o Povo nunca deveria estar na CNE.

Mas como estamos num pais em que as leis sao cumpridas conforme o gosto, as influencias e as vontades do fregues, la vem o sr. Leopoldo tecer estas declaracoes porcas que nao mereciam uma criica severa de quem de direito, mas mais uma vez a OPOSICAO no seu papel de velar e nao pautar com este tipo de atropelos deve fazer ouvir os seus argumentos. Em outro pais, este senhor saia logo e seria responsabilizado.

Espero so que na proxima semana alguem de direito s epronuncie. AFINAL DE QUE SEVEM AS LEIS DESTE PAIS? Com toda razao que ninguem agora respeita este GOVERNO DESGRACADO.

ISTO ME TIRA DO SERIO...

Bayano Valy disse...

O Estado tem de ser claro nestas questões. Noutros países não se admite que funcionários públicos façam "moonlighting (oferecer serviços laborais noutros locais)". Penso que o Sr Leopoldo é funcionário público a partir da altua em que foi nomeado para dirigir a CNE. Os exemplos devem começar de cima, principalmente se o visado é quem deve garantir em primeiro lugar a primazia da lei eleitoral.