25 outubro 2009

Livro 2010 da UDS

Quais são as representações que os Moçambicanos fazem dos estrangeiros? E quais aquelas que estes de nós fazem? Como se constróem a identidade e a alteridade? Existem potenciais de xenofobia entre nós? Essas algumas das questões a serem respondidas, sob minha coordenação, no livro 2010 da Unidade de Diagnóstico Social do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, após o lançamento na sexta-feira do livro "Linchamentos em Moçambique II".

2 comentários:

Viriato Dias disse...

Bem haja professor nestas e noutras análises. É sempre uma mais valia para o país uma análise sociológica destes assuntos, que alguns sectores versus pessoas tem-no como tabu. A minha opinião é: há focos de xenofobia no país. Mas devemos a Frelimo, diga-se, o mitigar destes casos logo após á independência nacional. Claro que ainda existem casos camuflados. Quanto aos estrangeiros, o que eles pensam de nós, que somos um exemplo em matéria de cultura de paz, mas não deixam de chamar atenção para o factor corrupção.

Um abraço

Ana Lemos disse...

Querido Professor,

Por vezes é difícil para um individuo sair da analise pessoal, mas ainda correndo o risco de cegar-me por meus próprios olhos, gostaria de partilhar a representação que interpreto, desde o mundo onde vivo -o Maputo cheio de estrangeiros.
Mais e mais escuto e sinto que os estrangeiros de todas as cores a viver em Maputo -não quero generalizar ao resto do pais- sentem que sao vitimas de xenofobia. Eu mesma sinto no dia a dia, no trabalho e nos meios de comunicação essa xenofobia praticamente explicita que diz que todos os estrangeiros devem algo a Moçambique (principalmente às suas elites), que nao sao nem devem ser iguais. Tais discursos em qualquer outro pais que conheça seriam motivo de vergonha e de choque.
O Maputo onde antes todos os que vinham se apaixonavam, começa - infelizmente- a ser conhecida como uma cidade xenófoba, de onde muitos querem fugir.
Que pena...eu que pensava que ia gostar tanto de Moçambique, tive que separar a elite do povo, Maputo do resto do pais, para não ficar com o sabor amargo de desamor.
Professor, o seu blog, muito me ajudou nesse de voltar a amar Moçambique.

Um forte abraço
Ana