Na sua habitual crónica semanal no semanário "Savana", Afonso dos Santos escreveu esta semana sobre os críticos dos críticos. Começou assim: "Os críticos dos críticos gostam de ostentar a sua fidelidade canina ao serviço da política governamental, e empenham-se com fervor na propaganda a favor dos interesses dos grupos sociais que obtêm privilégios graças a essa política. Eles próprios – os críticos dos críticos – também pertencem a esses grupos. Os críticos dos críticos assumem como sua tarefa principal a de latir e tentar morder todos aqueles que criticam as nefastas consequências da divina actuação governamental. Para poupar palavras e letras, os críticos dos críticos passarão a ser aqui chamados cêcês. Alguns dos cêcês poderiam até ser chamados cêsiólogos. Os cêcês – principalmente os do tipo cêsiólogo – procuram utilizar a sua esperteza absoluta com o objectivo de fabricarem argumentos para justificarem a corrupção como meio para a criação da riqueza absoluta e para o crescimento acelerado da sua filha adorada, que se chama “pobreza absoluta”. Em certos casos, costuma ser utilizado o rótulo “combate à pobreza”, para designar essa acção de criação da riqueza absoluta." (itálicos no original)
Obrigado ao Fernando Lima pelo envio da peça.
1 comentário:
Caro professor, já chega deste tipo de coisas. Não levam a nada. Por favor, avancemos. Fiz o mesmo pedido ao Patrício Langa.
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