27 setembro 2007

Cemitério de Lhanguene em Maputo


Confira aqui.

11 comentários:

Anónimo disse...

Epa, esta cena faz me lembrar algo como confronto homem-animal e agora vejo que estamos na era do confronto homem vivo-homem morto...É vamos lá pelos vistos...cá dê os temíveis fantasmas do cemitério?

Carlos Serra disse...

Bem, certamente as pessoas negociaram a paz com eles...

Anónimo disse...

Acredito que do mesmo jeito que o conselho munincipal conseguiu aranjar formas de convencer as pessoas e os camionistas para o mercado do Zimpeto, do mesmo jeito será para a possível transferência para o novo "lhanguene" em Ndlavela...que se resolva de uma vez esse confronto de espaço entre vivos e mortos...

Carlos Serra disse...

No que me concerne, apenas lamento que nenhum investigador se tenha lembrado de fazer do tema um tema de pesquisa. Possivelmente poderíamos através do tema fazer a arquelogia de muitas épocas da nossa história e da nossoa vida.

Anónimo disse...

Sim sim professor, concordo consigo e acredido que existe muito naquela "terra dos mortos" que possa dar mais subsídios à nossa "pobre" arqueologia.

Carlos Serra disse...

Sim. Há vários trabalhos feitos por jornalistas, mas que apenas foram centrados sobre o horror da convivência. Nenhum desses trabalhos procurou mostrar como se chegou a essa convivência, que modelos de vida e de crença foram alterados, quais as causas das mudanças, etc.

Anónimo disse...

Sim, são mesmo trabalhos jornalísticos e nada de científico eles tem, apenas informação. Falei exactamente dos fantasmas do cemitério de Lhanguene para lembrar essas crenças...essas crenças que foram alteradas...já ninguém tem medo dos fantasmas lá? Realmente dava uma boa dissertação.

Carlos Serra disse...

Efectivamente dava. São fenómenos que percorrem no silêncio a estrada da vida obscura e que por isso não chamam a atenção, não chamam a atenção quer porque não tem visibilidade na imprensa quer porque foram de alguma forma naturalizados.

Anónimo disse...

Acho que a naturalização dos fenómenos sociais é o grande obstáculo da pesquisa social.E de serta forma esta naturalização se porta como uma neblima na estrada da vida do pesquisador social...

Carlos Serra disse...

Justamente. Transformamos as coisas em naturais porque temos necessidade de tornar conhecido o desconhecido, normal o anormal, familiar o estranho.

Anónimo disse...

O cemitério de São Francisco Xavier, foi oficialmente encerrado à prática das inumações na terra em 5 de Janeiro de 1955.Contudo, foi recebendo corpos para jazigos e sepulturas até 1974. A ideia do seu encerramento, seria a de naquele espaço após a sua recuperação ser construído um jardim publico. Esta ideia era também prevista para o cemitério Parse, Judaico e Maometano, cujo seu encerramento se virificou em 1 de outubro de 1968. As trasladações dos restos mortais, de jazigos e sepulturas seria feito para o cemitério de Sõa Jose de Languenhe, o que nunca se verificou. Este cemitério pela sua centralidade, e pela sua história seria um monumento a preservar, reconvertendo-o em Panteão Nacional, onde pessoas que pelas mais diversas actividades (politicas, sociais, desportivas culturais, etc.), marcaram a história do país, tornando este local uma referencia turística á semelhança daquilo que acontece em França com o cemitério Pèr-lachaise, em Portugal com o cemitério dos Prazeres, na Argentina com La Recoleta, etc