Mais um indivíduo foi linchado esta madrugada, cerca das 3 horas, no Bairro Chipangara, cidade da Beira, acaba de me informar o jornalista Eliseu Bento radicado nessa cidade. Conto dar mais pormenores logo que possível. Somam já sete, este ano, os linchamentos publicamente reportados na Beira. Leia ou recorde aqui. E leia ou recorde a privatização do policiamento aqui.
1.ª adenda às 8:07: existem múltiplas entradas sobre linchamentos neste diário.
2.ª adenda às 12:12: de acordo com o jornalista Arune Valy (Rádio Moçambique, Beira), o jovem Sulai, de 22 anos, foi linchado por espancamento - e posteriormente queimado com pneu incandescente -, cerca das 4 horas da madrugada, sob suspeita de ter roubado um congelador e utensílios domésticos no Bairro Nhamudima, perto do Bairro Chipangara. O seu amigo Mussa escapou com o apoio da polícia comunitária. A queima com pneu parece constituir uma novidade na Beira, ao contrário de Maputo, onde é a regra.
2 comentários:
Boa tarde Prof. Carlos.
Este fenomeno sempre me interessou em comprender, e sempre acompanlhei seus trabalhos e espero pelo desenvolvimento deste.
Oque tem me deixado preucupado é procurar perceber se alé de criminalidade como tal(violência com as proprias mao), o linchamento não acaba passando por uma estrategia de cometer certos crimes programados e agendados pelas pessoas.
Em alguns lugares é só gritar ladrao que todo mundo sai, e se alguem indica que fulano é ladrao ninguem mais quer ouvir.
Quem inicia, são os populares ou os que se dizem lesados, em todos os linchamentos quantas pessoas estiverao presentes no local, talvez a casos em que os polpulares chegaram quando tudo tinha terminado.
De forma nenhuma pode o fenómeno que aponta ser descurado.
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