Várias organizações realizam amanhã na cidade de Maputo - Praça da Independência - uma manifestação pacífica de repúdio contra a violência xenófoba na África do Sul. A esse propósito, o MISA-Moçambique emitiu o seguinte comunicado:
No dia 7 de Junho corrente, um grupo de organizações da sociedade civil moçambicana vai realizar uma marcha pacífica na cidade de Maputo, em protesto contra a onda de violência xenófoba desencadeada na África do Sul contra cidadãos de várias nacionalidades, incluindo moçambicanos. O MISA-Moçambique faz parte das organizações participantes.
O MISA-Moçambique, enquanto organização regional da Africa Austral cuja missão se integra no domínio da defesa e promoção de direitos humanos fundamentais, nomeadamente o direito à livre expressão de opinião e livre acesso à informação, considera a violência contra estrangeiros na África do Sul um acto ignóbil, desumano e frontalmente contrário à longa tradição de convívio fraterno entre os povos da região, cimentada em profundos laços históricos, culturais, económicos e políticos.
No exercício da sua profissão, são os jornalistas e demais profissionais de comunicação social nacional que se vêm na obrigação de recolher e divulgar notícias e reportagens narrando a trágica odisseia de dezenas de milhares de concidadãos assaltados, agredidos ou mesmo barbaramente assassinados por pessoas movidas pelo ódio e pela ignorância sobre as verdadeiras razões do seu próprio sofrimento.
Nesta manifestação, o MISA-Moçambique pretende exprimir o seu mais profundo repúdio e repulsa a estes actos, manifestando, ao mesmo tempo, a solidariedade da classe jornalística e dos demais profissionais da comunicação social para com o indescritível sofrimento dos concidadãos afectados bem como aos seus familiares e colegas.
Ao mesmo tempo, o MISA-Moçambique reitera o apelo aos jornalistas e à comunicação social no seu todo, no sentido de continuarem a reportar a presente tragédia com elevado sentido de responsabilidade social, nomeadamente abordando com clareza, não só as suas razões imediatas, mas também as suas causas mais profundas e possíveis repercussões, a breve prazo, dentro da sociedade moçambicana e na região.
Nesse sentido, os princípios da imparcialidade e da isenção tornam-se absurdos quando está em causa uma confrontação entre a barbárie e a defesa de vidas humanas; a justiça e a injustiça, a violência bruta e o convívio harmonioso entre povos irmãos; ou a pronta resposta dos governos da região e a inércia.
Por uma imprensa livre, independente, pluralística e sustentável.
O Presidente do Conselho Nacional Governativo do MISA-Moçambique
Tomás Vieira Mário
Maputo, aos 06 de Junho de 2008
O MISA-Moçambique, enquanto organização regional da Africa Austral cuja missão se integra no domínio da defesa e promoção de direitos humanos fundamentais, nomeadamente o direito à livre expressão de opinião e livre acesso à informação, considera a violência contra estrangeiros na África do Sul um acto ignóbil, desumano e frontalmente contrário à longa tradição de convívio fraterno entre os povos da região, cimentada em profundos laços históricos, culturais, económicos e políticos.
No exercício da sua profissão, são os jornalistas e demais profissionais de comunicação social nacional que se vêm na obrigação de recolher e divulgar notícias e reportagens narrando a trágica odisseia de dezenas de milhares de concidadãos assaltados, agredidos ou mesmo barbaramente assassinados por pessoas movidas pelo ódio e pela ignorância sobre as verdadeiras razões do seu próprio sofrimento.
Nesta manifestação, o MISA-Moçambique pretende exprimir o seu mais profundo repúdio e repulsa a estes actos, manifestando, ao mesmo tempo, a solidariedade da classe jornalística e dos demais profissionais da comunicação social para com o indescritível sofrimento dos concidadãos afectados bem como aos seus familiares e colegas.
Ao mesmo tempo, o MISA-Moçambique reitera o apelo aos jornalistas e à comunicação social no seu todo, no sentido de continuarem a reportar a presente tragédia com elevado sentido de responsabilidade social, nomeadamente abordando com clareza, não só as suas razões imediatas, mas também as suas causas mais profundas e possíveis repercussões, a breve prazo, dentro da sociedade moçambicana e na região.
Nesse sentido, os princípios da imparcialidade e da isenção tornam-se absurdos quando está em causa uma confrontação entre a barbárie e a defesa de vidas humanas; a justiça e a injustiça, a violência bruta e o convívio harmonioso entre povos irmãos; ou a pronta resposta dos governos da região e a inércia.
Por uma imprensa livre, independente, pluralística e sustentável.
O Presidente do Conselho Nacional Governativo do MISA-Moçambique
Tomás Vieira Mário
Maputo, aos 06 de Junho de 2008
1 comentário:
um iniciativa interessante.
Embora tenha um valor pura e simplesmente simbólico.
Mais interessante ainda (pelo menos no meu ponto de vista) era pedir ao governo para trazer a público planos concretos para gerir este caso.
Chega de deitar culpas a outros.
O que nós em Moçambique vamos fazer para que estes nossos concidadãos não voltem a "saltar o arame" a procura de meios de sobrevivênvia?
Não basta descarregá-los nas suas zonas de origem...é preciso fazer um pouco mais.
E temos gente que é paga para pensar em soluções e implementá-las: os governantes.
É para isso que temos governantes.
Ou não?
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