07 março 2008

Boss sorry lá

Recebi do Yuca uma canção com o título "Boss sorry lá". Eis uma estrofe: "Enquanto uns comem carapau/deitas fora o bacalhau AU/Enquanto uns pensam que és irmão/Digo a todos que és vilão". O autor apresenta-se assim no seu portal: "Meu nome é Yuca de Frenk Manuel e meu nickname é YUCAFM. Sou de Maputo, nasci em 1982 dia 4 de Abril. Sou estudante universitário do curso Tecnologias e Sistemas de Informação, trabalhador programador e supervisor, criador e proprietário de páginas web, músico compositor e produtor." Saibam dele, da canção e da letra, de outras canções e coisas, aqui.
Adenda: enquanto isso, em doce toque feminino, a nossa mais conhecida rapper, a Ivete, pediu a amizade entre os músicos, nada de guerras entre "gregos e troianos" (sic), o hip-hop merece as pazes, nada de resvalar para o "neopugilismo lírico" (sic). Confira aqui.

13 comentários:

Xiluva/SARA disse...

Uauuuuuu! Azagaias multiplicam-se.

Anónimo disse...

Universitario como azagaia. Sera que despertou mesmo uma consciencia universitaria critica? Universatarios andam de bico calado ou fazem ginastica de promocao...

Nelson disse...

Fui ao sitio do YUCAFM e peguei a letra do boss sorry lá.Quando ele diz "Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim vai te lixar" me lembrei da crítica que o Lázaro Bamo fez aos intelectuais que ficam nos sovacos e deixam de desempenhar o verdadeiro papel de um intelectual


Boss Sorry la - YUCAFM
Composição: YUCAFM

Okey Moçambique, eu já me cansei
Eu disse "Boss Sorry lá"

Brada Sorry lá, Boss Sorry lá
okey

Descordo, nem aprovo, quando tu finge ser um demente
sempre que surge uma chance, logo roubas ao pobre cliente
Tu só pode ser um deles
como supôs o Azagaia o Estado só mente
e quando o povo te acusa, fechas a porta descaradamente
Bem sei, tu a mim me dás salário
e até dispensas, espontaneamente
Eu e tu é trabalho e amizade
nunca zangamos, mas agora chega
-------------------
Brada Sorry lá, Boss Sorry lá
Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim vai te lixar
Vai Vai
Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim ...

Se até família, tu desprezas
e espera que ela te esqueça, não vês que isso é mau?
e dos mendigos até roubas a esteira
e compras a seda para quem tem cacau
nem olhas para quem te ajudou
a chegar onde estás, és mesmo um cara de pau
para as ideias tens cabeça
mas digo tu como pessoa não vales um tostão
Bem sei, tu a mim me dás salário
e subsídios, espontaneamente
Nós dois é trabalho e amizade
podes chamar-me ingrato, mas agora chega

Brada Sorry lá, Boss Sorry lá
Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim vai te lixar
Vai Vai
Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim ...
Corrupto, fora
seu aldrabão, fora
seu deixa andar, fora
seu explorador, fora

Enquanto uns comem carapau
deitas fora o bacalhau AU
Enquanto uns pensam que és irmão
Digo a todos que és vilão

Brada Sorry lá, Boss Sorry lá
Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim vai te lixar
Vai Vai
Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim ...
Corrupto, fora
seu aldrabão, fora
seu deixa andar, fora
seu explorador, fora

Eu sei que a mim me dás o pão,
mas mesmo assim vai te lixar

Carlos Serra disse...

Obrigado por colocar aqui a letra, tb a recebi, mas preferi reproduzir apenas uma estrofe, espécie de "cheirinho".

Martin de Sousa disse...

Bem diz a Ivete: cuidado que o ódio atiçado é um vírus sem cura!

Nelson disse...

E quem atiça esse ódio caro Martin? Ou melhor quem o cria? Retirando a causa do ódio não desaparece o ódio?

Anónimo disse...

Força Yuca, assim é que é!

Anónimo disse...

Pois e Martin, continuem a andar de Mercedes Classe C que nao e um luxo (como disse o Ministro das Financas, ver Jornal Pais de hoje), enquanto o povo sobrevive na Miseria (G-Pro?), que o povo nao se preocupa com odio, o povo faz justica, Marcha (Azagaia). Quanto mais sancionarem mais vozes nascerao como cogumelos, parem de procurar bodes espiatorios e resolvam os problemas do pais. ja muito foi dito que gritar combates sejam quais forem, deixa andar, burocratismos, deixa andar, ao volume que se quiser, enquanto nao se aproximarem de pessoas que pensam, independemente de terem cores partidarias, e se as tiverem independentemente de qual for a cor, as coisas continuarao a piorar. Esses jovens atrevidos ainda serao lembrados como os Kalunganos e Noemias de Souza o foram nalgum dia.

Martin de Sousa disse...

O culto do atacar no seu pleno. Só citei um verso da Ivete com o qual concordo em pleno: "cuidado que o ódio atiçado é um vírus sem cura!"

Vieram os ataques habituais excepção seja feita ao Nelson a quem admiro em absoluto pela forma como expõe os seus argumentos mesmo quando "chocamos de frente".

Tem várias formas de atiçar ódios. Cada um vê essas formas a sua maneira. Olha a Ivete vê os ódios que se criam no meio hip hop mozie. Eu vejo, para além desses, os ódios que criamos na blogosfera pelas abordagens desviantes de certos assuntos, bem como pela incapacidade de debater perante ideias contrárias. Há entre nós uma mania de forçar consensos (de que o Nelson parece gostar de alguma forma - disse-o noutro lado) mesmo quando as premissas para isso não estão ainda maturadas.

Salvador Langa disse...

Xi mano Yuca sim senhor, vamos na frente xamuáli!

Anónimo disse...

"Há entre nós uma mania de forçar consensos (de que o Nelson parece gostar de alguma forma - disse-o noutro lado) mesmo quando as premissas para isso não estão ainda maturadas"

Há sim essa mania de forçar consensos. E é uma mania tão enraizada em nós que muitas vezes a exercitamos sem percebermos. Não gosto não de forçar consenso como o Martin me acusa. Gosto sim é de denunciar a forma disfarçada de forçar consenso.
O ódio existe e quem o cria é muito mais responsável do que quem o atiça.
Quando o caro Martin "só citou Ivete" Ivete, parecendo que não, no meu modesto entender pode estar "forçando consensos". Parecendo que não, pode estar tentando calar as vozes que negam o consenso forçado. Vozes que segundo o contexto, "atiçam ódios". Os ataques que recebe não serão de pessoas que negam o consenso forçado? Pessoas que negam ser calados?
Já reparou caro Martin que pode estar a fazer justamente oque acusa os outros a saber "forçar consensos"
Obrigado pelo elogio. Para mim diferenças são importantes. São elas que nos fazem crescer. É por isso bom que hajam pessoas que olham para o estado da nação de forma diferente da do PR que nos garantiu ser bom. Pessoas que diferentemente do ministro do Interior, não se conformam com a onda de linchamentos que se vive no país. Pessoas que como Dr. Castelo Branco procuram alternativas.
Enfim vivam as diferenças, e "lixe-se" quem aberta ou escondidamente não as suporta.
Tenho dito.

Nelson disse...

Fui ler a letra da Ivete. Ela parece querer "disfarçadamente" forçar consensos. Oque chama de tiroteio pode ser simplesmente ideias diferentes. oque chama inimigos da cultura hip hop pode ser simplesmente alguém que pensa diferente e diz oque pensa.

Martin de Sousa disse...

Não acuso o Nelson de nada.Em http://www.blogger.com/comment.g?blogID=26386084&postID=3119085138498943232&isPopup=true comentando o texto sobre o aniversário do outro Nelson (o Mandela) diz "É do nome(Nelson). Há-de ser por isso que também tenho tendências à consensualidade." Não disse que o Nelson gosta de forçar consensos disse que há uma mania de forçar os consensos de que o Nelson gosta. Sublinho dos consensos não da ideia de os forçar.
Um pouco menos de pressa na leitura teria percebido esta ideia. Bem hajam pessoas como o Nelson e muitos outros que achando não ser consensual que o Estado da Nação é bom vêm a público e dizem que o Estado da nação não é nada bom e dizem da sua razão.
Para mim o mais importante não é suportar ou não a pessoa. São as ideias. São essas que tem que ser discutidas. É isso que defendo sempre. O problema está em que, quando começamos a discutir e a apresentar pontose vista diferentes ou razões diferentes para acharmos que o Estado da Nação não é bom somos logo literalmente linchados e catalogados de muitas coisas.
Não se iniba Nelson, vamos discutir os consensos virão com o refinamento das nossas ideias que, em muitos momentos, serão diferentes.