Psicologia dos produtores da pátria (15)

Termino esta série hoje.

Escrevi, anteriormente, o seguinte: "Ora, a psicologia dos produtores da pátria tem aí – a frelimização da história - a chave de tudo, a chave ao mesmo tempo do seu orgulho e da sua intolerância. Desenvolverei essa chave dialéctica no próximo número."

No último número tentei mostrar por que razão os produtores da pátria tinham direito ao orgulho e ao respeito.

Esse o primeiro termo da dialéctica. Falta, agora, o segundo.

Ao longo das diferentes fases históricas, os produtores da pátria - e, em especial, o seu núcleo hegemónico - foram bem mais longe: convenceram-se em definitivo de que a história apenas pode ser monitorada por eles, de que mais ninguém está em condições de os substituir. A história do passado cauciona o direito de reger a história do futuro.

Afinal, a história chegou ao fim, atingiu o seu ponto culminante.

(fim)