Se alguns de nós ainda podiam colocar reservas quanto à credibilidade dos relatos feitos pela imprensa estrangeira sobre a violência política no Zimbabwe, agora, com os relatórios primeiro do Parlamento Pan-Africano e a seguir, mais decisivamente, da missão de observadores da nossa SADC, as reservas terminaram: Robert Mugabe é um presidente ilegítimo, ele não é o presidente do Zimbabweanos. A sua eleição é uma farsa, um insulto ao seu povo. Os votos que o elegeram estão manchados de intimidação, de agressão e de sangue.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
E depois de tudo isto, como é que foi aceite a participação de Robert Mugabe na cimeira da União Africana que está a decorrer no Egipto?
O mais antigo estadista do continente, Omar Bongo do Gabão, disse no Egipto algo como: ele está aqui, foi eleito, recebamo-lo então...O primeiro-ministro do Quénia, Odinga, bem tentou a suspensão de Mugabe, mas debalde.
Omar Bongo é também um excelente exemplo de "democrata", e bom "governante".
Daqueles que contribuem para uma "boa" imagem de África.
O caminho faz-se caminhando.
E os Povos, todos os Povos, de África, Europa, Américas, Ásia e Oceania, têm que caminhar juntos no combate com vista à universalidade da decência.
No mínimo.
E muitos líderes africanos não estão seguindo as licões?
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