Quando familiares das estruturas causam problemas (chamemos a isso, bonacheironamente, estruturalismo), pode acontecer que um jornal lhes dedique um editorial, como fez o Faísca, lá para as terra do Niassa, referindo que o próprio comandante da polícia interveio para socorrer um cunhado metido em apuros de pancadaria numa discoteca: "Enquanto o povo lincha os supostos criminosos, lá para o Centro do País, eis que na cidade de Lichinga, a polícia descarrega bastões na discoteca. Os citadinos foram à discoteca relaxar depois de uma semana de muito trabalho. Pelo meio, um auto-intitulado protegido, fez confusão e foi arrumado. Várias vezes temos assistido muito malandro a puxar os galardões do seu cunhado, irmão, irmã, tio abusando da coisa pública aqui na província do Niassa. Desta vez, foi um cunhado do Comandante Provincial da Polícia no Niassa, a fazer das suas na discoteca. Como um mal não vem só, foi o próprio Comandante Provincial, João Maunguele, a dirigir as operações de socorro do cunhado. Obrigado à JG pelo envio da referência.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Cunhadismo, pois então.
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