O governador de Inhambane, Francisco Itai Meque, tem dito nos comícios populares que está a realizar na província que os mentores das revoltas populares ocorridas desde 5 de Fevereiro são da responsabilidade dos "inimigos de Moçambique", que "os inimigos de Moçambique sempre são os mesmos". Mais disse: "Não vejo como é que a população se pode decidir pelas manifestações para resolver os problemas que tem. Eu não conheço o povo moçambicano a reagir pela via das manifestações. O povo deve concentrar as suas ideias e, depois, tranmsmiti-las aos seus dirigentes (...) os inimigos do progresso andam a agitar a população, para esta tomar atitudes muito baixas" ("Magazine Independente", edição hoje na rua, p. 27).
Aqui está uma posição que amplia consideravelmente a teoria da mão invisível. Pouco falta, agora, ao governador Meque - cujo desconhecimento notável da história de Moçambique só pode explicar-se pela necessidade de um golpe de rins político - para, quando estivermos em período eleitoral, dar aos "inimigos de Moçambique" o rosto concreto de um partido político.
2 comentários:
Palhaçada só.
E isso numa altura em que grande parte dos mentores e defensores dessa teoria já ganharam a vergonha na cara e a descartaram. já reconheceram que não há mão estranha coisíssima nenhuma.
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