11 julho 2009

Banca


Hoje, pela primeira vez, alguém decidiu montar uma banca de venda de fruta na Avenida Friedrich Engels. Não causou pasmo, tudo parece natural. Sábados são sempre dias de grande e perturbadora azáfama por causa dos casamentos, com centenas de pessoas fazendo uma peregrinação ritualizada pelo Jardim dos Namorados, como tantas vezes aqui tenho contado. Vendedores ambulantes são frequentes. Mas montar uma banca, é novidade. Assim têm nascido os dumba-nengues e as barracas. Hoje uma banca, amanhã outra, hoje uma barraca, amanhã duas barracas.
Adenda às 10:51: alguém mandou retirar a banca.
Adenda 2: a rua está - cada vez mais, cada semana mais - um caos, as pessoas estacionam os seus carros não importa como nem onde.

6 comentários:

Ismael Mussá disse...

Professor, aqui na minha rua já surgiu e vai surgindo um pouco de tudo até banca para vender roupa já surgiu.Temos bancas fixas e móveis para vender frutas, bancas fixas para vender bebidas alcólicas e com direito a mesa de bilhar, para vender coca cola, para vender pao, para vender produtos de mercearia (3), para vender plantas, para vender gás de cozinha, para vender cartoes da Mcel e Vodacom, vendedoras de rua que vendem todo o tipo de vegetais e fruta, etc, etc. Para completar ainda o cenário temos um grupo de adultos de rua que vivem no terreno baldio ao lado do Hotel cardoso e que passam o dia a remexer as latas de lixo na entrada da presidencia da Republica procurando comida para sobreviverem. Estou a falar da Av. Mártires de Mueda no trajecto que vai do Hotel Cardoso até a concela do Presidente da República passando pelas Torres Vermelhas. Se adicionarmos a este cenário o estacionamento desordenado dos carros entao imagine o cenário que caracteriza o ambiete daquela zona.Provavelmente seja por esta razao que o actual Presidente da Republica já nao usa este acesso quando vai para a sua residencia oficial.Mesma atitude foi tomada pelos Embaixadores que dantes utilizavam este acesso nas visitas ao Chefe de Estado. Enfim, vamos ver se surge alguém com vontade de alterar está situacao, sem no entanto prejudicar as pessoas que vivem destes negocios, e que já adquiriram direito de uso destes espacos pelo tempo que vigorou e vigora o espiríto de deixa andar.
As autoridades Municipais e o governo central tem conhecimento desta situacao há anos mais falta vontade política para agir.

Anónimo disse...

Hoje, cerca das 12:30 uma enorme confusão. Para além do caótico estacionamento, uma camião com atrelado que anda a retirar o entulho de uma obra próxima paralizou o trânsito. Não sei como tudo acabou, mas estava complicado.

Lá vi os novos vendedores, não só de fruta, mas também de bebidas e outras utilidades. Curiosamente, estes nossos concidadãos que não podem buscar o rendimento num emprego formal, buscam-no seguindo os mais modernos métodos de marketing: LEVAR O PRODUTO AO CONSUMIDOR!

A tentativa do CMCM de concentrar os vendedores em mercados e outros recintos - onde o consumidor teria de ir ao encontro dos produtos -, está completamente distorcida em termos de técnicas de vendas: um passo para a falência.

Os nossos informais, são os verdadeiros empreendedores: driblam os fiscais e a policia, nunca perdem de vista o seu ALVO, os clientes, que, como dizem as boas técnicas de marketing são o mais importante em qualquer negócios: sem clientes/vendas há custos, mas não há receitas.

> Há muito que aprender em termos de economia com estes autênticos "fura-vidas".

> Porém, a falta de infraestruturas para apoio às necessidades biológicas destes profissionais, conduzirá em breve a que algumas das bonitas acácias rubras começem a definhar com a excessiva adubação líquida com forte concentrado de UREIA, para além de outros inconvenientes.
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Carlos Serra disse...

Conheço essa zona, Ismael.Quanto ao segundo leitor: há muito que muitas acácias morrem.

Anónimo disse...

A Vila Itália foi demolida - alguém sabe o que vai ser feito nesse espaço?

Carlos Serra disse...

Tento, faz semanas, saber o que ali vão erguer.

Anónimo disse...

Há uma tabuleta dizendo que é uma moradia de 3 pisos, propriedade individual de um privado e a obra tem a duração de 6 meses (não tenho de memória o nome do dono da obra e empreiteiro), mas está vem visível.

Era para lá que se dirigia o camião com atrelado, para recolha de entulho, que "entupiu" o trânsito em frente ao Jardim dos namorados a que me referiu em comentário anterior.
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