17 agosto 2007

Milhares com fome, 170 toneladas de milho para queimar

Existem milhares de pessoas com fome no país. Enquanto isso, 170 toneladas de farinha de milho vão ser destruídas, "por se ter comprovado laboratorialmente que é imprópria para o consumo humano, devido ao seu avançado estado de deterioração. Trata-se de um produto recentemente doado através do Programa Mundial de Alimentação (PMA), destinado a socorrer as vítimas das inundações do Zambeze, que este ano assolaram algumas regiões das províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia."
O milho doado chegou já deteriorado? Se não, por que se deteriorou? Por que há silêncio sobre isso?

9 comentários:

Anónimo disse...

importaria saber os custos reais da destruiçao de tal farinha.

Anónimo disse...

É preciso investigar as causas, que também podem ser dificuldades organizacionais, logísticas e de recursos humanos. Muitas vezes a ajuda internacional dá o dinheiro, a comida, etc, etc, mas não o homem, por exemplo, o fiel do armazém, e o dinheiro nem tudo pode pagar.

Anónimo disse...

dificuldades organizacionais na destribuiçao do milho em Moçambique, é isto que pretende dizer? Nao ha dinheiro para contrtar um fiel de armazem, mas ha dinheiro para organizar a queima de 170 toneladas de milho!!!
Nao ha recursos humanos e ha desemprego. ha fome e queima-se alimento. Isto tudo parece uma brincadeira de muito mau gosto!!!
enfim o melhor é olhar para outros tipos de crime...

Anónimo disse...

Dificuldades na distribuição do milho e de muito mais. O problema não é contratar o homem, e muitas vezes também não o dinheiro para o fazer. O problema é ter o(s) homem(homens) que o saiba(m) fazer: planificar, organizar, controlar, e não só a nível central. É também no distrito, no local... As competências parecem estar a diminuir dia após dia.
Veja o caso dos páióis (que são também armazéns) e do desgoverno da destruição do material.

Carlos Serra disse...

Dói saber de tanta gente com fome e de tanta tonelada de milho deteriorado.

Anónimo disse...

Como não há condições para incinerar numa cimenteira, por exemplo, grande parte do produto não chegará a ser queimado. A população invadirá o local, licheira onde a operação estiver a realizar-se e grandes quantidades acabarão por ser negociadas no informal. Tem sido sempre assim e assim irá continuar.Acompanhemos!

Anónimo disse...

60 mil dólares é quanto vai custar a operação de destruição, segundo a RTP África. Mais de 900 salários mensais mínimos.

Carlos Serra disse...

60.000 USD....

Anónimo disse...

60 000 USD?! nos temos de facto um problema grave!! Vale a pena continauarem a ajudar-nos? Para que serve a ajuda ao desenvolvimento. Incrivel!!!