15 julho 2009

Na alma das interpretações

Tal como ontem reportei, depois de inquirir 938 empresas a KPMG concluiu em relatório que os empresários estão preocupados, por exemplo, com a criminalidade e a corrupção em Moçambique. Prestem agora atenção à maneira como, pelos títulos, os resultados do relatório foram vistos por três órgãos de informação:
* "Canal de Moçambique" - Ministro da Indústria e Comércio contesta pesquisa da KPMG
* "Rádio Moçambique" - Ambiente de negócios:
empresários continuam cépticos quanto à eficácia das reformas (nota: ministra da Justiça contesta posição dos empresários, CS)
* "Notícias" - AMBIENTE DE NEGÓCIOS :
Empresários moçambicanos cada vez mais confiantes

4 comentários:

Anónimo disse...

É caso para dizer "Cada cabeça sua sentença!"

> Bem, tratando-se de uma análise subjectiva, qualitativa, não admira que o mais fiel "ecoador" do Regime tenha a sua interpretação divergente!

> A Ministra da Justiça, tal como o Ministro da Indústria, parece não ter ainda entendido que os empresários avaliam pela eficiência do sistema NA SITUAÇÃO PRESENTE e não na EXPECTATIVA dos resultados das medidas em curso ou a tomar... "de promessas e boas intenções está o inferno cheio"
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Anónimo disse...

O Jornal NOTICIAS tem estado a fazer Contra-Informacao ja ha muitos anos.

nao diria que o Jornal NOTICIAS 'e Governamental, diria sim, que o Jornal NOTICIAS chega a ser ANTI-PATRIOTICO.

Reflectindo disse...

Quem não sabe o que é ser puxa-sacos, lambe-botas pode muito bem ver aqui. Não é que o editor de Notícias não saiba a realidade, mas opta por aquilo que serve a quem este jornal serve na realidade. É mesmo anti-patriotismo.

Unknown disse...

A questão que se coloca é: O ambiente de negócios é bom para quem?
Por isso, nota-se uma defasagem de argumentos e respostas dependendo de que ponto olhamos os negócios em Moçambique.
O facto é que muitos dos pequenos empresários moçambicanos estão sendo forçados a mergulhar na informalidade por causa do sofuco exercido pelas instituições do Estado, por um lado, e por causa da exclusão na adjudicação de contratos públicos de fornecimento de bens e serviços e de obras, favorecendo empresas ligadas aos agentes públicos.
Por outro lado, o pequeno contribuinte constitui-se no alvo fácil para a malha fina da receita e da inspecção do trabalho, enquanto as grandes empresas passeam a sua classe e conseguem barganhar isenções, etc.
Agora digam se o ambiente é bom ou não?