Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "Na hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com a "hora do fecho" desta semana:
* Afinal ainda há empresas “socialistas” em Moçambique. O novo “boss” do sector que tem nas mãos a “batata quente” do transporte público urbano, descobriu que na empresa dos “machimbas” da capital há 545 trabalhadores para 40 autocarros, o que dá um rácio de mais de 13 pessoas por unidade operacional. Por isso o “boss” diz que não bastam mais autocarros, é preciso alterar a gestão. Mesmo que os sindicatos e a tsunami2 não gostem de ser confrontados com estas realidades …
* E quem anda mesmo zangado com a “dama de ferro” do ministério do Alto-Maé são os empregadores. Dizem que a nova lei, em vez de simplificar só complica a vida de quem quer criar riqueza e recrutar trabalho e gestão com maior qualidade. Um dos comentários, claramente de quem não gosta da senhora, é que a sede da fossilizada central sindical passou a ser no ministério.
* Há um tempo atrás, depois de muito burburinho de corredor, o grande chefe voou para Washington a fim de assegurar os 500 milhões que Mr. Bush quer enviar como desafio do milénio para a “pérola do Índico”. Mas as manobras de corredor continuam e não há meio de a mola começar a ser usada. Pelo caminho caiu uma empresa ligada ao “lobby” do partidão e um jovem quadro que nadava em “verdinhas”. Estar encostado à maçaroca não é tudo na vida …
* E como os donos da mola também perdem as boas maneiras, já estão a promover uma transferência à moda das estrelas de futebol, para que os 500 milhões sejam bem geridos. O “patrão dos patrões” é que está triste pois, mais uma vez, vai perder o seu braço executivo. Será que vai haver celebração pelas terras “machuabo”?
* Dr. Tsunami, já depois de ter feito marcha-atrás nos hospitais de dia, ganhou um aliado de peso na guerra da propaganda. O sociólogo que teoriza corrupção e tenta enquadrar a crítica de cantores críticos lá vai dando uma mãozinha ao doutor no matutino do banco central. A associação dos médicos é que não está pelos ajustes e prepara resposta sobre o tema e a falta de medicamentos nas unidades hospitalares. Vamos ver se solicitam consultoria ao sociólogo para saber como fazer a crítica…
* No 1º. aniversário dos massacres do paiol tudo parece conjugado para estragar o sossego do ministro inamovível. Nos vários debates nos canais televisivos, o seu nome foi, mais uma vez, o mais badalado para ser remodelado. Dias depois, numa explosão de um paiol na Albânia, um dos antigos aliados naturais, o chefe do pelouro da Defesa pediu de imediato a demissão porque achou que “não tinha condições morais e políticas” para continuar no posto. Chatice de coincidências…
* O ministro porta-voz dos outros ministros, pela segunda vez é citado a dizer que as taxas de aeroporto serão integradas nos bilhetes de avião. Só que os ratos de aeroporto, porque é “cash” que entra todos os dias, lá continuam a cobrar as “verdinhas” nos seus casulos, fazendo perder tempo e complicar o sistema nervoso dos viajantes.
* Há uma petição a circular para que o nosso constitucionalista mor e mais uns tantos juristas que participaram na reunião do Tofo, onde foi plasmada a primeira lei mãe, para fazerem um curso acelerado ao mais alto nível e para explicar o significado de Estado laico e republicano. Com o piscar de olhos às religiões que novos e antigos sobas do poder fazem, mais parece que se caminha para um Estado confessional …
* Os filhos de papá da “nomenklatura” continuam a dar de cabeça dentro e fora do país. Para além das pistolas em discotecas, máquinas de escrever partidas nas esquadras de outros, o filho do “boss” da SADC resolveu dar uma volta com o carro protocolar do papá e teve azar. Segundo o Mmegi, o desencartado espatifou-se contra um muro e a organização ainda não disse quem vai pagar a factura.
Em voz baixa
* Um “cantor de moda”, promovido a “star” na telefonia móvel, diz que o que está a dar é o “estilo à cão”. E para mostrar como é, um vídeo, aparentemente retirado do seu telemóvel, já circula intensamente na internet. Quo vadis Moçambique …"
* Afinal ainda há empresas “socialistas” em Moçambique. O novo “boss” do sector que tem nas mãos a “batata quente” do transporte público urbano, descobriu que na empresa dos “machimbas” da capital há 545 trabalhadores para 40 autocarros, o que dá um rácio de mais de 13 pessoas por unidade operacional. Por isso o “boss” diz que não bastam mais autocarros, é preciso alterar a gestão. Mesmo que os sindicatos e a tsunami2 não gostem de ser confrontados com estas realidades …
* E quem anda mesmo zangado com a “dama de ferro” do ministério do Alto-Maé são os empregadores. Dizem que a nova lei, em vez de simplificar só complica a vida de quem quer criar riqueza e recrutar trabalho e gestão com maior qualidade. Um dos comentários, claramente de quem não gosta da senhora, é que a sede da fossilizada central sindical passou a ser no ministério.
* Há um tempo atrás, depois de muito burburinho de corredor, o grande chefe voou para Washington a fim de assegurar os 500 milhões que Mr. Bush quer enviar como desafio do milénio para a “pérola do Índico”. Mas as manobras de corredor continuam e não há meio de a mola começar a ser usada. Pelo caminho caiu uma empresa ligada ao “lobby” do partidão e um jovem quadro que nadava em “verdinhas”. Estar encostado à maçaroca não é tudo na vida …
* E como os donos da mola também perdem as boas maneiras, já estão a promover uma transferência à moda das estrelas de futebol, para que os 500 milhões sejam bem geridos. O “patrão dos patrões” é que está triste pois, mais uma vez, vai perder o seu braço executivo. Será que vai haver celebração pelas terras “machuabo”?
* Dr. Tsunami, já depois de ter feito marcha-atrás nos hospitais de dia, ganhou um aliado de peso na guerra da propaganda. O sociólogo que teoriza corrupção e tenta enquadrar a crítica de cantores críticos lá vai dando uma mãozinha ao doutor no matutino do banco central. A associação dos médicos é que não está pelos ajustes e prepara resposta sobre o tema e a falta de medicamentos nas unidades hospitalares. Vamos ver se solicitam consultoria ao sociólogo para saber como fazer a crítica…
* No 1º. aniversário dos massacres do paiol tudo parece conjugado para estragar o sossego do ministro inamovível. Nos vários debates nos canais televisivos, o seu nome foi, mais uma vez, o mais badalado para ser remodelado. Dias depois, numa explosão de um paiol na Albânia, um dos antigos aliados naturais, o chefe do pelouro da Defesa pediu de imediato a demissão porque achou que “não tinha condições morais e políticas” para continuar no posto. Chatice de coincidências…
* O ministro porta-voz dos outros ministros, pela segunda vez é citado a dizer que as taxas de aeroporto serão integradas nos bilhetes de avião. Só que os ratos de aeroporto, porque é “cash” que entra todos os dias, lá continuam a cobrar as “verdinhas” nos seus casulos, fazendo perder tempo e complicar o sistema nervoso dos viajantes.
* Há uma petição a circular para que o nosso constitucionalista mor e mais uns tantos juristas que participaram na reunião do Tofo, onde foi plasmada a primeira lei mãe, para fazerem um curso acelerado ao mais alto nível e para explicar o significado de Estado laico e republicano. Com o piscar de olhos às religiões que novos e antigos sobas do poder fazem, mais parece que se caminha para um Estado confessional …
* Os filhos de papá da “nomenklatura” continuam a dar de cabeça dentro e fora do país. Para além das pistolas em discotecas, máquinas de escrever partidas nas esquadras de outros, o filho do “boss” da SADC resolveu dar uma volta com o carro protocolar do papá e teve azar. Segundo o Mmegi, o desencartado espatifou-se contra um muro e a organização ainda não disse quem vai pagar a factura.
Em voz baixa
* Um “cantor de moda”, promovido a “star” na telefonia móvel, diz que o que está a dar é o “estilo à cão”. E para mostrar como é, um vídeo, aparentemente retirado do seu telemóvel, já circula intensamente na internet. Quo vadis Moçambique …"
5 comentários:
Quo Vadís Moçambique.
Isso mesmo, lá vamos nós assistindo passivamente esse montão de desmandos e abusos de poder.
5 de Fevereiro, que saudades
Alô Prof! Obrigado por nos oferecer esta página! Quando eu estava em Moç ainda lia muito esta rubrica, que saudades!
Por curiosidade, haverá por acaso uma publicação on-line do savana??
Eu tenho acompanhado algumas notícias aqui onde vivo e suponho podiam interessar-lhe, como faço para enviar-lhe as referências??
Para terminar, agradecer ainda pela informação que nos tem facultado!
Aderito.Magumane
Infelizmente não há, já disse isso ao pessoal do semanário. Mas creio que eles estão a tentar algo nesse sentido. Quanto ao envio de coisas para mim, pode usar o meu email:
humanus@zebra.uem.mz
Abraço!
O savana aceita assinaturas em versao PDF. E´só fazer o pedido para o e-mail: savana@mediacoop.co.mz
Boa informação!
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