É sim, África está mesmo numa boa nesta coisa de negócios (mais abaixo deles falei), a começar logo pelo título do trabalho que aqui vos faço conhecer: "A África está bombando. E o Brasil vai lucrar bilhões". Alguém tem dúvidas? Leiam só isto, um exemplar documento de anti-afropesssimismo negocial à brasileira:
"A região não costuma estar no radar de grandes bancos de investimentos nem pertence ao BRIC, bloco criado pela Goldman Sachs para indicar os países emergentes mais promissores - entre eles, o Brasil. Muitas vezes, é lembrada apenas por epidemias, guerras civis ou massacres étnicos. Só que essa é a velha África, historicamente marginalizada pelo Ocidente. Há uma outra que se desenvolve num ritmo alucinante, sendo liderada por Angola, que cresceu 25% em 2007. Na média, o PIB da África vem avançando cerca de 5% ao ano, desde 2004. As exportações, puxadas por minérios e petróleo, têm crescido 28% ao ano e vários países, com fartos superávits comerciais, estão colocando em marcha grandes programas de investimento na área de infra-estrutura. As empresas brasileiras, naturalmente, estão atentas ao despertar da África. Na semana passada, executivos da Camargo Corrêa estavam em Moçambique finalizando o contrato para a construção de uma das maiores usinas hidrelétricas da região, a Mphanda Nkuwa, um projeto orçado em US$ 3,2 bilhões. “Há um forte ciclo de desenvolvimento ocorrendo na África e o Brasil está aproveitando essa maré via investimentos diretos e exportação”, analisa o empresário Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp."
Adenda: e, claro, também bomba cada vez mais para a Ásia o que o nosso continente permite e faz sair. Confira aqui no Foreign Affairs. Se quer ler em português, use este tradutor aqui. Obrigado ao Ricardo, meu correspondente em Paris, pelo envio das referências.
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