12 outubro 2009

(45) 12/10/09


"Domingo ataca observadores por fazerem um bom trabalho" - eis o tema central do Boletim sobre o processo político em Moçambique (14), 12 de Outubro de 2009, a conferir na íntegra em inglês aqui.
Adenda às 16:27: estudar os discursos prenhes de violência simbólica. Os pesquisadores terão de vê-la mesmo lá onde ela parece estar ausente: nos discursos pacificistas ou assim pretendidos.
Adenda 2 às 16:43: prestar atenção às formações discursivas que, pretendendo combater a violência, são tão ou mais violentas que a violência a combater.
Adenda 3 às 17:10: segundo o "mediafax", Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, prevê abstenção massiva no dia 28. Saiba por quê aqui.
Adenda 4 às 17:20: acabo de receber o BPPM em português (o cabeçalho desta postagem tem a versão em inglês). Saiba (1) das vendedeiras que no Niassa impediram uma campanha da Renamo, (2) da violência contra o MDM e a Renamo e (3) do uso dos meios do Estado, aqui.
Adenda 5 às 17:37: o MDM entregou hoje na Procuradoria-Geral da República uma queixa-crime contra a Comissão Nacional de Eleições. Ler aqui.
Adenda 6 às 18:11: as decisões dos partidos - ditos da oposição - Trabalhista e Ecologista de fazerem campanha pelo candidato da Frelimo, consolida a consistência dos tipos partido-janus e líder-janus em Moçambique. Arredados, muitos deles, da Renamo, tentam, agora, a Frelimo. Provavelmente aguardam o crescimento do MDM para, um dia, o cortejarem. Como disse uma vez Heráclito, "o caminho para cima e o caminho para baixo são um único caminho."

7 comentários:

Anónimo disse...

Hoje pela TVM um membro do Partido Trbalhista, dizendo que o BOM que eles tem quando ganharem as eleicoes 'e colocar na CRM a pena de morte.
Alias aquele sr nem chamou pena de Morte, mas sim PRISAO PERPETUA a quem cometer um CRIME.
Coisas desta natureza que vamos ouvir ate dia 25 de Outubro.

umBhalane disse...

1917, Outubro - os comunistas assaltam o poder na Rússia:

1918 a 1922 - guerra civil:

1922 / 1953 - Estaline toma o poder na URSS;

1956, 25 fevereiro - Nikita Krutschev, líder da URSS, denuncia o totalitarismo e os crimes de José Estaline, e renega a sua herança;

1980, Setembro nasce o Solidariedade – Sindicato Polónia, e começa o desmoronar da Cortina de Ferro

1985, Março - é eleito Mikhail Gorbatchov, último dirigente soviético

1986 - teve início a Perestroika e a Glasnost;

1989, Novembro, 9 – Queda do Muro de Berlim

1991, Dezembro, 25 - colapso da União Soviética, por implosão.


1953 – 1922 = 31 anos de ditadura pura e dura, assassina - Josef Stalin;

1956 – 1917 = 39 anos para aparecer 1 Krutschev, uma boa consciência que se demarca dos crimes praticados pela facção de Estaline;

1980 – 1917 = 63 anos para aparecer 1 movimento popular de fundo na URSS;

1985 – 1917 = 68 anos para aparecer 1 Gorbatchov, um líder clarividente e pragmático;

1989 – 1917 = 72 anos para o Povo retomar o poder, derrubar a ditadura comunista;

1991 – 1917 = 74 anos para o regime implodir, explodir por dentro, rebentar.



2009 – 1975 = 34 anos !!!

Anónimo disse...

Professor,
Vou comentar em relação a Adenda 6.
Tanto quanto sei, é normal que um partido apoie candidato presidencial de um outro. Porém, esta prática é comum e faz sentido em países cujo sistema é semi-presidencialista, como Portugal. E não no nosso caso, que é presidencialista e o Pres. da República é chefe do Governo.
Porquê? Porque no semi-presidencialista o manisfesto de campanha do candidato presidencial fala apenas de questões de Estado, e não de questões do Governo (as vezes o aborda, mas de forma superficial).
Mas este não é o caso de Mocambique! Julgo que os partidos Trabalhista e Ecologista não perceberam esse aspecto.

Carlos Serra disse...

O primeiro comentário é importante pel0 registo de um grande potencial de violência expresso por alguém do PT; o segundo, porque introduz uma nuance a ter em conta.

Anónimo disse...

a proposito das declaracoes do Sr. Chipande nao admira que os puxa-sacos (sindroma maquaquismo)) aparecam na Tv a dizer que o general foi mal entendido, que nao foi isso que eles quis dizer....

Anónimo disse...

Li num ds jornais da praca que um dirigente do partido no poder em Nampula disse que nao se responsabilizavam pelo uso de viaturas do estado na campanha eleitoral doa Frelimo. Afinal onde estamos mesmo? um partido que se auto vangloria de ter experiencia de governacao, transparente, de pessoas honestissimas e com cultura de estado diz que nao assume responsabilidade pelo uso indevido dos meios do estado pelos seus militantes....sinceramente. Sera que alguns membros seniores da frelimo ainda nao perceberam que isto esta a denegrir a imagem do partido ou pensam que somos todos umas marionetes?

E se os meios do estado estivessem a ser usados para a campanha da Renamo, MDM ou outro partido da oposicao sera que este dirigente teria o mesmo posicionamento? nao acredito. Acho que teria vindo, feito dono da verdade dizer bem alto que a lei deve ser respeitada, que ninguem esta acima da lei, etc, etc. Qualquer dia ainda acordam no precipicio

Reflectindo disse...

Atencão, os canos estão virados para a Comunidade Internacional e seus observadores.