Ainda sobre a utilização para viagens ministeriais dos fundos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) - destinados a garantir a subsistência dos trabalhadores em dificuldades -, o secretário permanente do Ministério do Trabalho (MITRAB), Tomás Bernardino, queixou-se da exiguidade do orçamento atribuído ao ministério e por isso nada melhor do que uma terna teoria familiar, um cândido relacionamento filial: “O que o INSS está a fazer com o MITRAB é o mesmo que um filho que tem condições, faz pelo pai. O INSS é filho do MITRAB e, este vendo o pai sem meios, está a tentar ajudá-lo. Não vejo maldade nisso, porque é tudo mesma coisa”, disse Bernardino ("Savana" de 21/3/08, p. 2).
O Sr. Bernardino deu, sem se aperceber, uma notável e singela lição de como se deve, filialmente, gerir o Estado. É, depois de Maquiavel, a maior autoridade no tema.
O Sr. Bernardino deu, sem se aperceber, uma notável e singela lição de como se deve, filialmente, gerir o Estado. É, depois de Maquiavel, a maior autoridade no tema.
3 comentários:
Professor,
Acho importante haver “permuta de liquidez” entre as instituições do Estado. Mas, os fundos do INSS são os mais sagrados entre os fundos à disposição do Estado. Estes fundos deviam ser geridos da forma mais transparente possível, aplicando-os em negócios altamente rentáveis, de modo a garantir o bem-estar o trabalhador durante o seu percurso profissional e sobretudo quando se aposentar. Um dos problemas relacionados com a gestão destes fundos, está aliado ao facto de a compensação que é dada ao trabalhador (Reforma) anda muito aquém do padrão de vida que este vinha tendo. Isto é, só na óptica do rendimento, ele passa a receber menos do que recebia, para além de que este valor vai sendo corrompido pela acelerada queda de poder de compra que tem caracterizado o nosso metical.
Uma das saídas para este problema seria portanto, a aposta em estratégias que visam maior rentabilização dos fundos e a criação de fundos de pensões (no âmbito do mercado de capitais que se pretende que seja mais desenvolvido em Moçambique). Um dos impactos imediatos dos fundos de pensão é a manutenção ou mesmo melhoria do padrão de vida do trabalhador durante a reforma: Também, os fundos de pensão constituem fontes valiosas de dinheiro para investimento, contribuindo dessa forma para uma maior dinamização da produção na nossa economia. Reparem que muitas multinacionais a volta do mundo estão ligadas a investimento de fundos de pensão, por exemplo, a CVRD (com interesses no Carvão de Moatize), com um valor de mercado de mais de USD 100 biliões, a maior empresa privada do Brasil e da América Latina.
Para mais detalhes confira um post que vou colocar no meu Blog sobre os Segurança Social e Fundos de Pensão:
www.proeconomia.blogspot.com
Obrigado pela observação, irei consultar o trabalho no seu blogue.
é o cúmulo! Mais um governante que deveria colocar o seu lugar a disposição pela burrice que demonstra para ocupar tal cargo. Mas que raio! PAra onde vamos com dirigentes deste calibre que consideram normal o ESTADO apoderar-se da pensão dos cidadãos. Rentabilizem os Fundos e aumentem a miseria que pagam aos pensionistas, pensem! são pagos para isso, são nomeados para isso, não para dizerem barabaridades.
Enviar um comentário