02 julho 2009

Editorial do "Savana" desta semana


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31 comentários:

Joaqum Macanguisse disse...

seria justo que a ponte tivesse um outro nome ,talvez ponte 25 de junho ,ou entao ponte da Unidade nacional Eduardo Mondlane .na situacao actual penso que é suspeito que o nome seja de um presidente em exercicio .
ate que o merito de Joaquim Chissano nos Acordos de paz deveria merecer alguma atenção .

Anónimo disse...

> Faz todo o sentido o argumento e conclusão do Editorial do SAVANA.

> Com mais propriedade ainda, pois 2009 é o ano de MONDLANE; por isso recordamos e honramos os 40 anos passados sobre a sua morte;

> Seria uma HONROSA forma de "DE DARMOS MAIS "VIDA" à sua Morte.

> PORÉM, Guebuza entende que Mondlane já foi alvo de muitas honrarias no decorrer deste ano, estando mesmo previstas bastante mais.

> Não foi "falta de atenção": Estava programado que o nome da ponte seria para quem chegasse à meta: Realizasse o sonho! Ora, afortunadamente, coube-lhe essa vitória! Venha a taça!

> Efectivamente, MONDLANE mostrou-nos que é preciso sonhar (ele fê-lo) para realizar.. Samora e Chissano trabalharam nesse sentido; mas Guebuza, concluiu, logo, para a história, REALIZOU!

> Teve a sorte de "estar no lugar certo" (Presidente) no momento certo (conclusão da obra):

Venham os louros ... que em tempo de eleições até ajudam a compor o "ramalhete".
__

PS: um conselho aos organizadores dos festejos: estamos em tempo de crise! moderação qb nos gastos com a inauguração!

Anónimo disse...

Prof.
Só para dizer é meriório!!!!!
4 anos temos a ponte.
Ps. Joaquim Chissano, no seu tempo aceitou que se inagurasse 1 faixa com seu nome e só agora no mano Huebas será concluída. Palavras para quê???????

Anónimo disse...

O bajulado por quer ser bajulado pelo bajulador-A ponte do Zambeze esta a ser escovada!!!! ja esta limpa. ou sera que as pessoas pedem para ser escovadas em [piadas]. Escovar doi...

Esperemos que renasca a verdadeira ponte da unidade nacional ate na atribuicao do nome da ponte....ser um nome da unidade nacional mesmo nao pelo facto de o actual nao prestar mas que haja a tal unidade na hora de atribuir.

Professor tu a pensar seriamente em fazer um levantamento das infraestrutuars com nomes dos nossos representantes do governo em cada mandato!

poderia ser aliciante ver esta questao desde escolas, avenidas, mercados, ruas, pontes, centros de conferencia, igrejas, pracas.

Um dia poderemos mudar o nome do rio Zambeze para o nome de um dirigente!!!!!

Abracos

Anónimo disse...

Porque sera?

Devemos respeitar o consenso? Esta Ponte tem a dimensao nacional e nao apenas da vontade de um e de outro ao atribuir-lhe o nome. Esta ponte ultrapassa os interesses politicos-partidarios meus caros. Nao brinquem com os simbolos de massa? podem colher vento?

Porque nao atribuiram a ponte o nome de Joaquim chissano, Marcelino dos Santos, Graca Machel, josina Machel, Mario Esteves Coluna ou Jose Craveirinha!

Ou sera que temos todos que ascender a presidentes para atribuirmos nomes as infraestruturas? Foi a vontade do Ministro, do Presidente ou do povo?

Esta Ponte e apelidada da ponte da unidade nacional porque dela nao ser designada ponte Eduardo Mondlane ja que o mesmo foi obreiro da unidade nacional!!

Corremos o risco de termos nomes de apenas cinco pessoas para todas infraestruturas do pais!!!! Para onde caminhamos mesmo. A quem queremos agradar? Porque esta ponte nao ser designada ponte do zambeze como existe ponte do Tejo em Portugal. Recordo-me da recente ponte em Portugal Vasco Da Gama, lembro-me que sampaio e muito menos Guterres nao pretenderem seus nomes ai! Nao sera um nome numa ponte que imortalizara um homem numa nacao, mas sim o reconhecimento do povo, por isso muita calma nesta hora.

Para que sejamos justos tenhamos cautelas. Estamos em tempos eleitoias de verdade, queremos ser ministreaveis, bajular bajular bajular. Quem e o verdadeiro obreiro desta obra?

A duvida paira!
Os nomes dos rios se mostraram consensuias na atribuicao de nomes as universidades? (Unilurio, Unizambeze.... e entao....

Obrigado pela ponte da unidade.

Anónimo disse...

O Chissano ja tinha lancado a pedra da ponte? e agora quem pensou e que finalizou qual deles? Fica o nome do rio porque nao? Cuidado os espiritos do Zambeze re revoltarem e a ponte desabar tal como uma que existiu em Gorongosa?? Muita calma.

Viriato Dias disse...

"Voz do burro não chega ao céu", disse-me esta manhã um amigo
são-tomense, citando um adágio popular do seu país. Mesmo assim, reitero, "o ter a língua curta não impede alguém de se lamber." Ainda que estas minhas palavras não chegam realmente ao céu, dou-me mesmo assim, por satisfeito por estar a exercer o meu direito de opinião: Acho esta ideia de atribuir o nome de Guebuza a ponta sobre o rio Zambeze (...) o maior absurdo do ano, porquanto este país não faltam heróis que de arma em punho, à semelhança de Guebuza, lutaram para o libertar do jugo colonial. É um protagonismo político que se faz a figura de Guebuza. Uma pura bajulação ao presidente. Não é porque o presidente se desdroba em esforços para o combate a pobreza absoluta que se deva dar, o seu nome, a uma ponte. O exercício de um cargo político ou de direção não deve conferir a essa pessoa a paternidade das coisas. Senão teriamos que inaugurar x ou y empreendimento em nome de quem o executou!!! Basta de fazer de Moçambique uma terra de nomes atribuidos a figuras de proa da Frelimo, como se este país tivesse dono! E também não é católico a atribuição de coisas públicas a governantes, ainda que em exercício das suas funções? Exemplos temos pelo mundo fora de governantes que depois dos seus nomes lhes serem atribuidos a edifícios públicos etc deixaram de dar continuidade dos seus trabalhos, diga-se com mestria, porém, apegando-se a tal facto como se de uma propriedade individual se tratasse. Julgo haver mais pessoas a quem se deva atribuir o nome a ponte. Embora reconheça que uma simples atribuição de nome não muda a vitalidade das coisa, MAS por favor não tornem este país ígual a Gabão, onde cada casa, cada esquina, escola, etc têm o nome do seu antigo presidente (falecido)Omar Bongo.

Um abraço

umBhalane disse...

A "ideia" do costume.

O mal está nos que o rodeiam, que o querem bajular...

Na sua modéstia, ele nem queria...

Mas lhe obrigam...

Fazer o quê? Deixar andar!

Nelson disse...

Hehehehehe... mais uma que Guebuza "pegou".... hehehehehehe

Anónimo disse...

Alguem me dizia que o chocolate nao faz mal. So faz mal se for consumido em demasia. Portanto, se o PR aceitou que o seu nome fosse para a ponte e porque ainda lhe falta algum chocolate...... . Tudo que e exagerado prejudica. Era bom ate que o proximo aeroporto fosse com o nome do PR. Que a refinaria, os novos hoteis de Pemba, os avioes a serem comprados pela LAM, tudo fosse em seu nome..... Por favor: esquecer Mondlane, o homem que conseguiu unir mocambicanos de etnias, tribos, linguas e ideias diferentes para criar uma unica frente, so possivel em alguem acima do quoficiente de intelegencia. .... isto serve para todos, ja que deus costuma escrever direito por linhas tortas. Justificar com o facto de ter sido uma pessoa envolvida na construcao de pontes e estradas, por favor, essa e tarefa do seu governo e obrigacao.Custa a acreditar que o partido tenha aceite em cometer este erro....com o tempo , o tempo servira para manter a designacao no dia a dia de Ponte do Zambeze....afinal o rio tem muito mais forca. Vamos aguardar.

Reflectindo disse...

Em 2006, quando se lancou o metical da nova família, houve especulacões que alguém resistiu que a maior nota tivesse a figura de Armando Guebuza como era tradicão. Entretanto, um amigo, quis dizer o contrário. Para ele, era Guebuza que recusara porque não gostava de ser bajulado. Porém, no dia seguinte (mês de Junho de 2006), acompanhámos pela TVM que abria-se uma escola secundária Armando Emílio Guebuza e apenas perguntei ao amigo se aquilo não uma bajulacão que ele dizia Guebuza não querer.

Agora com a ponte Armando Emílio Guebuza, o meu amigo e os outros que tinham dúvidas que Guebuza gosta de ser bajulado e dos seus bajuladores está ultrapassada.

Obrigado Guebuza e Felício Zacarias pela corragem!

Anónimo disse...

Pois é, falam, mas, se não fosse Guebuza, alguma vez teriamos a GUEBUZA PLAZA no Kayum Center ? Vão dizer que não é bonita que não anima?

Jornadas Educacionais disse...

Confesso:

As minhas categorias conceituais mostram-se cada vez mais insuficientes para entender cotidiano moçambicano, resultante da práxis dos compatriotas. Sobre a atribuição do nome da Ponte ao PR, não sei se dá para analisar sob ponto de vista de culto à personalidade, um debate já instaurado, ou então, com base na categoria de imortalidade. Ainda tem a questão das eleições que se avizinham, podendo também constituir-se num ato eleitorelo de pré-campanha. Em fim, parece-me que Platão ainda tem razão: a lógica do Filosófo é mesmo diferente da do político, um isolamento do mundo dos políticos, poderá evitar males maiores...

Tsin Tsi Va disse...

1. Absurdo Completo o nome da ponte, uma obra de se tirar o chapéu !

2. Ponte Eduardo Mondlane,Samora Machel ou, embora impossivel, Urias Simango, faria algum sentido...

3. Creio que se deveria fazer um movimento contrário a essa ideia...Abaixo Assinado ??

Pensem Nisso
Tsin Tsi Va

Nunoamorim disse...

Espanta-me o facto dos críticos da denominação da ponte Armando Guebuza serem os mesmos que não se opuseram quando o Governo de Moçambique, na altura governado por Samora Machel, decidiu atribuir a ponte sobre o Zambeze, a entrada da Cidade de Tete, o nome de Samora Machel.
Deixa-me ainda mais indignado quando os criticos a denominação da ponte Armando Guebuza elogiaram a decisão do Governo de Moçambique, liderado por Joaquim Chissano, ter atribuído o nome de Joaquim Chissano ao maior Centro de Conferencia de Moçambique.

Chissano estava no poder quando, meritoriamente, o seu nome foi dado a várias infraestruturais e não consta que alguém tenha reclamado.

Criticam por discordar do nome ou por saber que os seus candidatos serão “amolgados” por Guebuza, tal como diz o Salomão Moyana?

Caros bloguistas, no meu modesto entender as principais obras do Guebuza, no mandato prestes a findar são o FIIL, a Reversão de Cahora Bassa e a ponte sobre o Zambeze.
Nesse prisma, ACHO QUE É JUSTO HOMENAGEÁ-LO ATRIBUINDO O SEU NOME A PONTE SOBRE O ZAMBEZE, INCENTIVANDO AOS PRÓXIMO PRESIDENTE PARA QUE FAÇAM OBRAS DE GRANDES VULTO, DEIXANDO ASSIM OS RESPECTIVOS NOMES NA HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE.

Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

umBhalane disse...

Não, não me compete falar da atribuição do nome da ponte...

Mas entendo que as pessoas não se manifestaram no tempo de Samora Machel,

nem no tempo de Joaquim Chissano,

simplemente porque não havia "democracia", desconseguia-se escrever ou falar publicamente.

É bom contextualizar.

Agora, sim, há "democracia", por isso se fala, e escreve...

Mas com calma, devagar, devagarinho,...estão a ver, não é?

Para não haver problemas, Guebuza é o Pai da "democracia" frelimática;

e Afonso, o Avô da "democracia".

Mas é o que dá a "democracia" - as pessoas começa a contestar, a questionar, a escrever, a falar...a abusar!

Dever ser muito perigosa, essa coisa da democracia.

Se já com a "democracia" assim é,...o que será com a Democracia?

Viriato Dias disse...

O Amorim tem razão no que diz, mas num aspecto. Os que têm a boca na trombeta não o fizeram valer, deixando que os camaradas atribuissem o nome de Joaquim Chissano há muitas infras-estruturas no país, chegando mesmo a haver 2 ou mais escolas no mesmo bairro com o seu nome. Mas peca por aceitar com leveza este absurdo, porquanto arrisco em dizer que os seus antepassados provavelmente lutaram para que acabassem, em Moçambique, o regime "socialista / comunista" cujas linhas mestres era imortalizar os feitos dos seus mentores, fosse ele vivo ou não. Mas como disse ontem, "a voz de um burro não chega ao céu". Eu próprio repudiei tais atitudes, infelizmente, a minha voz não tem passado de um pigmeu qualquer, ainda que fosse!!! Portanto, se reparar para o caso de Portugal, as infras-estruturas recebem nomes das regiões onde elas são construidas ou de figuras de consenso nacional. Bem, não estou contra a atribuição do nome da ponte sobre o rio zambeze à Guebuza, teria graça se na verdade fosse o primiro empreendimento com o seu nome. Acontece que o seu nome, Guebuza, já está em mais de 10 infra-estruturas, bairros, associações, escolas, ruas, lojas, enfim, situação que só se assemelha ao Gabão, onde o nome do ex. presidente Omar Bongo está em tudo quanto é canto!!!

Um abraço

Nunoamorim disse...

umbhalane,
no tempo de Chissano não havia democracia? conta outro filme.

Os que sugerem um nome diferente são os mesmos que propõe os nomes de Joaquim chissano, Marcelino dos Santos, Graca Machel, josina Machel, Mario Esteves Coluna ou Jose Craveirinha?

Meus caros,
Guebuza teve o mérito de ter sido o dinamizador da construção e conclusão deste gigantesco empreendimento.

Eu concordo com a atribuição do nome porque acho que os outros presidente sentir-se-ão tentados a fazerem obras grandiosas, para que os seus nomes entrem para a história.

Discordaria por completo se quisessem dar o nome de Guebuza a uma obra ja feita ou que ele tivesse encontrado a meio da construção. Ex: Cahora Bassa

Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim

umBhalane disse...

nuno amorim

Há um filme que vemos juntos, estando de acordo – no tempo de Machel NÃO havia democracia.

Agora vou contar, a seu pedido, o filme Chissano.

JC substituiu Machel em 1986.
Em 1994 “ganhou” as eleições presidenciais, graças à guerra de libertação levada acabo pela oposição, resistência nacional anticomunista, nacionalista e patriótica, agregada na Renamo, braço armado do Povo Moçambicano oprimido pela ditadura de inspiração sino-soviética, matizada de socialismo africano, nomeadamente o tanzaniano.
De qualquer modo, ideias, teorias e práticas atentatórias aos usos e costumes milenares das populações Moçambicanas.
Não vale a pena rebater – o Povo Moçambicano, do Rovuma ao Maputo, pegou em armas contra a ditadura frelimista – é um facto histórico, e os seniores da frelimo, M.Santos & Cª, reconheceram a impossibilidade de derrotar a Renamo, o mesmo que derrotar a MAIORIA do Povo Moçambicano – é impossível derrotar um Povo.
Portanto, a eleição presidencial de 1994, com resultados muito contestados quanto à sua transparência só foi possível com a vitória da Renamo, que sabiamente optou pelo termo da guerra, sob condições, em 1992 – Tratado de Roma.
Uma dessas condições era o multipartidarismo, como sistema político a aplicar em Moçambique.
JC seria reconduzido em 1999, e terminado em 2005.
Podemos sintetizar assim:
Ditadura de 1986 a 1994 = 8 anos de poder arbitrário;
Eleito de 1994 a 1999 a 2005 = 10 anos de poder “democrático”.

Quando muito, JC foi um híbrido, foi a ponte da ditadura para o sistema multipartidário, cujo “Pai” foi Afonso Macacho Marceta Dhlakama, como emanação da heróica resistência e luta pela emancipação do Povo Moçambicano, do Rovuma ao Maputo.

Já Guebuza, sim, é um autêntico democrata – presidente de uma “democracia” consolidada, daí eu ter dito que é o Pai da "democracia" frelimática, pois permite a nível interno a livre expressão de ideias, mesmo a crítica directa ao seu desempenho…

Não fosse esse sólido espírito, essas convicções profundamente democráticas de Armando Emílio Guebuza, quem ousaria escrever como se escreve a discordância da atribuição do seu nome para a ponte Caia/Chimuara???

Havendo 1 “Pai” da “democracia” frelimática, interna do parido no poder, e porque em Moçambique, e muitíssimo bem, se respeitam os mais Velhos (sábios/experientes), e para não haver confusões de “Pais”, eu ter chamado de “Avô” da “democracia” nacional, a Afonso Macacho Marceta Dhlakama.

O seu a seu dono.

Orgulhosamente Português, branco de 2ª classe, ex-colono

umBhalane

Jornadas Educacionais disse...

No meu humilde entender, até JC, penso que o critério era não haver critérios. Ou seja, a sociedade civil moçambicana era tão gelatinosa que era difícil opôr-se a algo. O tempo correndo, a as pessoas vão se cansando da falta de critérios e começam a dizer que chega. A continuar assim, cada candidato que chegar a presidência da república, por ele mesmo, vai querer imortalizar-se: não é bem assim. São os póstumos que decidem quem deve ser homenageado!

Reflectindo disse...

Concordo definitivamente com António.

Qual é a intencão de comparacões? Espero que a intenção seja para acesar o debate e não apagá-lo. Para se dizer que o que não foi discutido antes não pode se discutir depois? Recusa de aprendizagem? No tempo de Samora quem podia questionar isto e não viesse parar em Majune, Bilibiza ou Itoculo?

Quanto aos últimos anos da governacão de Joaquim Chissano é lá onde comecou a crítica. Lembro-me de alguns temas muito participados no imensis sobre atribuicões das infra-estruturas de nomes de pessoas ainda vivas e na vida política activa. Sempre fui contra e o serei porque só os PÓSTUMOS devem decidir, segundo a minha opinião, isto mesmo que sejam figuras com quem me simpatizo. A cultura de bajulação e auto-bajulação está a atingir o seu auge a ponto de assistirmos edis que também atribuem os seus próprios nomes a infra-estruturas. Também temos exemplos de ruas em Maputo que são uma autêntica vergonha; ruas que foram atribuidas a ditadores como é o caso daquele Somali.

Os governantes estão é para trabalhar e julgo ainda não estarem a trabalhar seriamente, mais do que eles esbanjam. Fala-se da ponte e esquece-se em pôr-se em primeiro lugar aos que financiaram na sua construção – o “Ocidente”. Não foi só o desejo, pois se assim fosse, já teriamos construido muitas pontes. Também quero crer que não se queira gastar muito na inauguração (auto-culto) que poupar-se para a construção de mais pontes sobre o Zambeze e sobre outros rios. Precisamos de mais pontes porque mesmo com esta, muitas pessoas são obrigadas a fazerem contornos para chegarem numa localidade vizinha.

É tempo de nos sentar e saber que a cidade de Maputo, Beira, Nampula, Nacala-Porto, Pemba, Tete, Chimoio e mais outras, a ponte da Ilha de Moçambique, as linhas férreas, as estradas nacionais, portos de Maputo, Beira, Nacala e outras infra-estruturas foram construídas no período colonial MAS nunca impediram o processo da luta pela independência. Portanto, as inaugurações disto e daquilo, os cultos não compram as nossas mentes.

Seria importante saber do mano Zacas se o OGE deste ano já contempla a construção de algumas pontes. Precisamos de mais pontos.

Viriato Dias disse...

Sempre defendi que os homens devem ser avaliados em função do seu tempo e da conjuntura internacional, que não acontece de forma independente de nós, quer como lideres, quer como homens intervenientes de um determinado processo de luta. Joaquim Chissano (JC) teve um momento, um chamamento que executou com mestria e arte, não obstante alguns erros cometidos. Mas, dizer-lhe que nada fez pela democracia, ou que no seu tempo não havia democracia, por amor de Deus, mesmo que se tente esconder o traseiro da galinha, com um pouco de ventania, o mesmo será visto a olho nu e de todos que querem ver!
Actualmente, o Estado sob égide de Guebuza, à semelhança da governação de JC, a democracia é a mesma. Tem o mesmo padrão. O que acontecia ontem continua a acontecer hoje, talvez com uma música diferente. E que fique dito, não há meias democracias, ou há ou não! Quanto a mim, tanto no tempo de JC como o actual o estágio da democracia é a mesma. 1 dígito a mais ou a menos não deixa de se encaixar no mesmo padrão, quanto a mim, satisfatório se compararmos a alguns países. Não se pode escamotear a história nem tentar esquecer o que se passou. Dai ao César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

Um abraço

Reflectindo disse...

Julgo indiscutível falar de democracia, sobretudo de liberdade de expressão, na governacão de Joaquim Chissano. Entretanto, críticas sobre nomes a infra-estruturas comecou tarde e timidamente, mas é mesmo durante a governacão de Joaquim Chissano.
Timidamente não porque Chissano proibia e o António aqui tem razão. Vinhamos dum período difícil de opôr coisas iguais.

Sabendo que qualquer crítica aqui não vai alterar a decisão de Guebuza e Zacas, o que estamos a fazer aqui é exigir regras claras.

Independemente se um novo governante quer ou não, a livre expressão em Mocambique que comecou no tempo de JC evoluirá seguindo ao que acontece no mundo.

umBhalane disse...

Chissano substituiu Machel em 1986.

Até 1994, qual foi o poder democrático que legitimou os seu poder presidencial?

Que eleições livres foram essas que não constam nos anais da história de Moçambique, África e Mundo - Planeta Terra.

Era então um representante democrático? E de quem?

Ou há democracia, ou não há.
O que não há são meias democracias.

Chissano contribuiu para a "democracia", metaforicamente falando, como "Mãe" da dita, engravidada pelo "Pai" da mesma - Renamo / Afonso Macacho Marceta Dhlakama.
A “democracia” de Moçambique tem uma marca PATRILINEAR profunda.

É histórico.
Registado, devidamente comprovado, e testemunhado por padrinhos estrangeiros.

Esse foi o contributo de JC.
E aqui mais uma vez realçar, lembrar o contributo da Renamo / Afonso Macacho Marceta Dhlakama – os Pais.

Guebuza, um autêntico democrata, homem sensível às boas regras de governação e transparência, de uma humildade a roçar o inverosímil, permite a crítica ao seu desempenho, coisa nunca vista antes.

Agora dizer-se que a "democracia" de Moçambique é satisfatória se comparada a certos países, eu até concordo, e estou a lembrar-me da Coreia do Norte, do Zimbabué de Mr. Mugabe, e de outras democracias similares...

É nisso que eu admiro Guebuza - um homem insatisfeito por natureza, um autêntico empreendedor da "democracia", que nunca se cansará enquanto não puser Moçambique a ombrear com a Suécia, Noruega, Dinamarca, e mesmo os USA de Obama - estou a referir-me às práticas democráticas de governação.

Guebuza faz a diferença!

Já a ponte, é outro assunto.

Como diz o aforismo popular - Amigos, amigos, negócios à parte.

Anónimo disse...

> As regras estão claríssimas!

> Guebuza e o Grupo Parlamentar da Frelimo foram democráticamente eleitos.

> Foi a conjungação dos votos de todos nós que levou Guebuza a Presidente e os Deputados ao Parlamento

> Guebuza, Assembleia da Republica e Governo estão pura e simplesmente a exercer o poder que lhe outorgámos.

> Estão mais do que mandatados para escolherem o nome de qualquer infra-estrutura no país. Não é matéria que altere a Constituição e necessite de Referendo.

> Podemos não concordar e trocar ideia sobre o tema, mas não questionar a legitimidade da decisão tomada, MAS,

se estivermos mesmo desapontados com o desempenho do Presidente e do Parlamento, avizinha-se a data em que poderemos, livremente, partir para outras opções.

> É a grande virtude da DEMOCRACIA, de tempos a tempos, podemos mudar de ideias.
__

Reflectindo disse...

Caro UmBhalane,

Escreveste o seguinte: "Guebuza, um autêntico democrata, homem sensível às boas regras de governação e transparência, de uma humildade a roçar o inverosímil, permite a crítica ao seu desempenho, coisa nunca vista antes."

Não concordo com a definicão que fazes que nem sei em que te baseias. Tudo quando escreveste eu podia atribuir a Joaquim Chissano quem nunca teve problemas de ter chefes na Funcão Pública nem quem da opisicão fosse. Joaquim Chissano já passou das piores críticas. Muitos mocambicanos sabem das manifestacões dos Madgermanes, para além de tantas críticas directamente direccionadas a ele.

Meu caro UmBhalane, se a transicão fosse de Machel para Guebuza, o marioneta de Marcelino dos Santos, a democracia em Mocambique não teria registado algum avanco.

Calha que democraticamente sou produto dos países nórdicos (Dinamarca e Suécia) que acabas de mencionar e não vejo aí onde Armando Emílio Guebuza seria visto como democrata. Um regime com células da Frelimo nas instituicoes públicas???? Um regime onde se não és do partidão não podes ser sequer director duma escolinha? Nesses países nunca consegui identificar o voto dos meus professores.

Fora das reservas dos mocambicanos durante a transicão, Joaquim Chissano é dos mais democratas na Frelimo.

Reflectindo disse...

O Caro anónimo escreveu o seguinte: "se estivermos mesmo desapontados com o desempenho do Presidente e do Parlamento, avizinha-se a data em que poderemos, livremente, partir para outras opções."

Concordo consigo, mas só a debates ou discussões como estas nos acordarão. Precisamos de discussões até mesmo nas barracas para que os eleitores acordem e passem a usar o voto como prémio ou punicão.

umBhalane disse...

Caro Reflectindo

Por favor...

Leia nas entrelinhas...

Não veja as letras.

Observe.

Veja claramente visto.

Quanto ao Sr. JChissano já lhe chamei "Mãe" da democracia...fazer o quê mais?

Um grande abraço

umBhalane

Reflectindo disse...

Caro UmBhalane,

Muito obrigado, hehehehehe

e muitos vão ler o teu texto nas entrelinhas.

Abracão

Jornadas Educacionais disse...

Caros colegas:

A discussão que se tem levantado aqui é boa.

Falar de democracia, depende muito do entendimento que temos de conceito. Mesmo nos tempos do "socialismo" moçambicano, os documentos oficiais afirmam que havia democracia em Moçambique. A Constituição de 1990 instituiu outro entendimento de democracia. Dali a pergunta, de que democracia estamos a falar.

Se Guebuza é ou não auténtico democrata, é uma questão que fica em aberto.

Uma dúvida: o que o Professor Serra pensa em fazer com os debates aqui levantados? Não dariam para uma boa pesquisa?

Abraços

Carlos Serra disse...

Acho que há aqui excelente material para pesquisa.